Por Isaias Costa
Hoje, 28/11/2014, partiu deste mundo, um dos homens mais geniais do século XX e não poderia deixar de lhe prestar minha singela homenagem, o querido Roberto Bolaños, criador do seriado Chaves.
Este senhor marcou a minha infância e a de milhões de meninos e meninas no mundo inteiro. Além de alegrar o coração dos adultos também, que se encantam e bolam de rir com a magia dos seriados “Chaves” e “Chapolin”.
Já assisti a todos os episódios do Chaves pelo menos umas 10 vezes cada um e não consigo enjoar, porque se trata de um humor tão rico e contagiante, que é impossível não rir, mesmo já sabendo qual é a piada.
Apenas alguém genial pode construir um feito como esse. O senhor Roberto Bolãnos certamente se tornou uma estrela que brilhará para sempre na glória celeste. Seu nome será registrado na história da arte e do cinema mundial com muita alegria e saudade.
Aprendi muitas coisas bonitas com o seriado do Chaves e me interessei por muitos assuntos voltados para a História com o seriado do Chapolin, que fazia questão de mostrar um super herói latino americano sem superpoderes como o Super-man, que a meu ver, é o super-herói mais sem graça de todos os tempos…
Porém, o que mais me encanta no Chaves é a união e companheirismo que existe entre todos os moradores da vila.
Todos são igualmente importantes e tem uma graça peculiar. Não há semelhança de comportamento entre ninguém e cada um contribue com um humor diferente.
O que seria da vila sem a rabugice do seu Madruga, ou a burrice do Quico, a chatice da Chiquinha, o olhar assustador da bruxa do 71, a dona Florinda e seus tapas diários no seu Madruga, o prof. Girafales com suas flores e sua xícara de café diário na casa da dona Florinda, o Nhonho e seu jeitão desengonçado sendo feito de trouxa por todas as crianças e finalmente, o seu Barriga cobrando os 14 meses de aluguel do seu Madruga sem nunca chegar ao 15º mês?
A vizinhança do Chaves é completamente especial e eles têm um amor e carinho uns pelos outros que sempre sonhei em viver entre minha família e vizinhos.
Lembro que quando era bem pequenininho eu cheguei a perguntar a minha mãe: “Mãe! Por que a nossa vizinhança não é unida como a vizinhança da vila do Chaves?”.
E minha mãe carinhosamente respondia.
“O mundo está mudando meu filho! Hoje em dia as pessoas querem mais é saber de trabalhar o dia todo e chegam em casa no fim do dia exaustas, apenas querendo descansar e assistir televisão sem serem interrompidas…”.
Minha mãe dizia isso pra mim no início dos anos 90… O que mudou de lá pra cá em relação a isso, hein? Acho que nem preciso responder, não é mesmo?
Roberto Bolaños! Sentirei profundamente a sua falta, mas ao mesmo tempo fico feliz por saber que você se tornou imortal, porque continuará alegrando os corações de milhões de pessoas no mundo todo. E inclusive, sonho em fazer o meu filho se tornar fã do Chaves quando eu for pai. O seriado Chaves é o tipo de seriado que deve ser passado de pai para filho.
Para concluir essa minha homenagem, compartilho a linda música que já me fez chorar inúmeras vezes e até hoje me arrepia de tão linda que é, a emocionante “Boa noite vizinhança”…
Pois haveremos de nos reunirmos muitas vezes mais…