Arquivo do mês: dezembro 2012

A vida é um rio

Por Isaias Costa

Quero deixar uma pequena reflexão de um filósofo e místico indiano que admiro muito, chamado Osho. Um pequeno texto em que ele fala sobre o fluxo natural na nossa vida, que se assemelha com um rio.

“O êxtase é a nossa verdadeira natureza, não ser extático é simplesmente desnecessário. Ser extático é natural, espontâneo. Não precisa de esforço para ser extático, precisa de grande esforço para ser miserável.

É por isso que você está tão cansado, porque a miséria é realmente um trabalho duro, mantê-la é muito difícil, porque você está fazendo algo contra a natureza. Você está indo corrente acima, isto é o que a miséria é.

E o que é felicidade? Ir com o rio – tanto assim que a distinção entre você e o rio seja simplesmente perdida. Você é o rio. Como pode ser difícil? Para ir com o rio, nenhum nado é necessário, você simplesmente flutua com o rio e o rio leva você para o oceano. O rio já está indo para o oceano.

A vida é um rio. Não empurre-o e você não vai ser miserável.

….Você está pronto. Este momento de confusão, este momento de caos em sua vida, pode abrir uma nova porta, pode virar uma nova folha. Não espere mais.”

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Achei muito interessante quando ele fala sobre a miséria, que é algo contra a natureza. Realmente a miséria é algo contra a natureza. Você pode até me questionar: “Não é bem assim. Uma pessoa que vive na miséria. Que nunca teve oportunidade de crescer na vida. Como é que essa pessoa está fluindo contra a natureza?”. Este é um questionamento válido, porém, muito superficial, sabe por quê? Porque o destino da sua vida é só você que determina. O poder do seu pensamento é que vai determinar se você será alguém grande nessa vida. Uma coisa que acontece demais é que algumas pessoas que vem de origem extremamente humilde conseguem crescer na vida de uma maneira extraordinária. Como elas conseguem isso? Elas conseguem isso porque focam a sua mente e as suas ações somente no sucesso. A palavra miséria não existe nos seus dicionários, porque elas não permitem que exista. Entendem o que estou querendo dizer? Tudo que acontece na nossa vida acontece porque a gente permite que aconteça. Se você coloca na sua mente que é um sucesso, que todas as suas ações terão sucesso, que você é o melhor no que faz. O que vai acontecer? Você estará seguindo o fluxo natural do rio da sua vida, a natureza se encarregará de lhe dar o seu sucesso em tudo.

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E as pessoas que “nadam contra a maré”? Estas são as pessoas que se sabotam o tempo todo. Que tem seus rios, mas que insistem em seguir contra a maré. É interessante notar que o gasto de energia dessas pessoas é infinitamente maior do que o das pessoas que seguem o fluxo natural do rio. Agora eu vou falar umas coisas que acho engraçadas e que escuto quase todos os dias. Muitos dizem: “O meu trabalho é pesado. Tenho que ter muita disposição para dar conta dele…”, “Amanhã será mais um longo dia de luta no meu trabalho…”, ou “Que merda! Hoje é segunda-feira!”, “Não vejo a hora de que chegue a sexta-feira!” As pessoas que falam assim têm o seu trabalho como um fardo, algo pesado, quando na verdade o trabalho deveria ser um prazer. É triste dizer, mas um número enorme de pessoas tem o seu trabalho como algo pesado. Isso é horrível, porque elas não conseguem ser plenamente felizes. O dia tem 24 hs, e elas escolhem ter 16 hs ou menos de felicidade fora do trabalho e 8 hs de infelicidade no trabalho. Já pararam para pensar nisso? Não precisa ser assim. Você não só pode, como DEVE trabalhar com aquilo que ama. Saiba o que você ama e trabalhe com isso! Se você sente que o que você faz não é o que ama, tome uma atitude! Saia desse emprego atual e vá fazer o que ama! Sei que para muitos é arriscado simplesmente abandonar o trabalho e fazer o que ama. O que fazer nesse caso? Nas horas vagas, as “horas da felicidade”, desenvolva as suas ideias! Escreva! Coloque no papel o que quer, e veja passo a passo o que pode fazer! Diga assim: “O que eu posso fazer hoje para que o que eu quero comece a acontecer de verdade?”, sempre assim, vendo o que é palpável. Realizada esta etapa pergunte: “o próximo passo, quais as ferramentas para continuar?”, busque as ferramentas, até conseguir o que quer, e ser feliz trabalhando com o que ama fazer.

Já pensou? Ir para o trabalho todos os dias com essa alegria?

Já pensou? Ir para o trabalho todos os dias com essa alegria?

Enfim. Vamos seguir o fluxo natural do rio! E ser felizes em todos os momentos e em todas as circunstâncias. A felicidade é uma busca pessoal e incessante. Busque-a todos os dias, com todas as suas energias…

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A voz do coração e a voz dos outros

Por Isaias Costa

Quem nunca passou pela situação de ter uma ideia, acreditar nesta ideia, ficar super empolgado com ela, depois vai contar para um amigo ou amiga e essa pessoa faz você murchar igual a um maracujá podre? É horrível passar por isso, acho que 99,99% das pessoas já passou por esse tipo de situação na vida. O que fazer para lidar com isso? Como não se deixar influenciar por essas ideias negativas? Como dar a volta por cima e fazer acontecer o que se está planejando?

Eu acredito que a melhor forma de lidar bem com uma situação dessas se chama ouvir a voz do coração. Porém, aliado a isso existe o silêncio. Se você acredita muito que uma coisa vai dar certo e que você está preparado para ela, pra que ficar contando para Deus e o mundo o que você vai fazer? Pensem sobre isso… Eu sei que o ser humano tem em si aquele desejo de aprovação dos outros, mas antes de haver essa aprovação dos outros deve haver a aprovação de si mesmo. Vou citar exemplos para a ideia ficar mais clara.

Você é uma garota de seus 16 anos, é alta, linda, tem um corpo escultural. Sabe que pode se tornar modelo. Olha as modelos na televisão e diz para si mesma: “Um dia eu vou estar lá! Um dia eu vou desfilar com a Gisele Bündchen! Vou para o programa da Ana Hickmann…”.  Ela fica empolgada, diz para a mãe, irmãos, amigos. Todos vêm até ela dizendo, “Esquece isso menina. Ser modelo é coisa pra quem nasceu em berço de ouro. Tem que ter muito dinheiro para todas aquelas vaidades que as modelos precisam, etc”. Isso vai fazer com que uma possível grande modelo desapareça da terra. Um sonho que se tornaria realidade se não houvesse pessoas para colocar pra trás.

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Um garoto está em casa, adora tocar violão, passa horas a fio se aperfeiçoando e buscando novos acordes e partituras. Descobre o seu talento para a música e composições. Mostra as suas músicas para os amigos e pessoas próximas, esperando ser elogiado e incentivado. Aí as pessoas vêm dizendo, “Menino. Você está querendo passar fome é? Música é coisa de quem não tem o que fazer, é coisa de gente relaxada, blablabla”. Esse garoto muito provavelmente ficará triste e vai ficar chorando pelos cantos, vai pouco a pouco enterrando um talento maravilhoso, destinado a poucos. Poderia ser um futuro John Lennon, mas que foi enterrado pelas palavras de pessoas com visão superficial e imediatista.

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Quero concluir com um exemplo pessoal. Durante a maior parte da minha infância e adolescência. Até por volta do término do ensino médio. Eu era extremamente reservado e calado. Ficava só observando as pessoas, os outros, passava a maior parte do tempo ouvindo. Era fechado no meu mundo. Mas passava muito pela minha cabeça a ideia de me tornar professor. Eu dizia isso para os amigos e eles respondiam, “Cara, tu tem certeza. Acho que você seria um ótimo pesquisador. Vai fazer Bacharelado em Física. Lá você vai se desenvolver mais e mais”. O que eu fiz? Não ouvi a voz do meu coração. Fiz Bacharelado em Física. Estudei feito um condenado, mas a ideia de ser professor não saia da minha cabeça. Resultado? Hoje sou professor. Levei muito tempo para acreditar que seria possível. Precisei de muita fé e coragem para me lançar como professor, o que acabei me tornando.

Hoje eu sou professor...

Hoje eu sou professor…

Enfim. Quero deixar essa sugestão a todos. Escutem a voz do coração. É a voz mais forte que existe nessa vida e que nos leva para os melhores caminhos. E desenvolvam mais a arte do silêncio. Deixem que as suas ideias amadureçam e tomem forma, e deixem para falar aos outros só quando tiverem certeza absoluta de que tudo vai dar certo, de que vai ser um sucesso. Façam tudo em silêncio e acreditando no potencial interior. A probabilidade de ser colocado para trás por pessoas pessimistas e sem visão de futuro será bem menor. Sucesso na caminhada!!

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O presente e a presença

Por Isaias Costa

Nós estamos no período do natal. Um período que naturalmente nos leva a reflexão e a contemplação. É triste pensar no mundo de hoje com todos os desequilíbrios que vêm se alastrando sorrateiramente. As pessoas estão perdendo a noção do que é essencial e do que não é. O que é o essencial? Nós precisamos nos questionar sobre isso, porque uma palavra que tem profunda relação com tudo isso se chama FELICIDADE. Todos querem ser felizes, mas qual o caminho a seguir para ser feliz? Existem vários. Eu optei pelo caminho da simplicidade…

A beleza da simplicidade

Vou refletir sobre o natal a partir de duas palavras muito parecidas, mas que tem significados completamente diferentes, PRESENTE e PRESENÇA. O natal é a época do ano em que o comércio fatura mais, o centro da cidade fica entupido de pessoas, os shoppings só faltam ficar abertos 24 hs por dia, os empregados são colocados em horas extras todos os dias, as pessoas comem em excesso, bebem em excesso, se confraternizam em excesso, dormem pouco, mandam cartões de natal para Deus e o mundo com desejo de “feliz natal” etc. Tudo isso é o comum. É o que quase todo mundo faz. Isso é o que está na superfície, ou seja, não tem profundidade. E o que eu acho mais triste é que NADA disso tem relação com o verdadeiro sentido do natal, que é a celebração da vinda do menino Jesus. Até hoje eu não entendo porque, enquanto o salvador Jesus Cristo veio ao mundo na maior simplicidade possível, em uma manjedoura, as pessoas insistem em fazer celebrações de natal com pompas, com luxo, com extravagâncias, gastando rios de dinheiro. Essa é uma das maiores contradições que eu presencio todos os anos e sempre me questiono. Às vezes chego até a pensar: “Como será que Jesus se sente vendo as pessoas celebrarem a sua vinda com tanta superficialidade?”. Pense sobre isso…

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Eu sempre fiz isso e quero continuar fazendo. No natal, eu não faço o que todo mundo faz. Enquanto a maioria das pessoas está se atolando em dívidas, comprando milhares de cartões de natal, indo para várias e várias confraternizações comer até dilatar o estômago e ficar parecendo um leitãozinho, eu passo mais tempo perto das pessoas que eu amo, da família e dos amigos. Eu não fico perdendo o meu tempo e o meu dinheiro com compras. Não preciso disso, aprendi a valorizar o que é essencial. Mas você pode até me questionar dizendo: “Áh! Isaias! É muito bom você dar presentes para os seus amigos! É uma forma de dizer que você os ama e tem consideração”. Sabe o que eu digo pra você? Pode até parecer clichê, mas eu não me importo: “O melhor presente que eu posso dar para os meus amigos no natal é a minha presença! Simplesmente a minha presença. Ficar um dia só jogando conversa fora, pensando sobre o próximo ano e falando das coisas que eu fiz durante esse ano”. Para mim, isso tem muito mais valor do que presentes físicos que o próprio tempo se encarrega de jogar fora. Um momento de amizade é eterno, as palavras e as experiências ficam para sempre no coração.

Será que nós precisamos comer desse tanto?

Será que nós precisamos comer desse tanto?

Eu penso no natal dessa forma, e acredito que é isso que Jesus Cristo espera de nós. Pare um pouco para pensar na sua pessoa. Você já conheceu nessa terra alguém que tenha sido mais sociável do que Jesus? As pessoas clamavam pela sua presença, e uma das coisas que ele mais fazia era se confraternizar com seus amigos. Eles se sentavam ao redor da mesa para comer e para jogar conversa fora. Jesus aproveitava todos esses momentos para contar belíssimas estórias com grandes lições de vida. Jesus foi também o maior e melhor contador de histórias que esse mundo já teve…

Portanto amigos! Essa é a minha mensagem de natal. Vamos passar a ser mais presentes e menos presenteadores. O mundo inteiro vai agradecer por essa mudança, mas, principalmente o aniversariante, Jesus Cristo! Feliz Natal para todos!

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Conta comigo

Por Isaias Costa

 De vez em quando eu gosto de fazer uma “sessão pipoca” com algum filme bem antigo, muitas vezes dos que assisti inúmeras vezes. Gosto muito de fazer isso e aconselho a todos, traz uma ótima sensação de bem estar reassistir a filmes que marcaram a sua vida de alguma forma.

O que vou recordar e comentar um pouco se chama “Conta comigo”. Um filme excelente, que já passou na “sessão da tarde” várias e várias vezes. Ele foi produzido em 1986 e baseado em um livro de um escritor mundialmente famoso chamado Stephen King, e o livro se chama “O corpo- o outono da inocência”. Nunca o li, mas posso afirmar que o filme é muito bom. Acredito que, provavelmente, você já assistiu, afinal, quem nunca viu a “sessão da tarde”?

Conta Comigo

Quando eu era criança e assistia a esse filme, sempre ficava “viajando na maionese” depois que terminava de assistir. Eu não entendia porque me identificava tanto com esse filme. Hoje em dia eu vejo que me parecia muito com o personagem principal dessa estória (Gordie). Este personagem é um garoto que adorava inventar estórias de suspense e terror, e escrevia as suas “maluquices” só porque gostava de fazer isso. Nem passava pela sua cabeça a ideia de um dia vir a ser um escritor. É aí que eu vejo como me parecia com ele. O Gordie é o mais introspectivo dos seus amigos. Ele era introspectivo porque, na sua mente, vinham milhares de pensamentos malucos o tempo todo. Eu era exatamente como ele na infância, acho que até mais introspectivo, (hoje em dia ainda continuo introspectivo, mas sou bem mais normal do que nesta época, rsrsrs!) Não se passava pela minha mente que um dia eu alimentaria o desejo de escrever e publicar meus escritos. Outra coisa que fazia era escrever em folhas soltas as ideias que tinha. Não sabia organizar nada, eram escritos totalmente sem nexo e clareza, frutos de uma imaturidade própria da infância. Tudo isso era uma preparação para algo que viria no futuro, a ideia de me tornar escritor.

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Outra coisa muito interessante desse filme que quero compartilhar aqui é sobre a questão do DESBRAVAMENTO. Essa palavra não é muito utilizada, mas é riquíssima. O desbravamento é o desejo de adentrar em territórios desconhecidos. O que é algo que vai diminuindo gradativamente com o passar dos anos. Eu acho incrível a relação do desbravamento com a infância. Eu lembro que, quando era criança, vivia a questão do desbravamento com uma intensidade muito grande. Coisas pequenas me faziam brilhar os olhos de alegria. O simples fato de pegar um ônibus e ir para um bairro diferente do meu era motivo suficiente para me achar um completo aventureiro. Sei que hoje sou adulto e já não consigo mais sentir as coisas com tanta intensidade, mas me esforço bastante para manter dentro de mim esse desejo do desbravamento e da visão de criança. Não estou falando da ingenuidade de uma criança, mas da visão, que é aquele desejo intenso de buscar o novo e se deliciar com a descoberta. No filme, os garotos até então, nunca haviam visto um corpo de alguém morto. Esse era um desejo intenso deles, e não sossegaram até conseguir encontrar o corpo. Essa estória rendeu grandes aventuras, grandes lembranças, grandes momentos de amizade, e rendeu ao personagem principal um livro que seria publicado na sua vida adulta como escritor.

Olha! Venham ver! O corpo está ali!!

Olha! Venham ver! O corpo está ali!!

Esse filme é muito bom de ser reassistido. O que você acha de baixá-lo para fazer também uma “sessão pipoca”? Você vai se sentir extasiado ao assisti-lo, ou seja, vai sentir um enorme bem estar. Bom filme!…

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Todos nós somos caleidoscópios

Por Isaias Costa

Você sabe o que é um caleidoscópio? Este pequeno instrumento foi uma das coisas mais bonitas que o ser humano já fez. Foi inventado por um Físico chamado Dawid Brewster em 1817. Trata-se de um objeto que tem a forma de um cilindro com as paredes de cartão ou metal e possui no seu fundo muitos fragmentos de vidro colorido, que, através da luz exterior, devido a sua configuração e inclinação dos vidros, produz diferentes combinações de cores e belos efeitos visuais. Ele forma imagens muito bonitas de se ver. Para cada inclinação em que ele é colocado forma uma imagem diferente. O que acontece dentro dele são altos fenômenos ópticos: reflexões, refrações, dispersões, etc.

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Caleidoscópio

Eu estava me lembrando desse pequeno instrumento e fiquei filosofando um pouco, então cheguei a uma conclusão muito legal. Todos nós somos caleidoscópios sabiam disso? Por quê? Vou explicar. Os caleidoscópios são instrumentos construídos sobre certa medida, eles têm um determinado padrão, mas quando olhamos para eles parecem que estão mudando o tempo todo, ele é um só, mas assume diferentes formas de imagens e cores. Assim também somos nós. Somos sempre os mesmos, mas a cada dia temos uma “cara diferente”, ou seja, é mais ou menos assim, o Isaias de ontem não é o mesmo de hoje. Estou aqui, o mesmo, mas no meu interior não sou mais o mesmo de ontem, o que vivi ontem me serviu de experiência e já estão sendo acumuladas na minha vida. Só o que tem são filósofos e escritores falando sobre isso. Nunca somos os mesmos, estamos em constante mudança. Vou citar duas frases que acho brilhantes: “Não se entra duas vezes no mesmo rio”, de Heráclito de Éfeso e “Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre”, de Clarice Lispector. As duas falam da mesma coisa, do ser humano, que está sempre no processo de mudança e aperfeiçoamento. O rio que você entrou ontem, com certeza não é o mesmo que você entrou hoje, as águas que estão correndo nele são diferentes daquelas do dia anterior. A frase da Clarice também é muito profunda, por trás dela tem a ideia do amadurecimento. Se eu for o mesmo pra sempre vou continuar com atitudes infantis, fazendo sempre as mesmas coisas, não terei perspectivas de futuro e de melhoras, porque estarei acomodado. Eu não quero isso pra mim, e sei que você também não quer.

Enfim. Vamos mudar sendo sempre nós mesmos. A vida pode se tornar muito mais bonita se quisermos ser como belos caleidoscópios, que têm diferentes formas e cores, mas que compõem uma só peça…

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Se justificar por tudo

Por Isaias Costa

Hoje vou tratar de um tema que tem uma profunda relação com a infantilidade, se justificar por tudo. Esse comportamento é típico de gente imatura, que não sabe assumir os próprios atos e dizer com sinceridade, Eu errei! Mas estou no firme propósito de não errar de novo!”. Essas palavras, a princípio, parecem muito simples de serem ditas, mas requerem muita maturidade da pessoa para serem proferidas. Eu tomo por mim, levei muito tempo para começar a me responsabilizar pelos meus atos, com firmeza, de cabeça erguida. Não é algo tão simples assim, requer muita determinação e vontade de ser melhor.

Sabe um exemplo de justificativa muito comum e que só mostra a infantilidade da pessoa? Está no campo dos relacionamentos amorosos. Aquele clássico término de namoro, o cara chega pra menina com um papo assim. “Meu amor. Você é um anjo! Uma das garotas mais lindas e encantadoras que eu já conheci! Mas sabe qual é o problema! É porque eu não sou o cara certo pra você. Eu não mereço alguém tão especial. Um dia você vai encontrar um cara que realmente mereça você! Blablabla!”. Uma garota quando escuta isso deve ficar pensando. “What?? Se eu sou tão encantadora, porque que ele não fica comigo então?”. Pois é! Quase sempre, quando um rapaz chega para uma garota com um papo desses, ela já está sendo traída a muito tempo e a sua consciência já está começando a doer por fazer um garota tão boa de trouxa. Essa estória acima é triste, mas muito real, acontece todos os dias, em todos os lugares do mundo. Gosto do termo “meninos grandinhos”, são o que esses caras são, não tem coragem de dizer a verdade de uma vez, olhando no olho da garota, e vêm com papo furado. É a questão de se justificar por tudo. Em um caso como esse não existe justificativa nenhuma. Uma atitude madura seria chegar até a garota e terminar o relacionamento dizendo, “Não quero mais ficar com você. Estou terminando o namoro”. Ponto final. Caso a garota pergunte o porquê, ser sincero e dizer a verdade, “conheci outra pessoa e quero ficar com ela agora”. Eu sei que isso é duro para uma garota, mas é melhor ela saber a verdade de uma vez do que ser enrolada achando que o cara é um príncipe encantado. É assim que eu penso. Se alguém quiser discordar de mim, fique à vontade…

Você está apaixonada e ele está pensando na próxima transa...

Você está apaixonada e ele está pensando na próxima transa…

Esse tema das justificativas é muito abrangente. Eu vou deixar um texto bem interessante que li e que me inspirou a escrever esse post. Nele, o autor (Fred Mattos), dá outros exemplos de justificativas. Leia! Você vai entender ainda melhor sobre o que estou falando aqui.

Pare de se justificar

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Flores e espinhos

Por Isaias Costa

Você já parou para pensar sobre as mudanças naturais e periódicas do planeta? Nas estações do ano e a beleza que estas mudanças climáticas representam? Eu penso muito em tudo isso. Sabe por que temos as estações do ano? Lógico que a Geografia vai explicar com perfeição essa minha pergunta. Existem os movimentos da terra, proximidade com o sol, rotações, translações, equinócios, solstícios, e por aí vai. Mas eu estou falando aqui de uma forma mais filosófica das estações. As estações existem para fazer uma renovação em tudo. Tudo se renova o tempo todo, nada permanece imutável, e é maravilhoso que seja assim. Já pensou o tédio que seria essa vida sem as mudanças! Não haveria brilho em si viver. Até mesmo as células do nosso corpo, elas estão sempre se renovando, a ciência até já comprovou que no período de dois anos todas as células do nosso organismo são renovadas, até mesmo as células dos ossos, isso não é fantástico?

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O que me inspirou a escrever esse texto foi uma das músicas mais bonitas e singelas da banda Os Paralamas do Sucesso, chamada “flores e espinhos”, essa música fala sobre as mudanças provocadas pelas estações do ano. Nela, o grande Herbert vem dizer que os espinhos da vida são como testes para a perseverança na vida, são os espinhos que nos fazem seguir adiante e querer “brigar pelos nossos sonhos”. Além disso, ele fala nas entrelinhas sobre o valor da justiça e retidão, é incrível como ele coloca de forma bem sutil essa interpretação. Ele diz, “mesmo que pareça tolo e sem sentido, eu ainda brigo por sonhos”. Nessa frase ele está falando das pessoas que pensam na vida como um fardo pesado, que não têm sonhos nem esperanças. Ele vem afirmar que não faz parte desse grupo. É isso amigos. Essa é a principal mensagem que quero deixar hoje. Muitos pensam nos sonhos como tolos e sem sentido. Mas não você que está lendo esse texto agora, você faz parte de outro grupo, o grupo que tem esperança, que acredita nos sonhos e que briga por eles. Essa música é muito linda e traz grandes ensinamentos, o mundo moderno quer que sejamos “engolidos pela vida sem brilho e por nossos inimigos em uma rotina comum”, porém, é como eu disse acima, a música vem dizer, “eu sou só um, mas não sou um deles”, ou seja, nós fazemos parte das pessoas que tem esperança na vida e que brigam contra esse sistema que quer uma sociedade cada vez mais infeliz.

Não posso concluir esse post sem deixar essa belíssima música para você apreciar. Ouça e baixe para ouvir em casa ou no mp4 ao ir ou voltar do trabalho, essa é uma música que vale a pena ser ouvida e reouvida muitas e muitas vezes…

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A fortaleza que se chama família

Por Isaias Costa

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Hoje eu vou falar sobre um dos assuntos mais importantes que existe, a família, baseado em uma das músicas mais incríveis do grande Raul Seixas, a música “Diamante de mendigo”. Aos que não conhecem vai o link aqui em baixo (recomendo ouvir a música antes de ler o restante do post).

A música começa assim, “Eu tive que perder minha família para perceber o beneficio que ela me proporcionava. É triste aceitar esse engano, quando já se esgotaram as possibilidades”. Raul criou a sua família, mas não foi capaz de fazê-la crescer. Admite que teve muitas possibilidades de fazê-la crescer, mas desperdiçou, por conta de seus inúmeros vícios e exageros.

E agora sofro as atitudes que tomei por acreditar em verdades ignorantes. Que da época tomei, acreditando numa moda passageira que se foi tal qual fumaça”. Ele acreditou em verdades ignorantes como alcoolismo, drogas, prostituição, excessos de tudo, comidas, roupas, modas, sapatos, etc. Apesar de sua enorme inteligência, ele era muito influenciável e tinha muita dificuldade de dizer “não” aos seus melhores amigos, eles lhe ofereciam todo tipo de drogas e repetiam o lema da sociedade alternativa para ele, “faze o que tu queres, há de ser tudo da lei”. Com esse lema introjetado na sua mente, não existia limites que pudessem pará-lo, essa falta de limites o fez destruir uma das maiores fortalezas que o ser humano possui, a família.

Agora vem a parte mais bonita da música, “Não respeitei o sacrifício que custa para construir a fortaleza que se chama família. Acabamos no fim, perdendo a quem nos ama só porque o jornaleiro da esquina, falou que é otário aquele que confia. E é tão difícil confiar em alguém. Quando a gente aceita se mentir, se mentir”. Ele era influenciável e se deixou levar pelo que diziam os seus amigos. Eles não acreditavam no valor da família, mas o Raul queria acreditar. Não conseguiu acreditar porque estava rodeado de pessoas que não acreditavam e que enchiam sua cabeça de ideias torpes. O resultado de todos os seus erros foi a perda total da sua família, e das pessoas que mais lhe amavam, sua mulher e seus filhos. Ele mais uma vez admite que errou. Ele diz que se deixou mentir, aceitou que tudo acontecesse, tudo por conta dos seus vícios.

Somente conhecendo a beleza da união é que a gente tem a força para não, não se enganar. Eu que me achava um diamante nas mãos de mendigos, só pelo medo de não sê-lo”. Essas são as últimas frases da música. As mais filosóficas e que demora um pouco mais para entender. Quando se conhece a beleza da união você não vai acreditar em verdades ignorantes. O jornaleiro pode chegar dizendo besteiras que você não vai mudar o que pensa. A união faz acreditar na força da família, na fortaleza que ela representa. O que seria esse diamante nas mãos de mendigos? Ele está querendo dizer que queria ser alguém grande, importante, reconhecido, famoso, etc. Ele realmente foi tudo isso, e sabia disso. Por isso que ele se chama de diamante, porém ele sabia que estava nas mãos de mendigos, os vícios no geral, principalmente a bebida, que lhe deixava totalmente desorientado, em um mundo só dele, onde ele pairava e esquecia dos problemas. Mas não era bem isso, era uma fuga para problemas que ele deveria resolver e não tinha forças.

Raul Seixas era um homem brilhante, tinha muita consciência dos seus erros, mas se deixou dominar por eles, pelos seus vícios, pelo seu lema da sociedade alternativa e pelos seus amigos que influenciavam no caminho errado.

Eu quero deixar por fim essa mensagem. A família é uma das maiores fortalezas que existe. Nós devemos valorizá-la com todas as nossas forças. Nela estão as pessoas que mais nos amam e querem bem. E também não deixemos que vícios e influências negativas tomem espaço e tentem destruir o alicerce tão bonito e sólido da família, um alicerce feito com amor e dedicação.

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A relação entre amor, ódio e indiferença

Por Isaias Costa

O amor é um tema fascinante, porém, ele é o apenas um lado da moeda, existe uma tênue linha que separa o amor do ódio e da indiferença, e é sobre isso que quero falar um pouco hoje.

É impressionante notarmos que existem muitas relações interpessoais carregadas de ódio. Mas quando paramos para analisar muitas dessas relações, vemos que um dia houve amor e num outro dia passou a existir ódio. Vou dar um exemplo. Um casal se ama, mas vive aquele amor sufocante, grudado, ciumento, dependente, possessivo. De repente, acontece alguma coisa que faz com que os dois se separem. Não é raro acontecer em casos como esse de um dos dois transformar todo o amor que sentia em ódio, porque ela não consegue admitir que o amor acabou. Não consegue administrar os próprios sentimentos e transfere toda a sua insatisfação em forma de ódio para a outra pessoa.

Esse cenário descrito aqui em cima infelizmente é bastante comum, principalmente nos dias de hoje. É até difícil de afirmar se em um relacionamento existe amor de verdade, porque são tantas as pessoais instáveis, que mudam do dia para a noite todo o sentimento nutrido pela pessoa. É por isso que eu digo que a relação entre amor e ódio é muito mais próxima do que se pode imaginar.

Só por curiosidade! No cérebro, a mesma região do amor também é a do ódio. A diferença está nas ações, no ódio a pessoa tem mais capacidade de planejar ações, o que pode ser ruim, pois estas ações podem ser vingativas ou até pior do que isso. Depois de muito tempo eu comecei a entender um pouco como diminuir esse sentimento chamado ódio.

Sabe como é? É você procurar não ver apenas o lado negativo de alguém. Todos nós temos qualidades e defeitos, mas se você se focar só nos defeitos, o que vai acontecer? Simples. Não vai mais existir encantamento pela pessoa, e logicamente, você vai escancarar as portas do seu coração e da sua mente para instalar o ódio. Fica a dica para todos…

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Outro sentimento que também tem muita proximidade com o amor e o ódio é a indiferença. O que é a indiferença? É um sentimento terrível, em alguns casos eu digo que chega a ser até pior do que o ódio. Pode ser pior do que o ódio porque a indiferença envolve frieza nas pessoas, o que é algo devastador. Vou citar dois exemplos para mostrar o quanto a indiferença é ruim, um exemplo pessoal e outro mais geral.

Quando eu cursava Física, minha orientadora de iniciação científica era uma pessoa muito extrovertida, comunicativa e extremamente respeitada, mas ela nutria uma relação de indiferença comigo, não sei dizer o porquê mas ela nutria. O que aconteceu é que ela me orientou por um bom tempo, mas eu era apenas mais um aluno na sua vida, não existia nada em mim que a fizesse dar uma atenção diferenciada, ou pelo menos uma atenção estimulante. Vou confessar que isso era horrível, eu não suportava viver daquele jeito, fazia tudo que era para ser feito, era interessado no trabalho, mas de nada valia para minha orientadora.

Chegando ao fim do curso, para ficar bem clara a sua indiferença por mim, não importava, se eu quisesse fazer mestrado na Física, beleza. Se eu quisesse fazer mestrado em outro departamento, beleza do mesmo jeito. Se eu não quisesse fazer mais nada da minha vida, beleza do mesmo jeito. Entendem o que estou querendo dizer! Para ela, simplesmente não importava em nada o que seria do meu futuro. Então eu fiz o que um ser humano com noção faria, “pulei fora”. Eu tenho respeito próprio, não vou trabalhar em um lugar onde sou apenas uma sombra. Vou trabalhar em um lugar que me faça bem e que existam pessoas que me apoiam. Que me ajudam a crescer e torcem pelo meu sucesso.

Outro exemplo clássico de indiferença são os muitos casais que vivem “casamentos de fachada”. O que existe na maioria desses casos é uma relação de indiferença. Duas pessoas que dividem o mesmo teto, muitas vezes até a mesma cama, mas são como estranhos no ninho. Não dialogam, não perguntam se tiveram um bom dia de trabalho, não se preocupam se estão felizes, não saem mais para passear, não tem mais carícias nem sexo, etc. Esses casamentos tendem à ruína, porque o amor, esse sentimento lindo que um dia uniu os dois, se transformou em indiferença, que é uma destruidora silenciosa de relações afetivas, vai corroendo tudo aos poucos, de um jeito muito manso, e que vai criando forma até culminar em uma separação. É uma triste realidade vivida por muitos casais. Nestes casos chega a ser pior do que o ódio. Porque é algo que vai se alastrando e vai corroendo a pessoa pouco a pouco. Pelo menos no ódio, muitos agem pelo impulso e terminam de uma vez algo que poderia levar até anos de sofrimento.

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Portanto amigos. Vamos fazer uma bela reflexão sobre a nossa vida e sobre o amor. É esta a mensagem que quero deixar, saibam que entre o amor, ódio e indiferença, não existe um abismo separando, mas apenas uma linha muito fina, que se não cuidada, pode se romper a qualquer momento.

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Como dizia o poeta

Por Isaias Costa

Hoje eu quero deixar uma reflexão sobre a vida a partir de uma belíssima música e poesia do grande poeta Vinicius de Moraes, a música “como dizia o poeta”.

“Quem já passou por essa vida e não viveu

Pode ser mais, mas sabe menos do que eu

Porque a vida só se dá pra quem se deu

Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu

Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não

Nao há mal pior do que a descrença

Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair

Pra que somar se a gente pode dividir

Eu francamente já não quero nem saber

De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão”

 

O que eu acho mais bonito nessa música é quando ele fala sobre o medo de sofrer. Eu acho impressionante. A maior parte das pessoas tem um medo terrível de sofrer. Elas ficam cheias de pensamentos negativos, achando que se fizerem tal coisa vão ser infelizes pra sempre, ou se arriscarem em algo podem se arrepender. Sim! Tudo bem. Você pode até fazer uma coisa e se arrepender lá na frente, mas como você vai saber se o que você vai fazer vai ser bom ou ruim? Aqui está incutido o conceito de OUSADIA. A vida exige de você ousadia. Se você não tem um pingo de ousadia nessa vida, o resultado dessa atitude é uma vida “mais ou menos”. Você quer ter uma vida “mais ou menos”? Eu não quero! Quero viver o que a vida pode me oferecer de melhor. E eu só posso viver o que a vida me oferece de melhor se também tomar atitudes mais ousadas.

Eu acho maravilhoso saber o quanto a vida pode ensinar a partir das nossas atitudes e iniciativas. No campo dos relacionamentos é assim! A paixão é algo que ensina muito. Essa paixão que o grande Vinicius fala em sua poesia é muito boa de ser vivida. Posso falar por mim mesmo! Eu já me apaixonei perdidamente por algumas garotas e cheguei a sofrer por várias delas. Eu me arrependo por isso? Nem um pouco! Muito pelo contrário. Eu aprendi com cada garota que me apaixonei, e pude viver esse sentimento intenso que o poeta tanto fala.

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Portanto amigos! Vamos viver com intensidade a nossa vida. Ela foi feita para viver com intensidade. Para vasculhar um universo de possibilidades, metas e sonhos. E vamos também dividir a nossa vida e nossa alegria com as pessoas! Dividir é melhor do que somar. Sabe por quê? Porque quando você divide você recebe de volta. SEMPRE. Tudo aquilo que você divide o próprio universo se encarrega de devolver a você, e ele lhe devolve com um sentimento de satisfação que só as experiências podem descrever…

Vou deixar também a música para você ouvir. Espero que goste…

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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