Por Isaias Costa

“Ao valorizar a família e o casamento eterno, na verdade o que desejamos são seres que fiquem. Porque somos inábeis em cultivar relações duradouras, apostamos na conexão sanguínea, que obriga a continuidade. Funciona como uma garantia: você é meu irmão, não há como me largar. “Você entrou para a família” é sinônimo de “Agora posso contar contigo”.
É muito mais raro nos posicionarmos de modo elevado para que isso surja com mais gente, então trocamos a grande família da humanidade por uma família que cabe em um churrasco. Isso explica a quantidade de relações nas quais ambos se agridem, mas nunca cogitam a separação — o outro só me atrapalha, mas ele volta pra casa há mais de 10 anos… onde vou achar outra pessoa permanente assim?”
Gustavo Gitti
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Essas palavras do Gustavo Gitti são de uma profundidade impressionante. Infelizmente isso é o que mais acontece! Quando alguém se torna “familiar” ou porque já é da família ou porque se agrega a ela, não colocamos na cabeça que aquela pessoa pode sair da nossa vida a qualquer momento.
Não podemos jamais esquecer que as pessoas deveriam estar ao nosso lado por escolha e não por obrigação. Ninguém é obrigado a absolutamente nada! Porém, abusamos tanto da boa vontade dos outros que dessa forma muitos relacionamentos se tornam extremamente desgastantes e insossos!
A frase final dele é perfeita. Nas entrelinhas ele fala sobre o sentimento de solidão que eu sempre brinco utilizando a frase: “ruim contigo, pior semtigo”. Muita gente está infeliz ao lado do marido, esposa, namorado, namorada… Mas vem aquele pensamento de baixa autoestima: “Onde vou encontrar alguém melhor?”.
Claro! Com uma mentalidade dessa não vai encontrar mesmo alguém melhor nunca! Assim, muitos ficam só empurrando com a barriga relacionamentos que não são engrandecedores.
Eu penso que precisamos nos lapidar todos os dias, nos tornarmos pessoas mais agradáveis e conscientes, não pensando apenas nos outros, mas antes de tudo na gente mesmo.
Estamos nesse planeta para evoluirmos e se trata de uma jornada infinita. Sempre há algo mais a lapidarmos em nós! É como diz a velha expressão: “Somos obras inacabadas”.
Com essa consciência bem acesa em nós podemos ser pessoas muito melhores e assim quem de nós se aproximar vai escolher estar ao nosso lado e não ficar contando os minutos para ir embora… Pense sobre isso!