Arquivo do mês: junho 2013

Infinitamente mais

Por Isaias Costa

perseverança

Hoje eu vou apenas deixar uma bela poesia que fala sobre você acreditar nos seus sonhos e ter coragem para enfrentar tudo que for preciso para conseguir o que quer. Boa leitura!

Infinitamente mais

Se você acredita que pode, poderá
porque vontade gera energia
e a disposição de fazer
é o começo da obra já concluída
A descrença e o desânimo de hoje
é o combustível que alimenta
o fracasso e a derrota em todas as épocas
Os homens que aí estão
de uma forma ou de outra
são os mesmos que sempre aí estiveram
e que com todas as suas manobras
jamais conseguiram adiar por muito tempo’
a marcha da humanidade rumo a uma vida melhor
A crise que aí se encontra
servindo como justificativa para a inércia de muitos
de uma forma ou de outra sempre esteve presente
e nunca foi barreira para aqueles que buscam
porque jamais faltarão caminhos
para quem se dispõe a andar
Trabalho é o nome da magia que remove obstáculos
e entusiasmo a força que torna possível todas as realizações.
O que se faz um pouco a cada dia
vale mais do que muito, feito em um dia só.
Paciência e perseverança é o segredo de toda conquista.
Os tempos nunca parecerão difíceis
quando a gente sabe aonde quer ir
e para lá se dirige com fé, amor e audácia
Se a inteligência e a coragem ditarem as suas ações
se o coração guiar cada um dos seus passos
se o Espírito a tudo presidir
então você pode acreditar que pode
porque somente o êxito será de fato
algo inevitável em sua vida
E você acreditando que pode, poderemos
porque, juntos,
somos infinitamente mais!

Geraldo Eustáquio de Souza

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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A origem da violência

Por Isaias Costa

O Brasil está vivendo um período de convulsão social e a mídia cada vez mais está se focando na violência e no vandalismo das manifestações. Nós deveríamos parar um pouco e refletir de forma sábia. A maior parte das pessoas se pergunta: “Por que tanta violência?”, mas a pergunta a se fazer não é essa, mas essa: “O que leva as pessoas a agirem com violência?” ou “Qual a origem da violência?”. A resposta a essa pergunta merece uma discussão profunda. O Lama Padma Samten, líder do Budismo Tibetano no Brasil, respondeu a essa pergunta de forma brilhante. Leia as palavras que seguem com bastante atenção! O caminho para uma sociedade harmoniosa só pode acontecer quando as pessoas compreenderem essa mensagem…

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Lama Samten concedeu essa entrevista ao jornalista Rodrigo Wolff Apolloni.

Nos últimos meses, a sociedade brasileira se aproximou da ideia de reduzir a maioridade penal. Para muitas pessoas, a medida inibiria a criminalidade entre os mais jovens. Como o senhor vê a questão?

Lama Padma Samten – Reduzir ou não reduzir a maioridade penal não vai fazer grande diferença. Em nossa época, as crianças de dez anos são seres muito lúcidos, elas entendem as coisas, dão palpites, são criativas – são ótimas. Aos dezesseis, então, essa compreensão é muito maior. O problema, porém, não reside aí: o fato é que a penalização, o encarceramento, não funciona em nenhuma idade, seus resultados são frágeis e danosos. Essa é a questão principal.

Diante dessa perspectiva, qual seria a solução?

Lama Padma Samten – É preciso entender o que leva um jovem ou qualquer pessoa a agir de forma negativa. Nós não temos uma compreensão profunda sobre como esses processos ocorrem. Condenar uma pessoa equivale, no Budismo, a “dar nascimento negativo”, ou seja, imprimir um caráter, dar uma identidade ruim. Se nós tomarmos essas pessoas e as ligarmos à perspectiva de que elas vão agir sempre de forma criminosa, não teremos a possibilidade de ver como elas poderiam sair desta paisagem mental negativa. É preciso saber como se ligaram a essa paisagem mental que faz com que pensem que suas ações são favoráveis. Nenhuma ação negativa é satisfatória para quem a pratica: a pessoa fica envergonhada, percebe a tristeza que provoca em seus semelhantes e sabe que o resultado é insatisfatório. Que se esvai e provoca sofrimento. Nós estamos muito preocupados com a violência porque ela nos afeta enormemente; mas precisamos compreender o tema a partir de mais perspectivas, perceber todos os fatores envolvidos e trabalhar com cada um deles. A prisão de uma pessoa não significa que ela vá mudar, e que os aspectos de sua mente não serão copiados por outras pessoas. Se não houver essa compreensão, vamos continuar encarcerando pessoas e os problemas não serão resolvidos.

As instituições não dão conta de forjar uma sociedade baseada na paz. O foco, aliás, está na violência e na punição. Como modificar esse quadro?

Lama Padma Samten – Iniciativas como a do Conselho Parlamentar pela Paz do Paraná, o ConPaz, são louváveis. Elas se encarregam de localizar, nas tradições filosóficas e religiosas, na cultura, elementos que contribuam para mudar as coisas; são capazes de detectar os elementos sutis que determinam o atual cenário de violência. É espantoso perceber o quanto ações violentas cometidas em outros países contaminam a nossa sociedade. As coisas acontecem lá e, de repente, começam a pipocar aqui. Ou, então, ações inacreditáveis que surgem entre nós e que, de repente, se repetem. Detectar esse processo é fundamental para superar a violência. Um exemplo: se você examinar a programação televisiva, vai perceber o quanto somos bombardeados por coisas negativas. Eu tenho filhos pequenos e fico abismado ao ver o grau de violência nos desenhos animados – eles invariavelmente ensinam a ultrapassar os limites do bom senso e a fazer o que não deve ser feito. Os personagens são explodidos e, de repente, retornam ilesos, ou seja, não há problema em explodir o outro. Fica a lição da impunidade, de que é possível fazer tudo sem arcar com as consequências. A coisa não se resolve pela censura, mas pela percepção da origem dessas disposições negativas, desse adoecimento coletivo.

É possível localizar uma causa central para o atual estado de coisas no mundo?

Lama Padma Samten – Tenho para mim que as coisas passam pelo processo econômico, que é ilusório e insatisfatório em si mesmo. Mesmo que as pessoas comprem tudo o que desejam, elas seguem deprimidas, seguem doentes. Se o poder econômico trouxesse felicidade, as pessoas ricas estariam imunes à tristeza, o que não acontece. Ou seja: o processo econômico, tal como o concebemos, não dá conta de resolver os problemas; não só não dá conta, como aprofunda a crise em termos planetários. Tomemos como exemplo a China, que se tornou uma potência econômica e uma espécie de “modelo a seguir”: hoje, das trinta cidades mais poluídas do mundo, vinte são chinesas. Esse “progresso” é perverso, e começa a produzir respostas dentro da própria sociedade, que passa a se opor à instalação de complexos industriais.

Ou seja, também existem elementos positivos emergindo do cenário…

Lama Padma Samten – Sem dúvida. Um sinal disso é a percepção crescente de que o PIB já não é o melhor referencial de riqueza. Esse índice, aliás, deve perdurar por mais algum tempo e ser substituído por outro, que contemple fatores como a felicidade. Isso é muito importante, porque mostra que o referencial econômico, sozinho, não dá conta da realidade, e que é preciso buscar o referencial humano.

O Budismo Tibetano, tradição religiosa de que o senhor é um líder, sofreu com a violência praticada no contexto da invasão chinesa ao Tibete. Que lições extraiu desse episódio?

Lama Padma Samten – É interessante perceber como as coisas evoluem. Meu mestre, Chagdud Rinpoche [1930 – 2002], perdeu tudo quando o Tibete foi invadido. Perdeu a esposa, a família, as propriedades. Fugiu para o Nepal por montanhas geladas, chegou lá muito enfraquecido e, no processo, quase morreu ao cair em um rio de montanha. E, sem nenhum bem, começou uma nova trajetória. Viveu na Índia, veio aos Estados Unidos e, depois, instalou-se no Brasil, onde impulsionou a difusão do Budismo Tibetano. Um caminho semelhante foi trilhado por Sua Santidade, o Dalai Lama. Esses mestres enriqueceram a cultura ocidental, em especial porque trouxeram uma compreensão diferenciada da mente, uma percepção sutil que, atualmente, é percebida como importante. A cultura budista nos enriquece porque nos faz perceber que o mundo exterior é inseparável de nossas dimensões internas, e que a mudança do mundo passa por mudanças em nossa própria mente, em nossa própria percepção. Os chineses, então, têm esse “mérito”: de chacoalhar toda a estrutura do Budismo Tibetano, de sacudir todos os mestres como se sacudissem uma árvore frondosa – e de, com isso, espalhar flores e frutos por uma área muito maior. Com isso, os mestres precisaram dar conta de algo diferente, não só de preservar as próprias tradições, mas de fazer com que o mundo delas se beneficiasse.

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A prioridade número um

Por Isaias Costa

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Eu sempre vou defender a bandeira da Educação. Através dela tudo o mais pode ser mudado e aperfeiçoado. Um Brasil que tenha a Educação como a prioridade número um pode ajudar a fazer com que o mundo todo se torne mais harmonioso e as pessoas sejam cidadãs críticas. A educação está diretamente relacionada com o desenvolvimento do CARÁTER, que, infelizmente, é uma palavra riquíssima que não faz parte do dicionário da maior parte dos políticos. Ontem eu publiquei um texto falando sobre essa palavra tão esquecida ou mesmo apagada nesse mundo sujo da política brasileira. Se você ainda não leu, este é o link.

A palavra caráter

Eu sou professor e todos os dias faço questão de mostrar aos meus alunos a importância da autenticidade, do respeito e amor ao próximo, à natureza, e principalmente, a si mesmo. Não adianta querer mudar o mundo exterior se não mudarmos primeiro o nosso mundo, isso é hipocrisia, é o que os políticos bandidos e corruptos fazem.

Quero colocar as palavras de uma reportagem que li essa semana falando sobre o que pensa um dos professores mais hipócritas e pilantras que já tive conhecimento, estou falando do senhor Fernando Henrique Cardoso. Eu fico impressionado como que um professor é capaz de dizer que o lucro dos royalties do petróleo não podem ser destinados 100% para a educação. Esses 100% ainda não são o suficiente para que seja feita uma revolução no sistema educação desse país corrupto. Em minha opinião precisaria de muito mais, porém, esse dinheiro já seria um excelente início.

Só uma pequena observação: tanto esse texto quanto a reportagem foram escritos antes da aprovação das verbas dos royalties do petróleo, feita na madrugada do dia (26/06/13). Foi decidido que 75% das verbas serão destinadas à Educação e 25% à saúde.

FHC se diz contra 100% dos royalties para a educação

A nova proposta da divisão dos royalties oriundos da produção de petróleo prevê que 100% desses recursos terão que ser investidos na educação. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta quarta-feira discordar desse ponto de vista. Para ele, a maior parte dos royalties deve ser repassada para a melhoria do sistema educacional, mas outras áreas que ele disse considerar vitais para o desenvolvimento do País não podem ser esquecidas.
“Acho que educação não se resolve só com dinheiro, mas dinheiro é necessário. Não diria para dar tudo para a educação, mas uma parte importante. Os royalties são bons para se projetar o futuro, que envolve educação, meio ambiente, ciência e tecnologia. Isso é futuro também”, afirmou, após participar de almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
FHC, que implementou uma política de privatização durante seus oito anos de governo, revelou ser contrário à presença da iniciativa privada na educação. Ele fez apelo para que o País volte a fazer grandes debates para planejar o futuro. “Precisamos voltar a discutir os temas nacionais, o que queremos para o futuro. Educação não se resolve com privatização”, observou.
O ex-presidente defendeu que o conteúdo ensinado nas escolas seja revisto. Segundo ele, mesmo diante de uma possível resistência inicial por parte de professores, pais e alunos, é necessário que se leve a ideia em frente.
“O que nós ensinamos, será que é isso que as pessoas querem aprender? Será que não precisamos de uma reforma mais profunda, de quase uma revolução no conteúdo e no modo como se ensina?”, comentou. “Isso é tarefa que vai ter que enfrentar sindicato, incompreensão de pais e alunos, terá que haver um debate, porque ninguém sabe realmente para que rumo, substantivamente, que temos que levar as mudanças mais profundas”, complementou.

Caráter! De que adianta o senhor Fernando Henrique ser tão inteligente e ter tantos títulos se ele não tem o principal? Pra mim não vale nada! Quero concluir com as palavras de um cartaz que até hoje me emocionam: “Somente quando a paixão nacional for a EDUCAÇÃO veremos a verdadeira REVOLUÇÃO”. Estas belíssimas palavras estavam no cartaz do meu amigo e colega de trabalho Teófilo Sucuripa e ele levou para as manifestações ocorridas em Fortaleza.

Ele fez um vídeo incrível e quero compartilhar com você agora! O sentimento que ele nutre é o mesmo que o meu e de todos os verdadeiros professores, os que amam essa profissão e sabem que estão diretamente ligados ao futuro desse país…

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A palavra caráter

Por Isaias Costa

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Existe uma palavra da língua portuguesa que todos conhecem, mas que na vida real está se tornando cada vez mais difícil de ver nas pessoas, a palavra CARÁTER. Lendo na internet eu me deparei com um texto simplesmente magnífico que fala sobre o caráter. Um texto de autoria da educadora Eliana Sousa Sicsú.

Eu desejo que com a leitura desse texto brilhante você reflita sobre a sua vida, mas principalmente, sobre as suas ESCOLHAS, pois são elas que definem o nosso caráter. Como caráter tem muito a ver com a palavra MÁSCARA, vou deixar a você a sugestão de um livro que mudou completamente a minha vida, o livro Arrancar máscaras! Abandonar papéis!, de John Powell. Eu estou criando o meu caráter dia após dia e posso afirmar que esse foi um livro que ajudou muito a moldá-lo para melhor. Quem sabe ele não faça o mesmo com você? Quando nós arrancamos as nossas máscaras passamos a enxergar a vida com novos olhos, com olhos muito mais conscientes e verdadeiros. Boa leitura…

“O caráter é a expressão mais exata da sua pessoa, sem máscaras, sem fingimentos ou aparências: o seu verdadeiro ser interior.”

O termo “caráter” procede do grego e significa literalmente “estampa”, “impressão”, “gravação”, “sinal”, “marca” ou “reprodução exata”. Quais princípios, valores e sentimentos estão impressos nas suas atitudes?

caráter é a “marca” pessoal de uma pessoa. O “sinal” que a distingue dos outros e pelo qual o indivíduo define o seu estilo, a sua maneira de ser, de sentir e de reagir. Também pode ser definido como o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que determina sua conduta em relação a Deus, a si mesmo e ao próximo. O caráter, não apenas define quem o homem é, mas também descreve o estado moral do homem.

O caráter é distinto do temperamento e da personalidade, embora esteja relacionado a eles. O temperamento refere-se ao estado de humor e às reações emocionais de uma pessoa – o modo de ser. A personalidade envolve a emoção, vontade e inteligência de uma pessoa – aquilo que o individuo é. O caráter, influenciado pelo temperamento e personalidade, é o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determina a conduta – como a pessoa age.

O caráter é a forma mais externa e visível da personalidade. Segundo Aristóteles, a disposição moral (caráter) é adquirida ou formada no indivíduo pela prática. Afirma um antigo provérbio que ao “semear um hábito, o indivíduo colhe um caráter”. O caráter, segundo a sabedoria dos antigos, é o resultado de um hábito interiorizado, aprendido através do exercício contínuo das virtudes ou dos vícios. Não deve ser confundido com as paixões, como a ira, os desejos, o ódio, muito menos com as faculdades, como a razão, a emoção ou a vontade, pois estas categorias são naturais, próprias do ser.

Mediante o temperamento, a personalidade e o caráter, o indivíduo afirma sua autonomia e passa a ter consciência de si mesmo como ser humano e também que tipo de pessoa é. Esta descoberta existencial é um processo contínuo.

Há uma relação direta entre hábitos e caráter. “…o tipo de vida que desejamos depende do tipo de pessoa que somos – depende de nosso caráter.” Não é o que temos ou as técnicas que empregamos que nos tornam bem sucedidos. É quem nós somos. Os hábitos mais importantes são os que envolvem nossas relações com nossos deuses, conosco, com as pessoas e com o resto do mundo. Pessoas de princípios nobres e de bom caráter têm hábitos como integridade, interesse pelos outros, generosidade, solidariedade, confiabilidade. Bons hábitos fazem a diferença em tudo que fazemos.

Então, você tem escolha. Mentir ou falar a verdade. Ser desonesto ou ser honesto, ainda que pagando um preço. Assumir responsabilidade por sua vida ou viver vitimizado. Agir com sabedoria ou reagir impulsivamente. Amar ou odiar. Perdoar ou guardar ressentimentos. Ser uma pessoa confiável ou falsa. Ser ético no falar ou ser fofoqueiro. Ter palavras que edificam ou ter uma linguagem destrutiva. Investir amor e atenção na família ou ignorá-la.

Você tem escolha. Suas escolhas definem seu caráter.”

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

 

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Um problema de cada vez

Por Isaias Costa

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Quero alertar sobre um fato que estou percebendo nos últimos dias de manifestações. Houve uma explosão de novos protestos, de pessoas nas ruas, de textos e vídeos na internet, de mobilizações nas redes sociais, mas estão faltando dois ingredientes fundamentais, a CALMA e a SABEDORIA.

Há poucos dias escrevi um texto falando sobre se reivindicar com sabedoria, aos que não leram segue o link.

https://paralemdoagora.wordpress.com/2013/06/19/reivindicar-com-sabedoria/

Quero frisar a calma. É muito importante se ter calma nesse momento crucial. Outro dia estava conversando com um amigo pelo facebook e ele me falou exatamente o que estava sentindo. Ele fez uma reflexão muito profunda e quero compartilhar com você agora, seu nome é Ricardo Santos e ele disse o seguinte:

“Confesso sentir certo receio, não sei exatamente qual desfecho tudo isto vai ter, aparentemente tudo é lindo e maravilhoso, mas me preocupo se não há pessoas oportunistas querendo aproveitar o momento e a força popular, para direcionar todas esta energia para fins não tão nobres, temos que lutar pelos nossos direitos, e pedir justiça social, mas também não sejamos ingênuos, queremos mudanças, mas queremos mudar para melhor, não queremos servir de massa de manobra para alguns grupos implantarem as suas ideologias sem estarmos conscientes dos verdadeiros objetivos, cria-se uma convulsão social, e depois surge alguém como líder ou salvador da pátria e pagamos um preço alto por isso. Eu acho que já assisti este filme antes e o final não foi bom para o povo. É preciso ter cautela, bem porque a grande massa é formada por jovens estudantes todos empolgados e crentes que estão transformando o Brasil, mas também facilmente manipulados por intelectuais defensores de discursos ideológicos radicais.

É necessário agir com muita sabedoria, a população quando se torna incontrolável é como um monstro sem cabeça, é preciso ter consciência, mas também ter calma no momento, não conseguimos conquistar todas as coisas de uma vez só, quem quer tudo, às vezes não consegue nada e ainda perde o pouco que tem…”.

A principal mensagem que quero transmitir é essa dita pelo meu amigo: “não conseguimos conquistar todas as coisas de uma vez só, quem quer tudo, às vezes não consegue nada e ainda perde o pouco que tem…”.

Essas manifestações precisam de mais FOCO e PACIÊNCIA. Eu até já falei para os meus amigos que é preferível que essas manifestações durem meses e meses a fio e no final os objetivos sejam alvançados, do que haver uma explosão de manifestantes “pseudorrevolucionários” imediatistas, que querem tudo resolvido para ontem. Meus amigos! Nós estamos tratando de um sistema político que se estende pelo Brasil há décadas! Será que é do dia para a noite que tudo vai mudar e ficar lindo? Não sejamos ingênuos!

Para concluir! Quero deixar as palavras sábias de um escritor que acompanho sempre os textos, seu nome é Babuwin, editor do blog “Ah duvido”. Reflita sobre essas palavras e tenha FOCO, PACIÊNCIA e SABEDORIA!

Sinceramente eu acho graça quando escuto nos noticiários que NÃO TEMOS REIVINDICAÇÕES. Na realidade temos é um excesso de reivindicações, somente não temos centro, falta foco, algo que pode ser consertado a partir do momento que o brasileiro ganhar a consciência de que não dá para arrumar tudo de uma vez só. E isso nem sequer é um ponto negativo, já que não estamos criticando a proposta de protesto que o outro está levantando, estamos protestando também, pela nossa causa. No entanto sabemos que para que as reivindicações sejam aceitas e resolvidas, é necessário que ela tenha força e essa força é construída através da União. Pare e pense um pouco sobre a proposta de protesto de outra pessoa e pense se não vale a pena apoiá-la. Afinal, ela pode interferir na sua vida também, mesmo que você não tenha percebido isso ainda. Quando encontrarmos o centro, aí amigo, ninguém mais segura esse povo!
Precisamos de uma lista de reivindicações breve, com no máximo cinco itens e com problemas de menores escalas – nada do tipo “Quero um hospital para cada bairro de cada cidade brasileira”. Algo que possa ser atendido, tal como o “Não a PEC 37” ou a saída dos políticos condenados por corrupção do SENADO!
Compreendo que foram anos de espera para que enfim tomássemos as ruas. Anos que todos ficamos calados, observando toda essa picaretagem, engasgados. Agora que conseguimos alcançar essa mobilização é normal que todos queiram falar ao mesmo tempo, entretanto temos que ter o bom senso e começar a escutar também. Perceber que se atacar um problema de cada vez teremos uma resposta muito mais rápida e eficaz do que teríamos se atacássemos todos os problemas ao mesmo tempo. Volto a repetir: é a união que fortalece a causa e é dela que os governantes têm medo! É o povo unido, indo às ruas e dando o seu recado. Não somos mais bobos, não vamos mais ficar parados. A primeira etapa já foi vencida: acabar com a apatia. A segunda é arrumarmos o nosso foco e isso é muito mais simples de fazer do que foi romper a primeira etapa.

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O medo instalado

Por Isaias Costa

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Eu percebi que muitas pessoas compartilharam o link do filme completo ou trechos do “V de vingança” no facebook e fiquei muito curioso de assistir. Eu o assisti na sexta-feira passada e transcrevi as duas frases que mais me impactaram e que podem ser muito bem levadas para a realidade vivida pelo nosso país nesses últimos dias.

As frases são as seguintes:

“O povo não deve temer o governo. O governo que deve temer o povo”.

“Porque este mundo, do qual faço parte e que ajudei a dar forma acabará esta noite. Mas amanhã começará um novo mundo e pessoas vão dar forma a ele. E esta decisão pertence a essas pessoas”.

Esse é um filme muito inteligente e reflexivo. A ideia central dele é mostrar como a vingança se instala na vida de uma pessoa. O que normalmente leva alguém a se tornar vingativo são os sofrimentos vividos, as humilhações, os descasos, a violência contra si, etc. O personagem principal desse filme sofreu demais, sofreu tanto que perdeu um dos sentimentos mais fortes que existe no ser humano, um sentimento que diria até VITAL, pois nos faz realmente humanos, que é o MEDO. Ele perdeu todo e qualquer tipo de medo. Ele poderia matar ou morrer que não faria a menor diferença, poderia torturar e ser torturado que também não faria diferença, etc.

A discussão sobre o MEDO é de uma complexidade totalmente fora do padrão. O que estou falando pode ser comparado com as grandezas atômicas, seria como um mísero átomo em um universo sem fim. Vez ou outra escrevo sobre o medo e pode ter certeza que sempre vai faltar alguma coisa a ser dita.

Por que estou falando sobre isso? E por que coloquei as duas frases do filme? Vou explicar agora. O Brasil está vivendo um tempo de revolução, porém, esse tempo é muito crítico e delicado. São forças muito grandes que estão sendo abaladas e desestruturadas. São décadas de um sistema de governo que estão sendo colocados à prova pela população. Mas o medo pode ser um grande empecilho para as grandes conquistas que estão sendo buscadas. Vamos à primeira frase:

“O povo não deve temer o governo. O governo que deve temer o povo”

Essa frase é muito verdadeira. A força das pessoas é muito maior que a do governo, porém, o governo tem o poder em suas mãos de mandar e desmandar em tudo, e eles utilizam o terror para amedrontar e fazer as pessoas recuarem. Perceba os noticiários! Eles praticamente só se focam na violência das manifestações, mostrando que pessoas foram feridas, policiais foram feridos, já estão até ocorrendo mortes. A situação está séria e pode ficar ainda mais.

Uma coisa que percebi foi que a rede Globo deixou de transmitir a novela em um dia para mostrar exclusivamente as manifestações. Muitos gritaram: “Uhhuu!!” no facebook, mas eu fiquei de orelha em pé, sabe por que? Porque a rede Globo não vai deixar de transmitir a novela à toa, uma paixão nacional (Infelizmente! E isso me deixa envergonhado). Ela tem um plano muito sorrateiro nisso tudo. Ela está fazendo mais ou menos como no filme “V de vingança”, implantando o MEDO nas pessoas através das notícias. Muitos estão indo às ruas rezando para voltarem sãs e salvas para casa. Essas notícias de violência estão deixando muitos manifestantes extremamente receosos e medrosos. Mas repito, quem tem que ter medo é o governo! Indo para as ruas com vontade e querendo uma mudança definitiva, não tem pra ninguém, a vitória só pode ser do povo, com ou sem repressão policial.

Agora vamos à segunda frase:

“Porque este mundo, do qual faço parte e que ajudei a dar forma acabará esta noite. Mas amanhã começará um novo mundo e pessoas vão dar forma a ele. E esta decisão pertence a essas pessoas”.

Um mundo de mentiras e corrupção chamado Brasil está com seus dias contados. Logo este país tomará novos rumos completamente diferentes, mas se trata de uma DECISÃO, ninguém pode ficar dormindo ou de braços cruzados em um momento histórico e tão importante como esse, é preciso CORAGEM, LUTA, DETERMINAÇÃO, OUSADIA, FÉ e muito mais. Para dar forma a um novo Brasil mais humano, digno, justo e com pessoas mais conscientes, a decisão deve partir de cada um. E a ideia principal! Para mudar o mundo exteriormente, devemos mudar primeiro o nosso mundo interior. É como eu coloquei no post de ontem! Querer que as coisas mudem sem que mudemos o nosso mundo primeiro é pura HIPOCRISIA, e de hipocrisia eu quero distância. Se você não leu, este é o link.

https://paralemdoagora.wordpress.com/2013/06/24/a-corrupcao-de-cada-um/

Com certeza há muito mais a ser falado sobre o filme “V de vingança” e sobre as manifestações. Vou deixar uma sugestão preciosíssima! Assista a esse filme! Este é o tipo de filme que “abre a cabeça” para a realidade da vida e do mundo. Serve para nos mostrar que não vivemos no país das maravilhas da Alice. Existe muita coisa errada e muita gente mal intencionada, e ver tudo isso com olhos vivos e conscientes faz toda a diferença. Aqui está o link do filme completo e dublado para quem quiser assistir pelo youtube.

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A corrupção de cada um

Por Isaias Costa

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O Brasil está indo às ruas com fervor para lutar pelos seus direitos, por mais justiça, igualdade, pelo combate à corrupção, etc. Porém, hoje quero frisar algo importantíssimo que muitos esquecem, a corrupção pessoal. Todos nós já agimos com corrupção e protestar nas ruas sendo um corrupto dentro de casa, nos relacionamentos, no trabalho, nos estudos, na saúde do corpo etc, de nada adianta, torna-se HIPOCRISIA.

Para refletir sobre isso, compartilho um texto incrível do empresário Marcos Rezende. Reflita sobre essas sábias palavras…

Quando brasileiros corruptos vão às ruas protestar

Você deve conhecer alguém que tem gato de água ou “gato” de luz em casa. Também deve conhecer alguém que já deu propina para policial liberar seu carro em uma “blitz”. Provavelmente, assim como eu, também deve conhecer alguém que evita pagar impostos ou que dá um jeitinho para ganhar um lugar na fila do banco de forma desonesta. Talvez você até conheça alguém que namore com uma pessoa que é casada e diz que não tem nada a ver ou então uma que “pula a cerca” do relacionamento porque estava difícil sustentar a relação. E para encerrar a lista de exemplos, também deve conhecer pessoas que preferem o salário mínimo para trabalhar em um lugar que detestam do que assumir a responsabilidade sobre a sua própria vida para viver sobre as suas próprias regras. Este blog é brasileiro. Eu sou brasileiro. E não podia deixar de chamar a sua atenção para o maior problema do nosso país: nós somos os corruptos do país corrupto.

Coloque a mão na consciência

• Você está atolado em dívidas, mas não resiste em refinanciar a sua casa ou o seu carro para comprar o novo iPhone ou uma televisão nova.
• Você reclama que o preço da luz, da água ou da tevê a cabo é muito alto, mas não resiste em tirar vantagem do sistema fazendo um gato na sua casa.
• Você critica as letras das músicas do funk, mas não resiste em “dar umazinha” com uma pessoa casada ou em trair a pessoa com quem se relaciona.
• Você critica a forma como os políticos ganham dinheiro de forma fácil, mas não resiste em fazer parte de empresas cujo modelo comercial e de expansão é baseado em pirâmide financeira.
• Você critica a violência policial, mas não resiste em falar palavrão, gritar com seus filhos ou mesmo bater neles em repressão a algo que eles fizeram e que vai contra as normas que você estabeleceu.
• Você critica a falta de investimento em saúde, mas não resiste em comer fast-food, ficar bêbado na balada e fumar.
• Você critica a violência no país, mas não resiste em puxar um baseadinho no final de semana.
• Você critica a corrupção, mas não resiste às oportunidades de tirar vantagem das outras pessoas.
• Você critica o fato dos políticos não trabalharem bastante, mas está doido para passar naquele concurso público e entrar com uma licença médica para ficar encostado.

Sou totalmente a favor de todas as formas de protesto sem violência e acho esplêndido este momento político pelo qual estamos passando, mas para corrigir o “sistema”, nós temos que nos corrigir. O nosso governo e a forma como o nosso país funciona é um espelho do Brasil que temos dentro das nossas casas e dentro de nós.

Todas essas manifestações soam para mim como um grito de fúria e liberdade contra e a favor de si mesmo. Afinal, foi a maioria da população que escolheu o presidente, o governador, o prefeito, os deputados e vereadores que temos e é esta maioria da população que hoje se humilha em empregos que não gostam ou ocupando cargos públicos que não tem afinidade em troca de algumas moedas. Não podemos nos esquecer que no ano de 2011 a cidade de São Paulo elegeu Tiririca como o segundo deputado mais votado de toda história do Brasil, mesmo tendo ele o slogan “Vote Tiririca, pior do que tá não fica” (vídeo) demonstrando toda a sua displicência em relação a maior arma que temos: o voto. Por sorte (ou azar) Tiririca foi eleito um dos melhores deputados do ano em 2012, mas o fato é que esta “manifestação nas urnas” deixou clara para os políticos do país que a maioria da sociedade não estava nem aí para a política e que o “circo”definitivamente estava armado.

O que vemos hoje na rua são pessoas querendo corrigir de uma hora para outra décadas de descaso com a política do país. Décadas onde as prioridades do brasileiro foram feriados, futebol, carnaval e pornochanchada. Décadas onde, ano após ano, fizemos as mesmas coisas de sempre: esperamos o próximo feriadão, gastamos tubos de dinheiro no nosso próximo carro popular, adquirimos bens que não precisamos para impressionar pessoas que não gostamos, não investimos na nossa educação e, como não podia deixar de ser, “cagamos e andamos” para a nossa própria saúde até que um dia, o bacon, aquela tragada de cigarro ou o último gole de cachaça faça a diferença no nosso sistema como esses R$ 0,20 fizeram para explodir uma bomba de revolta em todo o país. Da mesma forma que não parece ser possível para você que de uma hora para outra, você saia do emprego que não gosta, deixe para trás aquele relacionamento amoroso chato e tedioso ou peça desculpa para aquela pessoa que você agrediu anos atrás, é também impossível para o nosso país resgatar a sobriedade e responsabilidade para com o povo em apenas uma semana. Ano que vem tem eleição e eu quero assistir quem a maioria do povo irá eleger. Nos comportaremos como o Brasil das últimas duas semanas ou como o Brasil de décadas atrás?

Continue protestando. Continue indo para as ruas. Exerça de uma vez por todas e finalmente o seu poder como parte do povo, mas por favor, não ignore aquilo que você faz dentro da sua própria vida, entre quatro paredes e quando ninguém está vendo. Leve-se a julgamento e condene-se pelos atos de covardia, hipocrisia e perversão que exerce contra si mesmo e também contra a sociedade.
E antes que você me lembre que eu não sou um exemplo de ser humano ou Deus ou Cristo para ficar aqui dando lição de moral em alguém de forma a se defender contra as minhas acusações, espero que, assim como eu, você proteste dentro e fora de si por uma pessoa, um Brasil e um mundo melhor. Coloque a mão na consciência.

“Seja você a diferença que deseja para o mundo” ~ Gandhi

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Falta pouco agora

Por Isaias Costa

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Quero fazer uma breve reflexão importantíssima nesse momento histórico que o nosso país está vivendo. E quero falar principalmente sobre a mídia, e de forma mais direta ainda, sobre a Rede Globo. A mídia está fazendo questão de transmitir na maior parte do tempo a violência dos manifestos e deixando de lado as reivindicações e propósitos destes.

Este é um plano sujo da rede Globo para implantar o medo na população! E como a maior parte dela é medrosa, está caindo como “patinho” nessa história da violência. O medo está sendo instalado nas pessoas e muitos estão recuando justo agora que mais e mais devemos ir para as ruas protestar.

Este post é apenas uma prévia de um post mais elaborado que publicarei depois de amanhã e escrevi me baseando no filme “V de vingança”. O cerne da ideia deste filme incrível está acontecendo no nosso país e precisamos ficar muito alertas! O medo está sendo a força propulsora da rede Globo, mas nós devemos seguir por outro caminho, o caminho da CORAGEM e da DETERMINAÇÃO. Somos soldados, estamos neste movimento para guilhotinar, mas se trata de guilhotinar a mentira, a falcatrua, o desrespeito, a pilantragem, desses políticos que pensam que estão diante de uma população sem voz e vez.

Sabe por que a rede Globo está fazendo isso? Porque ela está morrendo de medo de perder essa batalha, que ao meu ver, já está perdida para ela. Quero lhe encorajar com esse texto e dar a sugestão de, se possível, assistir ainda hoje ao filme “V de vingança”, assim ficará mais fácil de entender o que estará no post de terça-feira.

Todos reunidos, pra comemorar, falta pouco agora, o mundo não demora a se acabar…”. Esta belíssima frase faz parte da música “1000 guilhotinas”, da banda Pato Fu, e se encaixa perfeitamente no momento que estamos vivendo. O mundo não demora a se acabar! O mundo que está acabando é o governado pelos políticos pilantras e egocêntricos. Falta pouco meus amigos! Esta é a hora que mais e mais devemos correr para as ruas protestar! Mas protestar com inteligência, com sabedoria!

Para terminar! Deixo a bela música da banda Pato Fu para você ouvir! Até breve!

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A gota d´água

Por Isaias Costa

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Hoje eu quero compartilhar um belíssimo texto da terapeuta, palestrante e educadora Eliana Kruschewsky falando sobre a gota d’água para toda essa revolução que o nosso país está vivendo. Leia e compartilhe com os amigos!

Aprendemos a nos defender desde que nascemos. O bebê já nasce com um sistema de autodefesa física, que podemos perceber assim que o neonatologista o segura após o parto. Observamos que o bebê tem reflexo como se quisesse se segurar para não cair. É impressionante assistir aos testes de auto-defesa que são feitos assim que o bebê nasce.

Desde o nascimento, todo ser se defende de algo. E este sistema de defesa se aprimora ao longo da vida, deixando bem claro que somos capazes de nos defender e até de defender o outro, dentro de uma maturidade cronológica e psicológica. Isto tudo para garantir a sobrevivência.

A defesa não se configura em ataques contra algo ou alguém. Defesa é atitude. Defender-se é estar a seu favor e atacar é estar contra o outro. Quando estamos a nosso favor, estamos nos defendendo e não estamos, necessariamente, contra nada nem ninguém.

Uma cliente uma vez me disse que não se defenderia do marido que alienou os filhos a ele, senão ela estaria contra ele e ele não iria gostar disto descontando nos filhos. Observem como o raciocínio, o ponto de vista sobre defesa se difere neste contexto. Estar a seu favor é o mínimo que podemos fazer por nós. Caso contrário, todo sistema de autodefesa seria falho. E assim, nos rotulariam de indefesos e vulneráveis. E já sabemos o que acontece quando nos mostramos indefesos, vulneráveis. O lado contrário a nós, as oposições ou adversidades ganham força e se utilizam desta nossa fraqueza e adentram os limites, configurando assim em um caos ou transtornos o que dificultariam uma retomada imediata à normalidade.

Não sei se é do ser humano ou da humanidade a questão de não agir e só tomar atitudes quando o limite invadido fica insuportável, ou seja, quando a GOTA D’ÁGUA pinga. O copo de água, explodindo de conteúdo por não existir uma evasão, faz com que tal conteúdo transborde, ultrapasse a borda que o limitava ali dentro daquela situação aprisionante e, com isto, gera um desencadeamento de situações transtornantes e contra atitudes dos outros.

O Brasil passa por um momento histórico, onde manifestantes saíram às ruas em um momento em que os holofotes estão voltados ao país, devido a um evento futebolístico mundial. Tais manifestações surgiram de uma GOTA D’ÁGUA onde os brasileiros não suportam mais muitas situações esdrúxulas e foram às ruas com cartas repudiando R$ 0,20 no aumento de passagens de ônibus. Perguntamos: Só por causa de centavos, precisamos movimentar milhares de pessoas às ruas? E responderam que isto foi a GOTA D’ÁGUA.

Passamos um tempo importante engolindo a invasão dos limites do governo e sem evasão.

A GOTA D’ÁGUA, transbordou a paciência e tolerância de milhares de brasileiros e está causando transtornos quanto à segurança e tranquilidade de pessoas envolvidas diretas ou indiretamente.

Agora pergunto a você: O copo de água transbordou por causa de R$ 0,20, logo o governo irá recuar e atender às reivindicações e a água que foi derramada, voltará ao copo? Ou, a água que foi derramada irá se represar em outro copo? E este copo se encheu ao ponto de romper o limite das bordas por que impuseram isto ou por que deixamos isto acontecer?

Tomar atitudes durante a aparição de situações não seria o melhor para não deixarmos o copo de água transbordar por conta de uma insignificante GOTA D’ÁGUA?

“Chutar o pau da barraca”, “rodar a baiana”, “botar a boca no trombone” são atitudes explosivas e que não têm nada a ver com o equilíbrio emocional, mental, espiritual. A questão não é ser contra protestos e manifestações de rua, eles existem para serem feitos e promoverem mudanças, mas o que quero deixar claro é que não precisamos deixar o copo transbordar.

Muitas situações de vida das pessoas levam a um final quando o que importaria seria o crescimento pessoal. Muita coisa não volta mais ao que era antes, pelo simples fato de que a água não retorna para o copo só porque os R$ 0,20 foram resolvidos. Muita coisa irá se desencadear daí.

Quanto casamentos foram desfeitos por conta desta GOTA D’ÁGUA? Quantas demissões tiveram de ser ativadas em empresas por conta desta GOTA D’ÁGUA? Quantos homicídios e suicídios foram cometidos por causa da GOTA D’ÁGUA? Quantas crianças foram espancadas por causa desta GOTA D’ÁGUA…

O fato é que podemos evitar este transbordamento do copo de água. Podemos criar uma evasão para a água fluir e transmutar. Isto pode ser feito através de conversações, de diálogos, de atitude de autodefesa. Seja a seu favor quando for dialogar com teu marido(esposa) e não contra ele(a). Todas às vezes que somos contra o outro, gera um conflito de ideais que não resulta em nada bom e, para não piorar, resolvemos nos calar e daí o “copo enche”.

A única forma de não acumularmos energias, situações, sentimentos dentro de nós, a única forma de não extravasarmos em gotas d’água, é tomarmos atitude a nosso favor, valorizando nosso sistema de autodefesa e evitando assim transtornos históricos em nossa vida que muitos chamam de traumas e eu os denomino de focos de energias com baixa vibração que irão causar danos e marcar a vida de uma pessoa.

Não sabe como ser a seu favor sem ser contra o outro? Procure ajuda, existem profissionais que lidam com comportamento humano para ajudar você. Procure um terapeuta e suas habilidades terapêuticas para alinhar tua energia, procure ler se informar sobre a saúde espiritual e energética. Abra a tua mente para as ajudas que independente de religião, estão aí à tua disposição para aconselhá-lo, orientá-lo e ajudar você a viver uma vida mais colorida, mais pacífica e feliz.

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A importância da utopia

Por Isaias Costa

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Nesse tempo de conflitos e mudanças reais no Brasil eu quero fazer uma breve reflexão sobre a UTOPIA, a partir de uma frase fantástica da autoria de Eduardo Galeano.

“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”

Essa frase é perfeita e ainda mais neste momento que o país está vivendo. Muitos não acreditam ou dão crédito à utopia, mas ela é fundamental na vida do ser humano. Ela nos faz ir mais longe quando as esperanças já estão se perdendo ou morrendo. Uma frase que está sendo repetida constantemente é: “O gigante acordou”, ou seja, o Brasil está saindo do marasmo e da subserviência e lutando pelos seus direitos com unhas e dentes. Eu estou muito feliz por estar presenciando esse acontecimento histórico. Vai ser um grande orgulho para mim folhear os livros de história daqui a uns 10 anos e ver estampadas em suas páginas as fotos das manifestações que estão acontecendo agora e poder dizer: “Eu estive lá! Eu participei desse movimento…”.

Caminhar para a frente. A utopia faz isso com a gente. Faz com que acreditemos que as coisas podem ser mudadas e novos rumos sejam tomados. Já a ausência da utopia gera a DESCRENÇA e DESESPERANÇA. Que podem nos paralisar se não pararmos para pensar e refletir.

É com muito prazer que vou compartilhar algumas palavras de desabafo de um amigo meu chamado Anderson Pereira falando sobre as manifestações. São palavras sinceras de uma pessoa que estava totalmente sem esperança de um Brasil melhor, mas que voltou a cultivar a bela utopia e correu para as ruas para protestar, dar um passo adiante nesse horizonte sem fim…

Antes de mais nada, o porque do meu apoio às manifestações.

Durante toda minha vida critiquei a falta de empenho do povo brasileiro. Sempre surgia um ou outro criticando o governo, a mídia e tal, mas do meio pro fim votavam nos mesmos picaretas e continuavam assistindo novela da Globo. Isso, durante meus mais de 20 anos, diminuiu minha esperança em relação ao Brasil. O país, os políticos e sobretudo a população me causavam nojo, desprezo. Nunca suportei o estereotipo de ser brasileiro, nunca aceitei ver um país tão bonito na mão de gente burra, mesquinha e corrupta. Mas daí via, perdidos naquela multidão de apáticos, pessoas que mostravam potencial, que me lembravam que nem todo mundo daqui é idiota. Pessoas que valiam a pena ter como amigos, com pensamentos diferentes às vezes, mas que não concordavam com a palhaçada que vivemos. Durante muito tempo esperei algo, que nunca vinha. Vi um porco atrás do outro subir ao poder, usar a demagogia como arma política, criticar o antigo e fazer o mesmo. “Porra, se é pra ser igual, deixa o mesmo cara”. A verdade é que tudo isso aos poucos foi matando o nacionalismo em mim. Aos poucos abandonei a seleção, os costumes e até o idioma do meu país. Passei a sonhar com a Europa, lugar de gente ativa, que vai às ruas por qualquer coisa. Onde tem escolas de qualidade, saúde de qualidade e melhores oportunidades. “Lá sim, eu sentiria orgulho de ser cidadão”. Joguei completamente fora qualquer suspiro de que esse país mudaria, afinal, “o povo morreu e não avisaram a ele”. Mas com o que me deparo um dia? Com pessoas na rua, protestando. À principio olhei e pensei, legal esses vídeos dos “caras pintadas”, mas tinha algo diferente. Vi pessoas com celulares, câmeras. Corri pra internet, demorei pra acreditar… Ainda sou brasileiro.

Depois disso, só uma coisa me veio à cabeça: eu, que sempre critiquei a apatia e a subordinação do povo, devo ficar parado enquanto outros que nunca tiveram esses pensamentos estão lá, criticando? A resposta só poderia ser NÃO.

A revolução do nosso país já começou e veio pra ficar. Daqui pra frente nada será como antes. Demorou, mas o povo finalmente está acordando para a realidade e lutando! Sempre nos lembremos do horizonte. Ele está lá, em um local inatingível, mas caminhar em sua direção faz com que tomemos ATITUDE.

Para concluir! Nada melhor do que uma bela música! Que fala sobre o horizonte. Seu nome é “Horizonte distante”, da banda Los Hermanos!

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