Arquivo do mês: abril 2014

Escrever na areia

Por Isaias Costa

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Outro dia estava relendo uma parábola extremamente conhecida e que me levou a uma reflexão muito profunda, que, até então, jamais tinha feito. Uma nova interpretação das leituras sagradas do evangelho.

Diz uma linda lenda árabe que dois amigos
viajavam pelo deserto e em um determinado
ponto da viagem discutiram.
O amigo ofendido, sem nada dizer,
escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oásis
onde resolveram banhar-se.
O que havia sido esbofeteado começou a
afogar-se sendo salvo pelo amigo.
Ao recuperar-se pegou um estilete
e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

Por que depois que te bati,
você escreveu na areia e agora que te salvei,
escreveste na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:

Quando um grande amigo nos ofende,
devemos escrever na areia onde o vento
do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar.
Porém quando nos faz algo grandioso,
devemos gravar na pedra da memória e do coração;
onde vento nenhum do mundo poderá apagar.

(Autor desconhecido)

Uma primeira interpretação que pode ser feita dessa parábola é sobre a amizade. Quando temos amigos verdadeiros e sinceros, sabemos perdoá-los e esquecer o que de ruim eles nos fizeram. Não vou me estender nisso, porque já falei mais detalhadamente em um post passado. Se quiser ler segue o link com ele.

A ampliação do conceito de amizade

A nova interpretação que fiz da bíblia está na passagem onde Jesus é testado, aquela em que uma mulher é pega em adultério e posta na sua frente para ser julgada por ele. Nesta passagem, Jesus escuta atentamente a multidão julgadora e repressora, com suas pedras na mão, prontos para atirá-la sobre a mulher. O que Jesus fez nessa hora? Escreveu algumas palavras na areia. Até hoje não se sabe ao certo o que Jesus escreveu na areia. Seria muita pretensão minha dizer o que ele escreveu, mas chutaria algo muito parecido com esta parábola que contei. Acho que ele provavelmente escreveu algo do tipo: “Senhor! Perdoa-a! Essa mulher merece uma segunda chance”. Jesus se aproximou da multidão e falou uma das frases mais sábias da história da humanidade: “Todo aquele que não tiver pecado, que atire a primeira pedra”. Essas palavras deixaram todos perplexos e pensativos. Ninguém atirou uma só pedra na mulher.

Agora veja a semelhança entre essa parábola e a palavra do evangelho! Jesus escreveu na areia, para que o vento passasse e apagasse essa lembrança e acontecimento ruins, ao mesmo tempo evitou que as pedras que seriam jogadas na mulher ficassem como lembranças arquivadas para sempre na sua mente, dos homens e da própria mulher. Uma vez que ela tivesse sido apedrejada, jamais esta situação poderia voltar a ser como antes. Seria criado um mar de dores e sofrimentos. Com as palavras de Jesus, houve mudança de postura tanto dos homens que estavam lá, que deixaram de ser julgadores, e passaram a enxergar a mulher com misericórdia, e a mulher deixou uma vida de prostituição, passando a viver uma vida completamente diferente. Tudo isso a partir de poucas palavras ditas por Jesus.

Aprendendo a não julgar com Jesus Cristo

Essa passagem bíblica é de uma profundidade imensa! Que hoje você reflita sobre tudo isso e procure desenvolver um pouco mais essas nobres virtudes do mestre Jesus Cristo…

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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Beleza: O lugar onde Deus brilha

Por Isaias Costa

rosa no deserto

É com grande alegria que compartilho um dos textos mais incríveis que eu já li para falar sobre a palavra beleza, tão distorcida por essa sociedade donte na qual estamos inseridos, que cultua o corpo em detrimento da alma e do espírito, que é onde se encontra a verdadeira beleza. Eu sempre achei que a beleza de uma pessoa está na sua alma e se reflete através de seus gestos e sentimentos.

Eu conheço muitas pessoas belíssimas, de uma beleza celestial, e que se fossem apresentadas a marketeiros do universo da moda seriam tratadas como uma escória, destratadas e humilhadas. Pois suas belezas estão fora dos padrões de mercado. Neste mundo, só é bonito quem for magro, tiver um corpo atlético e ainda por cima, tiver uma conta bancária bem “gorda”. Eu penso muito diferente e quero lhe levar a refletir sobre isso hoje através das sábias e singelas palavras do grande Teólogo Leonardo Boff

“A beleza salvará o mundo”: Dostoiewski nos ensina como- Por Leonardo Boff

Dos gregos aprendemos e isso atravessou  os séculos, que todo ser, por diferente que seja, possui três características transcendentais (estão sempre presentes pouco importa a situação, o lugar e o tempo): ele é o unum, o verum e o bonum, quer dizer ele goza de uma unidade interna que o mantem na existência, ele é verdadeiro, porque se mostra assim como de fato é e é bom porque desempenha bem o seu lugar junto aos demais ajundando-os a existirem e coexistirem.

Coube aos mestres franciscanos medievais, como Alexandre de Hales e especialmente São Boaventura que, prolongando uma tradição vinda de Dionísio Aeropagita e de Santo Agotinho, acrescentarem ao ser mais uma característica transcendental: o pulchrum vale dizer, o belo. Baseados, seguramente na experiência pessoal de São Francisco que era um poeta e um esteta de excepcional qualidade, que “no belo das criaturas via o Belíssimo,” enriqueceram nossa compreensão do ser com a dimensão da beleza. Todos os seres, mesmo aqueles que nos parecem hediondos, se os olharmos com afeição, nos detalhes e no todo, apresentam, cada um a seu modo, uma beleza singular na maneira como neles tudo vem articulado com um equilíbrio e harmonia surpreendentes.

Um dos grandes apreciadores da beleza foi Fiodor Dostoiewski. A beleza era tão central em sua vida, conta-nos Anselm Grün, monge beneditino e grande espiritualista, em seu último livro “Beleza: uma nova espiritualidade da alegria de viver”(Vier Türme Verlag 2014) que o grande romancista russo desolocava-se pelo menos uma vez ao ano até Dresde, na Alemanha, só para contemplar na capela a formosa Madona Sixtina de Rafael. Permanecia longo tempo em contemplação diante daquela esplêndida figura. Tal fato é surpreendente, pois seus romances penetraram nas zonas mais obscuras e até perversas da alma humana. Mas o que o movia, na verdade, era a busca da beleza pois nos legou a famosa frase:”A beleza salvará o mundo”dita no livro O Idiota.

No romance Os irmãos Karamazov aprofunda a questão. Um ateu Ipolit pergunta ao príncipe Mynski como “a beleza salvaria o mundo”? O príncipe nada diz mas vai junto a um jovem de 18 anos que agonizava. Aí fica cheio de compaixão e amor até ele morrer. Com isso nos quis dizer: beleza é o que nos leva ao amor condividido com a dor; o mundo será salvo hoje e sempre enquanto houver essa atitude.

Para Dostoiewski a contemplação da Madona de Rafael era a sua terapia pessoal, pois sem ela desesperaria dos homens e de si mesmo, diante de tantos problemas que vivia. Em seus escritos descreveu pessoas más e destrutivas e outras que mergulhavam nos abismos do desespero. Mas seu olhar, que rimava amor com dor compartida, conseguia ver beleza na alma dos mais perversos personagens. Para ele, o contrário do belo não era o feio mas o espírito utilitarista e o uso dos outros, roubando-lhe assim a dignidade.

“Seguramente não podemos viver sem pão,mas também é impossível existir sem beleza”repetia. Beleza é mais que estética; possui uma dimensão ética e religiosa. Ele via em Jesus um semeador de beleza. “Ele foi um exemplo de beleza e a implantou na alma das pessoas para que através da beleza todos se fizessem irmãos entre si”. Ele não se refere ao amor ao próximo; a contrário: é a beleza que suscita o amor e nos faz ver no outro um próximo a amar.

A nossa cultura dominada pelo marketing vê a beleza como uma construção do corpo e não da totalidade da pessoa. Então surgem métodos e mais métodos de plásticas e botoxs para tornarem as pessoas mais “belas”. Por ser construída, é uma beleza sem alma. E se repararmos bem, nesta estética fabricada, emergem pessoas com uma beleza fria e com uma aura de artificialidade, incapaz de irradiar. Daí irrompe a vaidade, não o amor, pois a beleza tem a ver com amor e a comunicação. Dostoiewski observa, nos Irmãos Karamazov, que um rosto é belo quando você percebe que nele litigam Deus e o Diabo entorno do bem e do mal. Quando percebe que o bem venceu, irrompe a beleza expressiva, suave, natural e irradiante. Qual beleza é maior? A do rosto frio de uma top-model ou a do rosto enrugado e cheio de irradiação da Irmã Dulce de Salvador, Bahia, ou a da Madre Tereza de Calcutá? A beleza, característica transcendental, se revela como irradiação do ser. Nas duas Irmãs, a irradiação é manifesta, na top-model existe mas é esmaecida.

O Papa Francisco conferiu especial importância na transmissão da fé cristã à via pulchritudinis (a via da beleza). Não basta que a mensagem seja boa e justa. Ela tem que ser bela, pois só assim chega ao coração das pessoas e suscita o amor que atrái ( Exortação A alegria do Evangelho, n 167). A Igreja não visa o proselitismo mas a atração que vem do amor e da beleza da mensagem que causa fascínio e produz esplendor.

A beleza é um valor em si mesmo. É gratuita e sem interesse. É como a flor que floresce por florescer pouco importa se a olham ou não, como diz o místico Angelus Silesius. Quem não se deixa fascinar por uma flor que sorri gratuitamente ao universo? Assim devemos viver a beleza no meio de um mundo de interesses, trocas e mercadorias. Então ela realiza sua origem sânscrita Bet-El-Za que quer dizer:”o lugar onde Deus brilha”. Brilha por tudo e nos faz também brilhar pelo belo que se irradia de nós.

Blog: A beleza salvará o mundo

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Ganância e Ambição

Por Isaias Costa

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Muitas pessoas pensam que a ambição é algo ruim e que deve ser combatido. Sabe de uma coisa? Eu sou ambicioso, e vou explicar porque o sou neste texto hoje. Existe uma enorme diferença entre ser ambicioso e ser ganancioso. Você vai perceber que o ruim não é ser ambicioso, mas ganancioso. Para entender melhor, compartilho algumas palavras do grande filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella, do seu artigo “Cooperar para não exaurir”.

“A cobiça se identifica com a ganância, em vez de fazer contato com a ambição. Uma pessoa ambiciosa é aquela que “quer mais”; uma pessoa gananciosa é aquela que “quer só para si, a qualquer custo”.

Uma pessoa ambiciosa quer mais conhecimento, mais bem-estar, mais lucratividade, mas, de modo a evitar a ganância, não pode querer só para ela mesma e de qualquer modo e com qualquer meio.

Por isso, ainda bem que muitas mulheres e muitos homens pelo mundo afora acreditam e praticam o que retirará cada vez mais o véu sombrio da competição doentia: a cooperação! A cooperação como atitude ética, a cooperação como valor negocial, a cooperação como princípio de para o lucro higiênico, a cooperação como meta solidária, a cooperação como auxiliadora da paz.”

Ser ambicioso é buscar a evolução, ser ganancioso é procurar o egocentrismo. Porque eu sou ambicioso? Sou porque tenho sede por conhecimento, não consigo passar um único dia sem ler sobre algo que nunca tenha lido antes, com isso, estou sempre aprendendo coisas novas e compartilhando com os amigos e com os leitores. Sou ambicioso porque não consigo ver a realidade do nosso país e do mundo e ficar calado, eu insisto em combater toda essa mediocridade que assola as pessoas e quer que fiquemos cada vez mais burros e mandados como marionetes nas mãos dos políticos. Sou ambicioso porque acredito que as minhas palavras podem tocar no fundo do coração de alguém e dar início a uma revolução pessoal, porque acredito que o conhecimento ajuda a moldar o nosso caráter e nos tornar cidadãos éticos, porque cada dia que vivo fazendo o bem e dando o melhor de mim, uma semente de esperança é lançada neste mundo, porque eu gosto de pegar no pé das pessoas que eu mais amo e procuro ajudá-las a serem mais ousadas e acreditarem mais em si mesmas, porque quando inicio meus projetos, tenho vontade de seguir com eles até o fim etc.

Se você tiver notado, essa minha ambição é saudável. Por quê? Porque ela está voltada para o serviço. Eu quero utilizar meus talentos e potencialidades para ajudar as pessoas e para agregar valor às suas vidas, e não para ostentações ou vaidades. Esses são comportamentos e sentimentos que destroem os seres humanos e poderiam fazer o mesmo comigo se não tivesse um propósito muito maior estabelecido na minha mente, que é o de fazer o bem.

Tem uma bela frase do escritor, filósofo e enciclopedista franco-alemão Barão Dietrich de Holbach, que resume bem este meu sentimento: “A ambição é louvável quando acompanhada pelo desejo e pela capacidade de fazer felizes os outros”. Portanto, que nesse dia você entenda e perceba que a ambição é um sentimento bom, desde que ele esteja voltado para o serviço, para fazer os outros felizes.

O valor do serviço

Para continuar filosofando sobre esse tema tão instigante, compartilho com você um podcast do Portal Café Brasil, que aprofunda o que eu falei aqui e trata de vários pontos que não foram abordados. Vale a pena conferir…

Ganância e Ambição – Café Brasil

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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Ninguém bate mais duro do que a vida

Por Isaias Costa

Uma das músicas que mais gosto de ouvir e que fala sobre a mediocridade das pessoas se chama “Outras frequências”, do Humberto Gessinger, vocalista da banda Engenheiros do Hawaii. Esta música tem uma letra muito bonita e pode-se fazer grandes reflexões a partir dela. O link com a música está logo abaixo.

“Seria mais fácil fazer como todo mundo faz, o caminho mais curto, produto que rende mais.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz, um tiro certeiro, modelo que vende mais.”

Aqui ele está falando sobre o nosso sistema de vida atual, totalmente voltado para o consumo. A maior parte das pessoas prefere seguir o caminho mais curto, pensando equivocadamente que isso possa render mais e dão um ou vários tiros certeiros em busca de coisas, pois isso vende mais. Esse é o modelo capitalista cheio de ganâncias, que só tem levado cada vez mais as pessoas ao desequilíbrio, a insatisfação, ao descontentamento… É muito mais fácil seguir esse caminho, pois se trata do caminho dos medíocres, daqueles que fazem simplesmente o que todo mundo faz. Eu quero e estou lutando para não fazer parte deste grupo, e quero lhe encorajar a fazer o mesmo, é uma questão de escolha, que muitas vezes, só vamos ver os frutos positivos muitos anos depois, muitas vezes até de formas intangíveis, como saúde do corpo, paz de espírito, amor, alegria, sentimento de satisfação etc.

A mediocridade das pessoas

“Mas nós dançamos no silêncio. Choramos no carnaval. Não vemos graça nas gracinhas da TV. Morremos de rir no horário eleitoral.”

Todas essas atitudes citadas são das pessoas que decidiram não seguir a boiada. São atitudes de pessoas consideras “loucas” por essa sociedade que nos quer domesticados e sendo reféns dos homens mais poderosos. Eu odeio a TV aberta e já falei isso aqui diversas vezes, porque ela só nos deixa mais alienados e consumidores, a maior parte do tempo ela nos enche de propagandas e anúncios, querendo nos convencer que não temos o suficiente, que o que temos é ruim, não presta, é ultrapassado, é fora de moda. Desligue a TV! Pode ter certeza que com ela desligada você vai notar em pouco tempo que seu cérebro trabalhará de forma mais ativa e produtiva, você vai melhorar sua autoestima e vai perceber que tem tudo que precisa e não precisa se moldar a esse sistema doente em que vivemos. Se quiser se aprofundar mais nestas questões, sugiro alguns textos anteriores…

Televisão: a domesticadora dos pobres
A propaganda é a arma do negócio
O cérebro preguiçoso

Quero salientar a primeira frase desta estrofe, ela é genial, digna de alguém mestre em compor músicas. “Mas nós dançamos no silêncio”. Pode ser que eu esteja enganado, mas acredito que o Gessinger se inspirou em ninguém menos que Friedrich Nietszche para incluir essa frase em sua música. Uma de suas geniais frases é a seguinte: “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”. Dançar no contrafluxo, dançar no silêncio é isso, é fazer aquilo que os outros não tem coragem de fazer, por medo, por receio, por achar que alguém estará olhando e chamando você de “louco”… Já parou pra pensar nisso? Será que você alguma vez já sentiu vontade de dançar sem haver uma música, mas não o fez para não ser tachado de “louco”? Pois é! Será que essa loucura não seria na realidade uma sanidade? Eu gosto de pensar nessas coisas e gosto ainda mais se chega alguém até mim achando que eu sou louco! Acho isso um tremendo elogio, pois se eu sou louco é porque eu estou fazendo algo diferente da maioria, estou sendo único, estou sendo original, não estou seguindo a boiada… Quer se juntar ao grupo dos loucos? Quer ter essa sanidade maluca que muitos sonham e não têm coragem de dar o primeiro passo? Quem sabe hoje não seja o seu dia de dar esse primeiro passo?

“Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados.
Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discorda-los, glorificá-los ou difamá-los.
A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas.
Eles inventam. Eles imaginam. Eles curam. Eles exploram. Eles criam. Eles inspiram.
Eles empurram a raça humana para frente.
Talvez eles tenham que ser loucos.
Como você pode olhar para uma tela em branco e ver uma obra de arte? Ou sentar em silêncio e ouvir uma música jamais composta? Ou olhar para um planeta vermelho e ver um laboratório sobre rodas?
Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam.”

O mundo precisa de loucos
O que ter saúde mental?

“Seria mais fácil fazer como todo mundo faz. Sem sair do sofá, deixar a Ferrari pra trás. Seria mais fácil, como todo mundo faz. O milésimo gol sentado na mesa de um bar.”

Muitas pessoas pensam, sonham em mudar, mas falta coragem, falta determinação por essa mudança. É muito mais fácil ficar no sofá vendo TV do que ler um bom livro, assistir a um bom filme ou fazer uma atividade física. É muito mais fácil ver o milésimo gol do Pelé no bar com os amigos do que tentar ser um jogador de futebol tão bom quanto ele foi. É mais fácil dizer: “Esse Pelé é o cara!”, do que dizer “O Pelé será a minha referência no futebol para que eu consiga chegar mais longe…”. Pense sobre isso e faça acontecer aquilo que você quer que aconteça! Corra atrás! Lute para que seus sonhos se tornem realidade! É possível! Não estou dizendo que é fácil! De maneira alguma! É possível! Mas para se tornar possível, o primeiro passo é fundamental e decisivo para que venha o segundo, o terceiro e, assim, você vá contruindo a sua vitória…

Faça acontecer
As grandes referências

“Mas nós vibramos em outra frequência. Sabemos que não é bem assim. Se fosse fácil achar o caminho das pedras. Tantas pedras no caminho não seria ruim…”

A maior parte das pessoas prefere seguir o caminho mais fácil, aquele que doa menos. Mas esses, infelizmente, não chegam mais longe pois, como diria o empresário Flávio Augusto: “Crescer dói, mas vale a pena”. Para crescer é preciso passar pelo sofrimento, pelo caminho das pedras, é impossível chegar mais longe sem que existam grandes pedras pelo caminho. Porém, quem sabe disso e tem consciência desta realidade utiliza essas pedras para a construção de seu castelo. Acho que já vi essa frase em algum lugar, não lembro onde… Veja a história daqueles que mais fizeram e contribuíram para o mundo? Todos eles passaram por grandes sofrimentos, mas utilizaram seus sofrimentos e fracassos como alavancas para o suceso, utilizaram os fracassos para se aproximarem cada vez mais da vitória. Faça o mesmo! Se caiu? Levanta! Se caiu de novo? Levanta outra vez! A vida é assim, ela nos derruba o tempo todo, só cabe a nós decidir se levantar ou continuar no chão. E antes de você achar que eu sou diferente, digo a você com todas as letras. NÃO. A vida já me bateu e continua batendo com força. Eu já apanhei muito da vida e continuo apanhando. Quem já leu o meu e-book, soube que eu quase entrei em depressão na época que cursava Física, um curso que não estava me fazendo feliz e que não fazia parte da minha missão de vida. Sofri, sofri, talvez sofri mais do que você que me lê agora, mas eu levantei, caí de novo, levantei, caí de novo, e estou aqui hoje para dizer pra você que é possível SIM seguir os nossos sonhos e fazer acontecer aquilo que mais queremos nesta vida. Eu descobri depois de muitas quedas que o que eu mais quero é poder ajudar as pessoas com mensagens motivacionais como essa, carregadas de emoção, carregadas de verdade, carregadas de sentimentos de alguém que sofre, mas que tem um desejo profundo de se tornar cada vez melhor a cada dia.

Crescer dói

É preciso vibrar em outra frequência, na frequência do sucesso. Esta que foge da mediocridade, do caminho mais fácil, do que todo mundo faz. Você quer vibrar em qual frequência?

O caminho para o sucesso

Quero concluir com o exemplo de um cara que admiro de todo o meu coração, o ator Sylvester Stallone. Ele “comeu o pão que o diabo amassou” antes de se tornar a estrela que é hoje e sua bela história de vida pode nos dar aquela motivação que estava faltando. O link abaixo conta de forma resumida a imensa crise que ele viveu para atingir o sucesso e gravar a série de filmes “Rocky Balboa”, que fez com que ele deslanchasse na sua carreira.

Sylvester Stallone: uma história de superação

No filme Rocky 6 tem uma lição de vida que guardarei para sempre em meu coração e se você ainda não viu, recomendo fortemente que veja. O link da cena é esse aqui:

“O mundo não é um grande arco-íris. É um lugar sujo. É um lugar cruel. Que não quer saber o quanto você é durão. Vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar.

Você, eu, ninguém, vai bater tão duro como a vida. Mas não se trata de bater duro. Se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente. O quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando.

É assim que se consegue vencer. Agora se você sabe o seu valor então vá atrás do que você merece, mas tem que ter disposição para apanhar. E nada de apontar dedos, dizer que você não consegue por causa dele, ou dela, ou de quem seja. Só covardes fazem isso e você não é covarde. Você é melhor do que isso.

Eu sempre vou amar você acima de tudo. Aconteça o que acontecer. Você é meu filho, é meu sangue. Você é a melhor coisa da minha vida.

Mas se você não acreditar em você mesmo, nunca vai ter uma vida…”

Lute! Tenha coragem! Corra atrás de seus sonhos! Ninguém vai bater mais duro do que a vida, mas você é mais forte e vai levantar para provar pro mundo o seu valor, a sua força. Sigamos em frente…

Muhammad Ali vs. Joe Frazier in Fight of the Century, Madison Square Garden in New York City, New York, 1971

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A importância de correr riscos

Por Isaias Costa

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A nossa vida é o tempo todo contornada por duas palavras que determinam nosso destino, SEGURANÇA e LIBERDADE. Você percebe que elas são inversamente proporcionais? Quando aumento minha segurança, diminuo minha liberdade, já quando aumento minha liberdade, querendo ou não, diminuo a segurança, e consequentemente, estou bem mais exposto aos riscos do caminho. Qual o caminho que mais de 95% das pessoas escolhe? Acho que nem preciso responder não é mesmo?

É sobre isso que quero lhe levar a refletir hoje. A partir das sábias palavras do médico e escritor Augusto Cury.

“O medo de correr riscos bloqueia a inventividade, a liberdade, a ousadia. Há inúmeras pessoas que travaram sua inteligência e enterraram seus projetos de vida pelo medo de correr riscos. Não são conformistas nem coitadistas, eles almejam escalar seus alvos, mas não ousam. Procuram transformar seus sonhos em realidade, mas se inquietam com os riscos da jornada.

Eliminar todos os riscos da humanidade geraria pessoas autoritárias, individualistas, ensimesmadas, agressivas, deprimidas, entediadas. O risco implode nosso orgulho, esfacela nosso egocentrismo, nos une, nos estimula a criar laços e experimentar a difícil arte de depender uns dos outros.

Sem riscos, a psique não teria poesia, criatividade, intuição, inspiração, coragem, determinação, espírito empreendedor, necessidade de conquista. Sem riscos não conheceríamos o sabor das derrotas nem o paladar das vitórias, pois elas seriam um destino inevitável não fruto de batalhas. Sem riscos não erraríamos, não choraríamos, não pediríamos desculpas, não teríamos necessidade de humildade em nosso cardápio intelectual.”

Correr riscos é algo fundamental para que alcancemos nossos maiores objetivos. Essa palavra tem uma relação estrita com outras duas, que são possibilidade e oportunidade. Em ordem de grandeza, elas podem ser colocadas assim:

oportunidade < possibilidade < risco

Vamos entender essa sequência! Todos nós temos, centenas, milhares de oportunidades todos os dias, por isso ela vem primeiro. Toda oportunidade nos dá a possibilidade de uma escolha e de uma decisão, eu decido se vou nessa ou naquela direção, eu encaro o desafio da oportunidade lançada, que pode ser uma porta de sucesso ou não. É aí que está o risco, e muitos tremem nas bases quando veem essa palavra. Querem risco mínimo, querem SEGURANÇA, querem ter a certeza de que terão todas as contas pagas no final do mês. E o que esse pensamento faz? Leva medo para dentro das nossas mentes. E aqui faço questão de me incluir também. Eu também tenho muito medo de tomar decisões mais ousadas, porque também fico oscilando entre liberdade e segurança. Quero mais liberdade, mas ao mesmo tempo, sinto medo de fracassar, de perder, de me arrepender. Eu sou humano igual a você, estamos juntos nessa jornada. Vamos pensar juntos e vamos ousar juntos? Esse é meu desejo com esse texto, levar você junto comigo a uma viagem fantástica rumo a liberdade. E essa viagem só é possível quando há uma decisão real de fugir dos padrões e correr riscos, seguir o próprio caminho, sem a certeza absoluta da vitória. Isso é liberdade, e liberdade sempre traz riscos. Você pode ler essas palavras e tomá-las como um incentivo para que você tenha mais coragem e ousadia, ou pode simplesmente desconsiderá-las, tudo é uma questão de decisão, e essa decisão depende único e exclusivamente de você…

É muito importante o que o Augusto Cury fala sobre a ausência de riscos. Isso pode ser terrível, pois essa ausência leva a nossa vida cada vez mais a se tornar uma rotina, e a rotina faz com que nossa vida passe como um sopro, como uma nuvem, como se não tivéssemos vivido. Além do fato de gerar em nós todos os sentimento citados por ele. Sem riscos nos tornamos arrogantes, prepotentes, conformados… Com riscos aguçamos grandes virtudes como a humildade, o despredimento, a empatia, a amizade, o desejo de se juntar etc.

Eu sou um amante dos riscos, mas os riscos saudáveis é claro! Muita gente confunde correr riscos com ser uma pessoa “sem noção”, que busca altas adrenalinas ou desafiar a morte em algo radical, uma coisa não tem nada a ver com a outra. A segunda tem mais a ver com aventuras malucas do que com correr riscos.

Os riscos nos ajudam a cultivar aquilo que é belo, como o lado poético, a criatividade, o lado inventivo, o lado artístico etc. Já reparou que os artistas, os músicos, dançarinos, escritores, artesãos, escultores…. normalmente não são milionários? Claro que não estou generalizando, existem aqueles que se destacam e ganham fortunas. Mas onde quero chegar é que esses são caminhos que se seguem que normalmente não se ganha rios de dinheiro, e sabe o que é mais legal de tudo? É que quem escolhe essas belíssimas e encantadoras profissões estão movidas pela paixão ao que fazem, elas não colocam o dinheiro como o ponto de partida, NÃO, elas colocam a felicidade e realização como ponto de partida, e desta forma são felizes e fazem trabalhos magníficos. No fim, eles ganham dinheiro e vivem bem com o dinheiro que ganham, independente de ser muito ou pouco, porque na raiz de tudo está o propósito, o desejo de ser o melhor naquilo que faz e ponto.

Todos estes que citei correm enormes riscos, mas são riscos que fazem com que se destaquem em suas especialidades e que os levam a uma realização pessoal incrível.

Que você reflita um pouco sobre isso e busque correr mais riscos. Essa nossa sociedade prega cada vez mais a segurança e veja só! Milhões de pessoas insatisfeitas com seus trabalhos, rezando desde as 6:30h da manhã da segunda-feira para que chegue logo 18:00h da sexta-feira, ou estou falando alguma loucura? Se você não quer mais passar por isso e quer realmente ter mais liberdade, esse é o caminho, correr riscos e mais riscos, com coragem, com energia, com ousadia, com vibração! Esse é meu desejo para você…

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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A realização pessoal

Por Isaias Costa

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Nós estamos vivendo em um mundo cheio de desequilíbrios, e por isso, cada vez mais vemos pessoas infelizes, doentes, sem sentido para a vida… É possível mudar essa realidade e, acredito profundamente que o maior e melhor caminho é a busca de um propósito maior para a vida, buscando a felicidade nas pequenas coisas, vivendo a verdadeira simplicidade, que é um mística de vida. Para refletir sobre isso, compartilho algumas palavras do escritor e palestrante Roberto Shinyashiki, extraídas de seu livro “O sucesso é ser feliz”.

“No começo da vida profissional, toda pessoa quer um trabalho que a realize. Algum tempo depois, essa realização significa conseguir dinheiro suficiente para comprar tudo aquilo que se deseja ou para pagar as contas no final do mês.

Chamam a isso processo de maturidade. As pessoas substituem a ingenuidade por realismo. Na verdade, o que ocorre é um empobrecimento da vida. Os sonhos vão se atrofiando, diminuindo de tamanho, até se reduzir a prêmios de consolação.

Como uma loteria, a sociedade cria prêmios. Todos apostam suas vidas, mas poucos efetivamente conseguem sua realização pessoal. É triste ver tanta gente correndo atrás de ilusões.

Basta! Está na hora de colocarmos um ponto final nessa mentalidade pobre em que, para alguém ganhar, outro tem que perder. Mentalidade miserável como essa só pode criar um mundo miserável. A exploração começa na empresa, passa por marido ou esposa, chega aos filhos e, no final, você descobre que o maior prejudicado foi você mesmo. A lei da selva precisa acabar, e, para que isso aconteça, deve primeiro desaparecer dentro de nós.”

Roberto Shinyashiki

Estas são palavras muito profundas e verdadeiras. Se você prestar bastante atenção nelas, verá que ele está falando sobre o essencial, sobre o que é fundamental na vida. O fundamental é a busca da felicidade, a realização humana, a saúde, as amizades, os relacionamentos etc. O lado financeiro vem como consequências das boas escolhas feitas em todos os outros campos. Acho interessante o que ele fala logo no início, que nós vamos perdendo esse sentido de realização com o passar do tempo e vamos sendo moldados por esse sistema capitalista que só prega o consumismo. Nós passamos a trabalhar para pagar as contas ou para ficar cada vez mais ricos financeiramente, mas será que isso é riqueza? Eu acredito que não! Para mim, riqueza é algo que vai muito mais além. A palavra riqueza é extremamente profunda. Compartilho um texto que escrevi tempos atrás no qual falei melhor sobre o que penso sobre riqueza.

A vida é um rio

Vale ressaltar também o que ele fala sobre o realismo: “As pessoas substituem a ingenuidade por realismo”. Ele está querendo falar sobre as pessoas que são realistas, estas são as pessoas que compõem a mediocridade, são aquelas que fazem o que todo mundo faz, que perderam aquele brilho no olhar tão presente nas crianças e transformaram esse olhar em algo opaco e sem vida quando adultos. O Shinyashiki está propondo com essas palavras que voltemos a desenvolver esse olhar de criança, esse olhar de quem quer fazer algo novo, algo diferente, algo que ficará para a posteridade, algo que fará bem a um grande número de pessoas. Eu quero e estou no firme propósito de seguir esse caminho, quero fugir da mediocridade, do olhar dos realistas, para me tornar um visionário, uma pessoa com um visão além do alcance, com um desejo intenso de mudar a realidade a partir de mim mesmo, mudando o meu mundo dia após dia. E quero através desse texto lhe levar a refletir sobre essas questões. Vamos ser visionários? Mantendo vivo em nós esse olhar de criança?

Os líderes inspiram ação

Voltar a ser criança

Busquemos a simplicidade, voltemos a ser como as crianças, tendo esse brilho no olho e um desejo intenso de sermos realizados na vida, vamos ser visionários e, a partir dessa mudança interior, vamos mudar pouco a pouco o mundo todo…

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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A mudança de olhar

Por Isaias Costa

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Tem um filme que você muito provavelmente já assistiu que traz lições de vida riquíssimas, o filme “O amor é cego”. Nele, o personagem principal Hal é enfeitiçado por um homem e passa a enxergar com mais plenitude a beleza interior das pessoas, de forma que reflete na beleza exterior. De repente ele anda nas ruas e vê milhares de mulheres exuberantes e fica encucado com isso. Até que ele conhece a Rosemary e se apaixona por ela. Aos seus olhos ela é magra, linda e absolutamente encantadora, mas para todas as outras pessoas ela é obesa e até repugnante.

Nem preciso falar mais porque você já conhece esse filme. O que quero lhe levar a refletir hoje é sobre a mudança de olhar. Esse é um filme de comédia, mas a sua mensagem certamente pode ser levada para a vida real. O que acho mais incrível nesse filme é que, ao final, depois que seu feitiço é desfeito e ele fica sozinho por muito tempo para refletir sobre essa mudança de olhar, ele passa a enxergar as mesmas pessoas que convivia antes com um olhar bem mais acolhedor e misericordioso.

Ele olha para os amigos da Rosemary e se encanta com a enorme simpatia deles, olha para a menina de rosto queimado do hospital e vê uma beleza singular em seus olhos, olha para algumas garotas que ele saiu antes de conhecer a Rosemary e percebe o quanto elas tinham valores humanos, e por fim, olha para a sua amada Rosemary e faz uma declaração de amor simplesmente magnífica, diz a ela que em toda a sua vida, a única mulher que ele amou de verdade foi ela, e a pediu em casamento.

Não é nada fácil fazer essa mudança de olhar no nosso dia a dia, e um dos principais motivos é porque vivemos em um mundo extremamente consumista e superficial, que só valoriza as belezas estereotipadas e as pessoas que ostentam riquezas materiais. Aqueles que fogem desse padrão doentio são excluídos e até mesmo silenciados. Se esse texto que você está lendo agora caísse nas mãos dos grandes empresários da moda, das mídias televisivas, dos produtos de beleza e emagrecimento etc. Eles me condenariam, porque o que eles querem é único e exclusivamente vender seus produtos e lucrarem com a baixa autoestima de uma considerável parcela da população.

Como você se vê?

Não me canso de repetir que cada um de nós possui uma beleza própria e que nos faz únicos neste mundo. Não queira sujeitar sua beleza a estereótipos, essa é uma beleza efêmera, a beleza eterna está dentro de você, de seu coração e da sua mente. Sabe qual é a maior beleza que existe? Você ter uma mente saudável! Dessa forma você só atrairá coisas boas e bênçãos. Quando se tem uma mente saudável naturalmente o nosso corpo também vai se tornando mais saudável, e nossa beleza interior se refletirá nesta beleza exterior, que encantará os olhos de muitas pessoas, não apenas no campo dos relacionamentos afetivos, mas também amorosos e profissionais. Todos vão olhar para você e sentir que estão diante de um ser iluminado e diferenciado, com uma vibração tocante. Isso que acabei de descrever é praticamente o mesmo que acontece com o Hal no filme. Ele aflorou o melhor da sua personalidade e atraiu uma garota maravilhosa, amigos sinceros e até cresceu profissionalmente. Você percebe a riqueza de ensinamentos presentes nesse filme?

Quero frisar a importância da interiorização. O Hal buscou alguns dias de profundo silêncio e reflexão para abordar as várias pessoas que ele havia cativado e feito amizade. Assim devemos também fazer. Quanto mais nos interiorizamos, menor será a probabilidade de ferirmos as pessoas através das nossas palavras. É muito fácil deixarmos marcas de sofrimento nos amigos através de nossas palavras e esse voltar-se para dentro nos leva a ter mais cuidado na hora de se expressar, para não comprometer os relacionamentos que são tão importantes na nossa vida.

A flecha da vida

Reflita sobre essas palavras e procure mudar o seu olhar, enxergar com mais profundidade a beleza interior infinita que existe em cada ser humano…

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Ajuste as velas do seu barco

Por Isaias Costa

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Todos nós passamos por inúmeras mudanças durante a vida. Nossa vida é dinâmica, é um constante processo de mutação e evolução. Cada vez mais eu entendo que estas mudanças são absolutamente necessárias para que a nossa vida tenha um sentido pleno. Se nunca nos questionássemos, se passássemos a vida inteira apenas fazendo exatamente a mesma coisa todos os dias, chegaríamos ao fim dos nossos dias com uma sensação terrível de não ter vivido, e não existe sensação pior do que essa. Quero hoje lhe levar a refletir um pouco sobre isso, a partir de uma belíssima frase do pensador e filósofo chinês Confúcio.

“Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer”
Confúcio

Essa frase é de uma profundidade incrível. Ela está nos dizendo que durante a nossa vida nós temos muitas rotas, mas apenas um único caminho, um único destino, que é a nossa felicidade e realização pessoal. No fim das contas, todas as nossas experiências nos levam a esse caminho em busca da realização. É comum haver desvios durante esse caminho, e precisamos estar sempre atentos para ajustar as nossas velas para que o destino final não seja comprometido pela força do vento. O que seria esse vento? Esse vento são as adversidades, os problemas, os medos, as tristezas, os receios, tudo aquilo que nos desvia do nosso maior objetivo. Ter essa consciência de que o vento sempre estará soprando e pronto para nos desviar nos ajuda nessa atenção.

Tomo a minha própria experiência. Eu já tive e continuo tendo muitas mudanças na vida, mas em todas elas, eu tenho procurado me manter bem atento, principalmente com relação ao meu comportamento e sentimentos. Sou um rapaz bastante intuitivo e percebo em mim de forma relativamente rápida quando algo não está indo bem ou na direção que deveria ser. Nessas horas eu faço o que recomendo a todos e a você que me lê agora, eu paro, respiro fundo, me aquieto, passo a olhar com mais atenção as pequenas coisas que me rodeiam, a natureza, o céu, lembro os caminhos que trilhei até o momento presente, lembro as pessoas que me ajudaram para que tudo desse certo, lembro as dificuldades que tive até chegar onde estou etc etc. A grande questão é estar em paz consigo mesmo. Essa tranquilidade nos faz refletir e tomar uma decisão mais acertada, ou seja, esse tempo de parar para refletir é o tempo mais que necessário para o ajuste das nossas velas, entende?

Passado esse tempo, o vento continua a soprar e soprar forte, mas se estivermos atentos, ele vai estar nos direcionando para onde realmente devemos ir. Assim, tudo se torna mais simples, mais sereno. Porém, sempre devemos estar alertas, pois, como sabemos bem, o mar pode tornar a se agitar e os ventos podem nos empurrar para fora do nosso destino, mais uma vez é preciso parar, silenciar, para ajustar as velas novamente, num processo que nunca para, pois essa é a dinâmica da vida.

Que você reflita sobre essas poucas palavras e se mantenha sempre atento, para que as velas do seu barco estejam ajustadas na direção que lhe levará à sua realização pessoal, à sua felicidade, à sua plenitude. Paz e luz…

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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Quem ama não sabe calcular

Por Isaias Costa

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Eu acredito que Jesus Cristo foi e sempre será o maior homem que já pisou neste planeta Terra. A sua grandeza, seu amor, seu desprendimento, seu coração, sua sabedoria, tudo, tudo o faz ser grandioso.

Nesta sexta-feira da paixão resolvi homenagear o homem que merece todas as homenagens. Como diria a irmã Kelly Patrícia “Tudo és digno de todo nosso amor. Tu és digno Jesus, de toda homenagem, pois és rei, és senhor. A te toda a glória e majestade…”.

Jesus Cristo era puro amor. Amou tanto a humanidade que deu a sua própria vida por ela, podendo de inúmeras maneiras ter se livrado desse sofrimento, por ser poderoso. Mas isso fazia parte de sua missão de vida, estava escrito nas profecias que ele deveria morrer pela humanidade, e o fez, deixando sua marca registrada para sempre no coração das pessoas e na humanidade. Jesus foi tão importante que literalmente dividiu a história, existe o antes de Cristo e o depois de Cristo.

Não estou escrevendo este texto apenas para os cristãos. Não. Estou escrevendo para todas as pessoas e não entrarei em nada que seja na esfera da fé, vou me ater apenas a seus aspectos humanos, que são humanos e divinos. E para isso vou fazer uma breve reflexão a partir de uma das músicas da irmã Kelly Patrícia mais profundas, a música “Viver de amor”, que foi inspirada nos escritos da Santa Teresa de Ávila. Abaixo está o link com a música e a letra completa.

Viver de amor é dar sem medida sem na terra salário reclamar.
Ah! sem contar eu dou, pois
convencida de que quem ama
não sabe calcular. (bis)

Ao divino Coração transbordante de
fineza. Eu dei tudo e leve corro com ardor.
Não tenho mais que minha única riqueza: viver de amor! (bis)

Viver de amor é banir todo temor
toda lembrança das faltas do passado,
de meus pecados, vestígio algum eu vejo, eu vejo,
Ao fogo divino um a um foi apagado.

Chama sagrada, ó dulcíssima fornalha.
Minha morada eu fixo em teu ardor
Jesus, é aí, que eu canto com alegria: eu vivo de amor! (bis)

Viver de amor, que estranha loucura,
diz-me o mundo, ah! cessa de cantar,
não percas teu perfume, tua vida
utilmente procura empregar. (bis)

Amar-te, Jesus, que perda fecunda!
Todos os meus perfumes são teus, pra sempre
Eu vou cantar ao sair deste
mundo: eu morro de amor! (bis)

Nesta música a Kelly Patrícia está falando sobre o amor de Jesus por nós. Era um amor impossível de calcular. Quem ama não sabe calcular. Essa frase é de uma sabedoria incrível. Vivemos em um mundo que se mede tudo através do dinheiro, mas para viver de amor, o dinheiro JAMAIS está em primeiro plano. Aqui é preciso esclarecer um ponto de suma importância. Muitos pensam que viver de amor é não trabalhar, viver como que “de brisa”. Esse é um grande engano. Viver de amor não é isso, eu posso ser um milionário, ou até mesmo um bilionário, e viver de amor, pois como diz a música: “Viver de amor é dar sem medida. Sem na Terra salário reclamar”. O amor acontece como uma doação, como uma decisão de fazer os outros felizes. Eu amo verdadeiramente uma pessoa quando eu saio do meu mundo egoísta e mesquinho e vou ao encontro dos irmãos. Era isso o que o mestre Jesus fazia. Ele peregrinava por Jerusalém e cidades vizinhas pregando e levando sabedoria para as pessoas.

Sabe de uma coisa? Inclusive muitos não entendem isso? Jesus poderia ter sido o homem mais rico financeiramente na sua época. Mas por que ele não o foi? Porque isso não fazia parte da sua missão de vida. Sua missão era ser carpinteiro. E outra ideia incrível que muitos não se perguntam era: Por que Jesus foi carpinteiro? Não era apenas por ele ser filho do carpinteiro José, mas o principal motivo era ele preparar o seu coração dia após dia para o seu destino final pregado numa cruz. Ele trabalhava diariamente com pregos e madeiras, algumas vezes pregos idênticos aos que pregaram suas mãos e pés na cruz. E esse pregos foram a antecipação do seu destino. Cada prego fincado por Jesus nas madeiras que utilizada para criar móveis era uma prévia do que aconteceria com sua própria pele futuramente.

A música da Kelly Patrícia também nos remete a atitude malévola e mesquinha de Judas Iscariotes na passagem em que uma mulher derrama um perfume caríssimo sobre os pés de Jesus. Nesta passagem Judas questiona Jesus dizendo: “Senhor! Não seria melhor que vendêssemos esse perfume caro para dar aos pobres?”. Nesse desejo ele não estava querendo ser generoso, mas achava um verdadeiro desperdícil de dinheiro. Não duvido nada que o Judas estivesse dominado pela inveja, com desejo de o perfume ser derramado nos seu pés e não nos de Jesus.

Essa passagem é riquíssima. Ela pode ser interpretada de diferentes formas, mas a que mais prefiro é com relação a “dar aquilo que temos de melhor para Jesus”. É por isso que a Kelly fala “todos os meus perfumes são teus pra sempre”. Isso é o mesmo que dizer “Dou a você Jesus, tudo aquilo que existe de melhor em mim…”. Neste dia de sua paixão, gostaria de lhe levar a refletir sobre isso. A pensar um pouco na grandeza deste homem que fez a maior revolução já acontecida na Terra, a revolução do amor.

Que nós busquemos viver de amor. Busquemos a verdadeira riqueza, que é fazer o bem aos outros. Fazer os outros felizes. Isso é riqueza. Dar. Amar. Partilhar a vida, os afetos, as vivências, as amizades…

Desejo a todos uma Feliz Páscoa

 

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Novo blog: Universo de Raul Seixas

Por Isaias Costa

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Venho avisar, principalmente para os leitores que não acompanham a fanpage do blog “Para além do agora”, que estou iniciando um novo projeto bem bacana. Um blog para refletir e discutir sobre os pensamentos malucos e a filosofia de vida do grande Raul Seixas.

Eu sou fã dele desde quando comecei a ouvir música. Quando ouvi suas músicas foi “amor à primeira ouvida” e dali pra frente passei a tentar entender com mais profundidade o que o Raul queria transmitir em suas músicas. Ele é um cara genial e já me influenciou e continua influenciando bastante.

Decidi criar esse blog porque tenho consciência que nem todos gostam do Raul Seixas. Assim, você tem a opção de ler os textos desse blog apenas se quiser. Mas digo a você que essa viagem será incrível. O Raul tinha uma maneira de ver o mundo muito acima das pessoas de sua época. Ele era um cara que não engolia tudo “goela abaixo”, adorava se questionar, adorava ser diferente, ter pensamentos malucos, ser uma “metamorfose ambulante”. Esse jeitão dele sempre me fez admirá-lo e ver o quanto ele tinha razão em quase tudo que questionava.

Este blog vai acontecer da seguinte maneira: vou publicar textos com uma frequência bem menor do que no “Para além do agora”, mas serão textos para fazer pensar e se questionar bastante.

Também vou republicar os textos do “Para além do agora” com reflexões a partir do Raul Seixas. E sempre que publicar textos inéditos, vou colocar aqui o link de acesso para os que quiserem ler.

Sejam todos bem-vindos ao “Universo de Raul Seixas”. O blog tem a opção “curtir” do facebook na barra lateral direita e tem também a opção de “seguir por e-mail”, para que você acompanhe as novas postagens por e-mail.

Já publiquei o texto de “Boas vindas” e amanhã (18/04) vou publicar o primeiro texto, que será sobre a família, já que estamos na semana santa, não é mesmo?

Deixo abaixo o texto de “Boas vindas”. Espero que você curta e embarque junto comigo nessa viagem ao “Universo de Raul Seixas”

http://universoderaulseixas.wordpress.com/2014/04/14/boas-vindas/

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