Arquivo do mês: março 2015

Os bens materias são apenas um meio, e não um fim

Por Isaias Costa

Homem-limpando-motoAlguns dias atrás, tive uma conversa com o meu irmão que me deixou bastante reflexivo a respeito do meu comportamento. Foi uma conversa bem simples e até mesmo banal para algumas pessoas, mas se analisada de uma forma um pouco mais criteriosa pode nos trazer uma lição importante.

Foi mais ou menos assim! Eu tenho uma moto que utilizo como transporte pessoal. Gosto muito dela, ela me ajuda a chegar muito mais rápido nos lugares, principalmente quando dou aulas particulares, nas quais preciso me deslocar quase pela cidade toda.

Ele me fez uma observação de que não cuidava bem da moto, não a deixava limpinha e lavada.

De certa forma ele tem razão. Certamente eu não lavo a minha moto com a frequência que uma pessoa bem zelosa faria, e foi sobre esse meu comportamento que parei para refletir. Gosto de refletir para tentar melhorar o que precisa ser melhorado.

Mas depois de um tempo pensando, cheguei a conclusão de que essa minha pouca preocupação com lavar a moto com certa frequência tem a ver com meu desapego às coisas materiais. Gosto muito da minha moto e cuido dela, mas com desapego, para mim tanto faz se ela está brilhando impecavelmente ou está com umas sujeirinhas aqui e ali. O importante para mim é que ele me auxilie a chegar ao local que quero, só isso!

Desse ponto de vista, meu comportamento já não passa a ser desleixo, mas desapego, pois considero outras coisas muito mais importantes.

Meu irmão também me questionou (e com razão!), de que o pouco cuidado com a limpeza dela pode desvalorizá-la na hora de vender. É verdade! Pode mesmo. Mas sabe que eu nem me importo muito com isso? Nesse ponto, estamos falando apenas de dinheiro, um pouco a mais ou um pouco a menos na hora de vender não me deixará nem mais feliz nem mais triste, é algo indiferente.

Eu sei porque me comporto dessa forma, e aqui que quero lhe levar a refletir junto comigo. Eu sou um amante das leituras e do aprimoramento humano. Praticamente a maior parte do meu tempo dedico às leituras e estudos. Isso é algo que me realiza de verdade.

Minha essência humana é naturalmente mais voltada para o lado espiritual e menos para o material. É apenas uma questão de prioridades, entende? Em vez de ficar horas e horas lavando a minha moto, encerando e deixando-a um brilho, eu passo esse tempo lendo um bom livro ou meditando, o que me dá uma satisfação incrível.

Quero deixar claro que compreendo e respeito demais quem gosta de ter seu carro ou sua moto sempre limpinhos e brilhando, mas pelo menos para mim, as prioridades são outras.

Sempre que escrevo meus textos, tento levar os leitores a refletirem sobre o CAMINHO DO MEIO, ou seja, o equilíbrio entre o material e o espiritual. Estou buscando isso e posso levar para esse exemplo. Eu sempre faço todos os check-ups da minha moto como troca de óleo do motor, troca do kit quando está desgastado, revisões da autorizada, troca das peças velhas etc. etc. Faço isso para que ela funcione sempre bem, mas sem apegos, sem perda de tempo com coisas desnecessárias.

Para resumir, minha moto é apenas um veículo, um meio que me ajuda a me deslocar com mais rapidez, nada mais, nada menos do que isso.

Meu desejo é que mais pessoas busquem essa compreensão. É importante ter as coisas materiais, porém, mais importante ainda é a busca espiritual, a busca por conhecer a si mesmo todos os dias e ter isso como algo vital. Procuro fazer isso, e por conta dessa busca dosada e equilibrada, tenho crescido tanto espiritualmente como materialmente, e nada melhor do que crescer das duas formas! Pode ter certeza disso!

Se quiser ler um pouco mais sobre isso, compartilho abaixo um texto recente no qual tratei desse tema, a junção do caminho de elevação espiritual juntamente com a elevação material. Vale a pena ler…

A busca espiritual pode acompanhar o progresso material?

Enfim! Busque os bens materiais como um meio na sua vida, e não um fim nelas próprias! Esse é um dos segredos da harmonia, do equilíbrio e da prosperidade. Acredite e constatará em sua própria vida…

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Arrancar máscaras! Abandonar papéis!

Por Isaias Costa

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Esse é o título de um dos livros que mais me impactou e trouxe ensinamentos até hoje. Lembro que li esse livro pela primeira vez em 2013 e, na realidade, foram duas vezes, porque lia cada capítulo duas vezes para fixar melhor o conteúdo.

Esse livro é da autoria do escritor John Powell. Ele tem como tema central o desenvolvimento de uma comunicação interpessoal mais eficiente.

Ele nos traz esses ensinamentos em 25 lições, uma em cada capítulo.

Às vezes chego até a brincar com algumas pessoas que eu era um Isaias antes da leitura deste livro e me tornei outro Isaias depois da sua leitura. É um livro magnífico e verdadeiramente transformador quando estamos dispostos a colocar em prática de verdade os seus ensinamentos.

Nestas 25 lições ele ensina coisas como a decisão por ser honesto, a decisão por amar alguém com profundidade e alma, o exercício da gratidão, o exercício da partilha, a comunicação visceral (que é aquela na qual você expõe a sua alma para a pessoa que você ama), a aceitação incondicional de si mesmo, com seus defeitos e virtudes, a aceitação do outro em sua plenitude, o exercício de buscar sair das zonas de conforto, formas de aliviar as tensões etc. etc.

Neste texto, em especial, farei algo que não costumo fazer, vou revelar a você todos os textos que escrevi que tive como inspiração a leitura deste livro. Ele foi, muito provavelmente, o livro que me inspirou a escrever o maior número de textos para o blog, por isso também que eu tenho um carinho por ele. Além de ter ajudado a mim, tenho certeza que ele está ajudando a muitas outras pessoas que se deparam com esses textos.

Abaixo está a série de textos escritos a partir deste livro. Espero que a leitura deles lhe instigue a querer adquiri-lo. Tenho certeza que você não se arrependerá desta nova aquisição! Ainda digo mais! Provavelmente após sua leitura, você sentirá vontade de compartilhá-lo com alguém que você goste. Faça um teste!! rsrsrs

SÉRIE DE TEXTOS

* As pessoas são dádivas

* O medo de amar – Parte 1

* O medo de amar – Parte 2

* Equilibrar razão e emoção

* Medo de revelar os medos

* Entendendo a solidão

* A aceitação e o desenvolvimento dos talentos

* Uma definição do amor

* Um encontro mais profundo

* A rosa e seus espinhos

* O acúmulo de tensões

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O que é responsabilidade?

Por Isaias Costa

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Eu sempre fico muito reflexivo quando leio as palavras do místico oriental Osho, e tenho ficado cada vez mais porque tenho colocado em prática na minha própria vida os seus ensinamentos.

Vou fazer uma breve reflexão sobre o que vem a ser responsabilidade a partir de suas palavras. Elas podem lhe surpreender, porque seu enfoque não é como o dos empresários e marketeiros. Ele leva a reflexão para nossa interioridade, que é a fonte, é a raiz, é onde tudo acontece. Leia com bastante atenção…

=> Clique aqui para ler o texto completo.

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Relacionar-se é um exercício espiritual

Por Isaias Costa

6899027810_8b3e38c1ed_o-1300x564A vida tem me ensinado que os relacionamentos humanos mais profundos acontecem quando não deixamos o nosso ego assumir o controle das nossas emoções, sentimentos e escolhas.

O mestre espiritual Eckhart Tolle foi um dos homens que mais me ensinou e continua ensinando a buscar a verdadeira sabedoria que reside na simplicidade e dentro dos corações pacificados que aprenderam a viver o momento presente em toda a sua plenitude.

Convido você a ler esse texto de sua autoria, extraído do incrível livro “O poder do agora”.

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Todo ser humano foi condicionado a pensar e agir de determinada forma – condicionado por sua herança genética, pelas experiências da infância e pelo ambiente cultural em que vive. Tudo isso não mostra o que a pessoa é, mas como parece ser. Quando você julga alguém, confunde os modelos condicionados produzidos pela mente com o que a pessoa é. Nossos julgamentos também têm origem em padrões inconscientes e condicionados. Você dá aos outros uma identidade criada por esses padrões, e essa falsa identidade se transforma numa prisão, tanto para aqueles que você julga como pra você mesmo.

Deixar de julgar não significa deixar de ver o que as pessoas fazem. Significa que você reconhece seus comportamentos como uma forma de condicionamento, que você vê e aceita tal como é. Não é a partir desses comportamentos que você constrói uma identidade para as pessoas.

Enquanto o ego dominar a sua vida, a maioria de seus pensamentos, emoções e ações virão do desejo e do medo. Isso fará você querer ou temer alguma coisa que possa vir da outra pessoa. O que você quer dos outros pode ser prazer, vantagem material, reconhecimento, elogio, atenção, ou fortalecimento da identidade, quando se compara achando que sabe, ou que tem, mais do que os outros. Você teme que ocorra o contrário – que o outro seja, tenha ou saiba mais do que você – e que isso possa de alguma forma diminuir a ideia que você faz de si mesmo.

Quando você concentra sua atenção no presente – em vez de usar o presente como um meio para atingir um fim – você ultrapassa o ego e a compulsão inconsciente de usar as pessoas como meios para valorizar-se ao se comparar com elas. Quando dá total atenção à pessoa com quem está interagindo, você elimina o passado e o futuro do relacionamento – exceto nas situações que exigem medidas práticas. Ao ficar totalmente presente com qualquer pessoa, você se desapega da identidade que criou pra ela. Essa identidade é fruto da sua interpretação de quem é a pessoa e do que ela fez no passado. O segredo dos relacionamentos é a atenção, que nada mais é do que calma alerta.

Se o passado de uma pessoa fosse o seu passado, se a dor dessa pessoa fosse a sua dor, se o nível de consciência dela fosse o seu, você pensaria e agiria exatamente como ela. Ao compreender isso, fica mais fácil perdoar, desenvolver a compaixão e alcançar a paz. O ego não gosta de ouvir isso, porque sem poder reagir e julgar, ele se enfraquece.

Quando você acolhe qualquer pessoa que entra no espaço do Agora, quando permite que ela seja como é, a pessoa começa a mudar.

Saber a respeito de alguém ajuda por motivos práticos. Nesse sentido não podemos prescindir de saber a respeito da pessoa com quem nos relacionamos. Mas quando essa é a única característica de uma relação, fica muito limitador e até destrutivo. Os pensamentos e conceitos criam uma barreira artificial, uma separação entre as pessoas. Suas interações não ficam presas ao ser, mas à mente. Sem as barreiras dos conceitos criados pela mente, o amor se torna naturalmente presente em todas as relações humanas. A maioria dos relacionamentos humanos se restringe à troca de palavras – o reino do pensamento. É fundamental trazer um pouco de silêncio e calma, sobretudo aos seus relacionamentos íntimos. Se faltar silêncio e calma, o relacionamento será dominado pela mente e correrá o risco de ser invadido por problemas e conflitos. Se há silêncio e calma, eles se tornam capazes de dominar qualquer coisa.

Ouvir com verdadeira atenção é outra forma de trazer calma ao relacionamento. Quando você realmente ouve o que o outro tem a dizer, a calma surge e se torna parte essencial do relacionamento. Mas ouvir com atenção é uma habilidade rara. Em geral as pessoas concentra a maior parte da sua atenção no que estão pensando. Na melhor das hipóteses ficam avaliando as palavras do outro, ou apenas usam o que o outro diz para falar de suas próprias experiências. Ou então não ouvem nada mesmo, pois estão perdidas em seus próprios pensamentos.

Ouvir com atenção é muito mais do que saber escutar. É estar alerta, abrir um espaço em que as palavras são acolhidas. As palavras se tornam então secundárias, podendo ou não fazer sentido. Bem mais importante do que aquilo que você está ouvindo é o ato de ouvir em si, o espaço de presença consciente que surge à medida que você ouve. Esse espaço é um campo unificador feito de atenção em que você encontra a outra pessoa sem as barreiras separadoras criadas pelos conceitos do pensamento. A outra pessoa deixa de ser “o outro”. Nesse espaço, você e ela se tornam uma só consciência.

Como é que você pode se libertar da profunda e inconsciente identificação emocional com o sofrimento, capaz de criar tanta dor em sua vida? Tome consciência da dor. Tome consciência de que você não é esse sofrimento e essa dor. Reconheça o que eles são: uma dor do passado. Tome consciência da dor em você ou no seu parceiro. Quando conseguir romper sua identificação inconsciente com essa dor do passado – quando souber que você não é a dor – quando conseguir observá-la dentro de si mesmo, deixará de alimentá-la e aos poucos ela irá se enfraquecendo.

O relacionamento humano pode ser um inferno, ou pode ser um grande exercício espiritual.

Quando você observa uma pessoa e sente muito amor por ela, ou quando contempla a beleza da natureza e algo dentro de você reage profundamente, feche os olhos um instante e sinta a essência desse amor ou dessa beleza no seu interior, inseparável do que você é, da sua verdadeira natureza. A forma externa é um reflexo temporário do que você é por dentro, na sua essência. Por isso o amor e a beleza nunca nos abandonam, embora todas as formas externas um dia acabem.

Quando você se apega aos objetos, quando você os usa para valorizar-se ante os outros e aos seus próprios olhos, a preocupação com os objetos pode dominar toda a sua vida. Quando se identifica com as coisas, você não as aprecia pelo que são, pois está se vendo nelas. Se você desenvolve uma apreciação pelo reino das coisas desprendidas do ego, o mundo à sua volta adquire vida de uma forma que você não é capaz sequer de imaginar com a mente.

Eckhart Tolle

Link: O relacionamento humano pode ser um inferno, ou pode ser um grande exercício espiritual

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A força do amor

Filme "Sempre amigos"

Filme “Sempre amigos”

Outro dia li um pequeno texto mostrando a magnífica força que o amor pode ter na nossa vida. Farei uma breve reflexão a partir dele. Leia com atenção!

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Havia um santo hindu na África. Ele veio à India para uma peregrinação ate o Himalaia, particularmente os templos sagrados de Badrinath e Kedernath. Esses são locais de difícil acesso e naquela época era bem mais difícil. Muitas pessoas simplesmente nunca voltaram – trilhas pequenas e ao lado vales com três mil metros, neve eterna.

Basta um escorregão e você cai. Hoje as coisas já estão melhores, mas na época sobre a qual estou falando era muito difícil. O sannyasin hindu estava cansado. Carregava bem pouca bagagem, porque carregar bagagem demais naquelas alturas torna-se cada mais difícil; à medida que o ar fica mais rarefeito, a respiração torna-se mais difícil.

Exatamente à sua frente ele viu uma menina de não mais de dez anos de idade carregando um garotinho muito gordo nos ombros. Ela transpirava e respirava ofegantemente, quando o sannyasin passou por ela e disse:

“Minha filha, você deve estar cansada. Esta carregando tanto peso”.

A menina ficou zangada e disse:

“Você esta carregando peso. Isso não é um peso, este é meu irmão mais novo. Eu estava lendo a autobiografia deste homem; ele se lembrava de que naquele momento tinha ficado chocado. Era verdade, havia uma diferença. Na escala de peso, é claro, não há diferença entre carregar seu irmão mais novo ou uma maleta, não importa, a escala mostrará o peso. Mas, quanto ao coração, não há uma escala de peso. A menina estava certa: “Você esta carregando peso. Isso não é um peso, este é meu irmão mais novo e eu o amo…”.

O amor pode anular a gravidade, o amor pode anular um fardo. Por amor, qualquer resposta é bela…

Osho

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Nesse belo texto, o Osho está nos mostrando que o amor verdadeiro desafia até mesmo as leis da Física, e não faltam relatos e histórias verídicas que comprovam isso.

O amor tem o poder de transformar toda a nossa vida para sempre e ainda pode levar muitos outros junto conosco.

Uma palavra que gosto demais e pode ser levada para esse texto é SIGNIFICADO. Para o santo hindu, a bela atitude de amor da menina tinha um significado negativo, de que ela estava se cansando e carregando muito peso, mas para a menina era um significado totalmente diferente, seu irmão não podia andar e ela o carregava pelo amor profundo que sentia por ele.

Faça isso! Busque em sua vida algo que tenha um significado profundo e deposite seu amor nesta busca. Eu garanto a você! Tudo que vier a partir desta escolha será belo. E tem mais! Esse significado de beleza é bastante sutil. Será belo para você, entendeu? Para você! Nem todos acharão belo, mas isso não importará, porque tem significado para você.

Ter essa compreensão é algo incrível, porque você se tornará mais feliz e estará cada vez mais conectado com o seu ser interior, com o seu Eu maior”, como é dito por muita gente.

Busque esse amor, ele se encontra na simplicidade. Não adianta você procurar em livros, em um grande patrimônio, em discursos de intelectuais, porque você não vai encontrar. A linguagem do amor é sutil e só se entende com o coração! Ele é a porta, ele é a chave, ele é o caminho…

Paz e luz…

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Aprendendo a duvidar com Raul Seixas e Ferreira Gullar

Por Isaias Costa

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O Raul Seixas era um questionador nato. Duvidava de tudo, raramente tinha uma opinião formada inflexível e engessada sobre alguma coisa. Uma palavra que estava presente o tempo inteiro no seu vocabulário e passei a incluir no meu é a palavra TALVEZ. O Raul nunca dava certeza absoluta sobre nada. Até mesmo coisas que para o senso comum são verdades absolutas, para o universo de Raul Seixas, não eram. Eu adoro uma das suas frases da música “Faça Fuce Force” que diz assim: Que o mel é doce, é coisa de que me nego a afirmar, mas que parece doce eu afirmo plenamente. Essa frase é incrível e mostra o quanto o pensamento do Raul estava acima da média.

=> Clique aqui para ler o texto completo.

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A busca espiritual pode acompanhar o progresso material?

Por Isaias Costa

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A maior parte das pessoas tem uma enorme dificuldade de entender a profunda relação que existe entre o crescimento espiritual e o material. É possível unir os dois, o grande problema é que, por estarmos no ocidente, temos o predomínio das religiões cristãs, e nos é pregado de forma quase unânime que “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro”.

Essa passagem bíblica até hoje foi totalmente distorcida. O significado desta frase não é de que se você serve a Deus deve desprezar o dinheiro. NÃO, NÃO e NÃO.

A palavra chave é SERVO. Precisamos entender isso! Servir ao dinheiro significa se tornar um ESCRAVO dele, entende? E tudo aquilo no qual você se torna escravo é destrutivo, retira você da sua essência mais profunda.

Da mesma forma que servir a Deus. Uma coisa é servir por amor, outra muito diferente é servir em busca de algum tipo de reconhecimento ou de sonho por uma “vida eterna” num paraíso cheio de bençãos!

Esses dois caminhos são enganosos. São caminhos baseados em EXTREMOS. Seguir os dois vai lhe fazer sofrer e quando chegar o tempo da sua velhice e a aproximação da morte, certamente você sentirá algum vazio no coração, um vazio que você nem fará ideia de onde veio.

Preste atenção nestas palavras! Estou falando isso porque sei que é assim. O mergulho no autoconhecimento tem me orientado e ajudado a entender com mais profundidade esses temas que são de difícil entendimento.

É preciso buscar o CAMINHO DO MEIO. Esse é o caminho perfeito para a civilização humana. Se todos o buscassem, não tenho a menor dúvida que já viveríamos em um planeta muito mais bonito e equilibrado, com pessoas muito mais felizes e realizadas.

Eu acredito que não só é possível, como é um caminho muito melhor acompanhar o progresso espiritual com o material. O grande segredo é colocar o dinheiro como seu servo, ou seja, não servir a ele, mas ele lhe servir. Simples assim! Essa mudança faz com que tudo seja diferente…

Para que você entenda essa questão com bem mais clareza, compartilho algumas sábias palavras do místico oriental Osho falando sobre isso. Leia com bastante atenção e procure de verdade colocar em prática! Você vai se surpreender com as maravilhas que serão derramadas sobre a sua vida…

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“Não há contradição. O crescimento espiritual pode acompanhar o progresso material. Apenas um fato deve ser lembrado: o progresso material deve funcionar como um servo, e o crescimento espiritual deve permanecer o mestre. Em nenhum ponto o crescimento espiritual deve ser sacrificado pelo progresso material. A qualquer hora, sempre que for necessário, o progresso material pode ser sacrificado em favor do crescimento espiritual. Se isso estiver claro, então não haverá problema. O problema surge apenas porque o progresso material permanece o mestre, e ainda assim você quer crescer espiritualmente. A espiritualidade não pode crescer como uma serva. Seu espírito não pode ser um servo de seu corpo. Sua espiritualidade tem de ser o mestre, então tudo pode funcionar como um servo e pode ajudar.

Não há necessidade de dividir a vida. Para aqueles que podem lidar com isso dessa maneira – colocando o crescimento espiritual como prioridade e o crescimento material somente como ajuda, não contra, sempre com e pelo crescimento espiritual – não há problema. Isso tem de ficar claro para todas as religiões do mundo. O Oriente escolheu metade – o crescimento espiritual – e teve medo do crescimento material. Quem sabe? Ele pode tornar-se o mestre, tornar-se prioridade. Assim o Oriente é pobre, doente.
O ocidente foi para o outro extremo: devotou toda a sua energia ao progresso material, esquecendo completamente que o progresso material em si mesmo não tem significado. Ele não leva a lugar algum; ele o leva a uma profunda frustração, a uma vida sem sentido na qual você percebe claramente que perdeu toda a vida colecionando entulhos, lixo. E isso não lhe dá paz, não lhe dá silencio. Não é capaz de torna-lo consciente da verdade. E agora a morte está se aproximando e suas mãos estão vazias. Toda a sua vida foi apenas um deserto.
O Ocidente é espiritualmente pobre, materialmente rico. O Oriente é materialmente pobre, espiritualmente rico. Ambos são metade, e ambos estão sofrendo. Meu esforço é para que haja uma síntese – e a síntese é possível. Apenas lembre-se de quem é o mestre e quem é o servo.”

Link: Dinheiro e Espiritualidade

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Como aprender a lidar com as críticas?

Por Isaias Costa

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Tempos atrás publiquei um belíssimo texto do grande monge budista Thich Nath Hanh falando sobre o poder que a EMPATIA e a COMPAIXÃO tem sobre nós, ao ponto até mesmo de nos fazer amar os nossos inimigos. Sim! Ao ler esse texto, você poderá ter um insight fantástico de como proceder em relação ao inimigo. Se você ainda não leu, recomendo fortemente, o link está logo abaixo.

 Por que devemos amar os nossos inimigos?

 Aprofundando ainda mais essa relação com o inimigo, compartilho abaixo algumas sábias palavras do monge budista Meihõ Genshõ mostrando que os nossos maiores inimigos estão dentro de nós mesmos, são os sentimentos de ORGULHO e VAIDADE.

=> Clique aqui para ler o texto completo

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O velocista medroso

Por Isaias Costa

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Era uma vez um jovem rapaz que sonhava em ser um grande velocista. Desde garotinho já adorava correr e sempre teve um corpo atlético que favorecia a corrida.

Na época da escola, até que ele ganhava de vez em quando, mas nunca foi muito perseverante, porque o esporte que sempre predominou nela era o futebol, afinal, o Brasil é o “país do futebol”, não é mesmo?

Tendo concluído os estudos, começou a disputar pequenos torneios, mas surgiu um grande problema, o MEDO. Ele não se considerava um bom velocista. Sempre que ia correr, já começava com um enorme sentimento de derrota, pensando que não havia se preparado adequadamente e que não merecia ser um destaque nessa modalidade.

E isso foi se repetindo, repetindo, repetindo… Até que certo dia ele acordou convicto de que deveria fazer outra coisa da sua vida. Seus pais e familiares lhe orientaram que procurasse um emprego fixo que garantisse um sustento mais seguro etc.

Mas quando estava prestes a se desligar do grupo em que treinava, apareceu um senhor velhinho e bastante simpático lhe dizendo:

– Por que você está desistindo das corridas meu jovem?

– Porque não sou bom. Sempre que tento correr só perco e todos já estão é fazendo “chacota” da minha cara!

– Quer dizer que você sonha em ter algum reconhecimento não é mesmo?

– Não sei! É porque é tão bom chegar em primeiro lugar! Ganhar uma medalha de ouro!

– Você não acha esse seu desejo pequeno demais não? Uma medalha? Você corre para chegar em primeiro e ganhar uma medalha? É! Você tem razão! Acho que é melhor você procurar outra coisa da sua vida…

Dito isso, ele se virou e começou a andar pro outro lado. O jovem ficou muito confuso com as palavras do velhinho e lhe interpelou.

– Espere senhor! Espere! Não estou entendendo porque você me disse isso. Pensei que era isso que os grandes velocistas almejavam, ganhar muitas medalhas de ouro.

– Você tem um minutinho para me ouvir? Sente aí que eu vou te dizer uma coisa. Preste atenção! Sabe o que move os grandes velocistas deste planeta?

– O quê?

– O CAMINHO… Nada os deixa mais felizes que o processo de treinamento, no qual eles se superam a si mesmos constantemente. O cansaço e a fraqueza muscular que muitas vezes dá lugar a uma determinação de saber que pode ir um pouco mais longe. Medalha? Isso é a última coisa que eles pensam. Eles estão totalmente focados no hoje, no aqui e agora, pensando apenas neste momento, que é o único que verdadeiramente importa. Você mal começou e já está pensando no estrelato, em ser famoso, em colecionar um montão de medalhas. Não é assim meu amigo! Você precisa ser mais humilde e saber que todos começam de baixo e vão construindo o seu sucesso dia após dia, é um processo, é algo lento.

Lhe dou outro conselho. Você disse que todos estão fazendo chacotas suas, certo? Utilize-as a seu favor?

– Mas como? Não estou entendendo…

– É simples! Não crie nenhum tipo de EXPECTATIVA. Simplesmente vá e corra! Só isso. Expectativas demais andam lado a lado com o medo! É por isso que você está com tanto medo. Está se colocando uma sobrecarga totalmente desnecessária.

…Tenho que ganhar… …Tenho que ganhar… …Tenho que ganhar…

Quem foi que disse que você tem que ganhar? Ninguém! Foi você mesmo que se pôs nesta prisão! Escute com atenção e grave no mais profundo da sua mente. VOCÊ NÃO TEM QUE NADA, ouviu? TEM QUE NADA, NADA

Isso te aliviou?

– Nossa! E como aliviou?

– Pois antes de você desistir de correr, faça isso! Experimente!

– Tá certo! Vou fazer isso…

Passada essa conversa! O rapaz refletiu bastante sobre as palavras do velho senhor e quando voltou a correr, pareceu uma mágica. Foram vitórias em cima de vitórias. E ele já não mais se importou com as medalhas, mas apenas em fazer bem o seu trabalho. Correr com maestria.

Em pouco tempo ele se tornou um grande velocista e passou a ensinar para muitos outros jovens esta mesma sabedoria que ele adquiriu com o velho senhor…

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Coitadinho dele! Coitadinha dela!…

Por Isaias Costa

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Todos nós temos os nossos problemas, aflições, pendências e fracassos. Isso é unânime! Ninguém escapa! Porém, vou falar nesse texto sobre algo que poucos têm a coragem de dizer, exatamente porque bate fundo no nosso EGO, e ele não gosta que mexam com ele. Se mexer, ele fica com raiva! rsrsrs

Estou tocando no assunto PESSIMISMO, que atinge a todos nós em determinados momentos da vida. São aqueles momentos em que tudo dá errado, parece que nada flui e é como se tivessem colocado uma praga sobre a gente…

Quando isso acontece, a tendência natural da maior parte das pessoas é remoer o que está acontecendo de ruim, ficar reclamando sem parar e entrar num estado meio depressivo, como se o mundo fosse acabar.

Nesse hora acontece algo bem interessante! Aparecem vários amigos e muitos “pseudoamigos” nos dizendo: “Você vai melhorar!”, “Tudo passa!”, “Tem gente passando por coisa muito pior agora!”, “Entendo o que você está passando! Seja firme!”

De algumas pessoas é até compreensível escutar esse tipo de consolo, porque percebemos que elas estão tentando nos fazer se sentir melhor, porém, existem outras que podemos notar muito facilmente que falam num sentido de se sentirem superiores. É nessa hora que o EGO atua em carga total, porque ele está “navegando por cima da lama”, para dizer em uma linguagem mais popular.

O que acontece no interior da mente dessas pessoas que fazem essas afirmações é que elas pensam nos próprios conflitos e dores e vem quase que imediatamente um pensamento COMPARATIVO assim:

“Caramba! Essa pessoa parece que está com mais problemas do que eu! Haha. A minha vida não está uma desgraça assim tão grande…”

E esse pensamento terrível que logicamente a pessoa não expressa em palavras, faz crescer um ciclo de pessimismo gigantesco que só é freado ou parado quando a pessoa que está sofrendo busca com humildade algum tipo de ajuda ou quando se determina de verdade a mudar de atitudes e comportamentos.

Digo tudo isso sem medo porque sei que é assim que acontece, nem adianta alguém dizer que “não é bem assim…”, porque é!

Esse é o conhecido CICLO DO PESSIMISMO que é ativado por uma palavrinha que nós conhecemos muito bem, a palavra COITADINHO.

A pessoa diz internamente: “Coitadinho dele…”, “Coitadinha dela…”.

“Ela se esforça tanto! É uma pessoa tão boa! Faz de tudo para que as coisas dêem certo! É tão esforçada! Tão dedicada! Tão isso, tão aquilo outro…”

Esse tipo de discurso é pura manifestação do nosso EGO, é uma pena que são tão poucas as pessoas que se dão conta disso e resolvem dar um basta. Aquele momento que a pessoa se olha no espelho e diz em plenos pulmões:

…….CHEGA!……..

Portanto! A grande questão é tentar perceber esses padrões e quando perceber que você está entrando nessa maré de pessimismo e de autovitimização, busque se focar naquilo em que é bom! Em desenvolver cada vez mais os seus talentos, aquilo que sabe fazer de melhor.

Ocupando a mente com algo que engrandeça o espírito e lhe traga bem estar é talvez o caminho mais eficaz para sair desse vitimismo e dessa maré de azar que parece que não acaba nunca.

Acaba sim! É simples. Só precisa da sua DETERMINAÇÃO por seguir outro caminho!

Esse tema é bem interessante e vasto. Provavelmente voltarei a ele em uma outra oportunidade.

Para concluir, compartilho um vídeo excelente da Psicóloga, Palestrante e Escritora Maura de Albanesi falando sobre esse CICLO DO PESSIMISMO e como identificá-lo. Foi esse o vídeo que me inspirou a escrever esse texto. Recomendo fortemente que você o assista! Pense sobre isso…

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