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A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras

Por Isaias Costa

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Eu sou fã de carteirinha do mestre Rubem Alves e ele tem me ensinado imensamente a ser uma pessoa melhor e aos pouquinhos ir desenvolvendo a sabedoria. Farei uma breve reflexão a partir de algumas palavras instigantes e inspiradoras dele…

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“Todas as palavras tomadas literalmente são falsas. A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras. Prestar atenção ao que não foi dito, ler as entrelinhas. A atenção flutua: toca as palavras sem ser por elas enfeitiçada. Cuidado com a sedução da clareza! Cuidado com o engano do óbvio!”

Rubem Alves

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Essa frase que intitula esse texto, em minha opinião, é a mais impactante e reflexiva, porque a maior parte das pessoas não atina para o SILÊNCIO, para as PAUSAS, para as ENTRELINHAS, elas querem o óbvio, querem aquilo que já vem “mastigadinho” e não precisa passar por processos de maturação. É por essas e outras que nós brasileiros temos tanta dificuldade em ler e escrever.

Aproveito até para compartilhar minha experiência como professor, que lido com o ensino todos os dias. Os alunos, de um modo geral, hoje em dia estão extremamente preguiçosos para raciocinar, para “botar a cuca pra funcionar”, como se diz popularmente.

Se os professores vêm com um artigo de 10 páginas para ser estudado e debatido, eles acham longo e complexo demais, pedem que tragam artigos menores e mais simplificados.

O resultado disso tudo é que essa imensa distração não colabora para o desenvolvimento intelectual e humano como poderia! Voltarei a falar sobre isso em outros textos…

Quem lê ou já leu os textos do Rubem Alves, sabe que ele era um amante da POESIA. E ela é um exemplo perfeito de que sua mensagem se encontra nas entrelinhas. Ele até brincava nas suas palestras que você pode ler a mesma poesia mecanicamente, igual a um robô, ou pode ler com lirismo, com doçura, degustando cada palavra, mudando a tonalidade de acordo com o que está sendo dito.

Na primeira leitura, provavelmente quem escuta não grava nada, não fixa nada, mas na segunda leitura, quem escuta se apaixona pelo texto. O que mudou? O texto? NÃO. Mudou a forma com que foi lido, passou a ser colocado energia, amor, sentimento, doçura. É isso que faz toda a diferença entende?

É no silêncio que mora a verdade…

Proponho a você a partir desse texto que passe a prestar muito mais atenção nos silêncios, nas pausas, do que no texto em si, no que está sendo dito ou ouvido. Garanto que dessa forma você absorverá bem mais e desenvolverá sua mente.

Suas palavras me fizeram lembrar de um grande mestre oriental chamado Osho, falecido em 1990. Ele tem diversas palestras no youtube, mas elas são ouvidas por pouquíssimas pessoas, sabe qual é o motivo? IMPACIÊNCIA.

Ele fala de um jeito tão lento, com tantas pausas e com tanta atenção ao que está sendo dito, que as pessoas que tentam assistir aos vídeos ficam impacientes, ficam com sono e vão fazer outras coisas no lugar, mesmo suas mensagens sendo transformadoras e conscientizadoras.

O Rubem fala sobre as entrelinhas e quase tudo que o Osho diz está na realidade nas entrelinhas, não nas palavras, mas nos silêncios que ele faz…

Você aceita o desafio de ver um vídeo dele do começo ao fim sem querer mudar de abas, ou ficar “viajando na maionese”? Acredite! Este é um belo exercício de MEDITAÇÃO e ATENÇÃO PLENA que estou lhe passando de forma irreverente! hehe

Abaixo compartilho uma série de vídeos dele no qual ele fala sobre diversos temas! Exercite assistir a um vídeo do começo ao fim…

Para concluir, quero lhe instigar a refletir sobre essa CLAREZA EXTREMA. É bom sim se expressar com clareza e objetividade, mas é bom também buscar o aprofundamento e a complexificação daquilo que se está estudando, senão você corre o risco de sempre ficar apenas na superfície, nas bordas do conhecimento.

Gosto muito das palavras do grande professor e filósofo Mario Sergio Cortella sobre isso. Ele diz que precisamos TRANSBORDAR, ou seja, “sairmos da nossa borda”, em amplo sentido: no conhecimento, na amizade, no amor, na família, no trabalho, nas finanças, na espiritualidade etc.

Esse é um exercício para a vida toda. Sei que você quer transbordar, senão nem estaria lendo esse texto!

O transbordamento está em buscar mais conhecimento, mais amor, mais amizades verdadeiras, maior conexão com o lado espiritual etc.

Percebe como algumas poucas palavras do mestre Rubem Alves carregam nas entrelinhas milhares ou mesmo milhões de possibilidades?

Estou com esse texto apenas fazendo cócegas nas possibilidades de interpretações que essas palavras carregam em suas entrelinhas! Não é à toa que ele é considerado tão genial! Só os gênios conseguem isso! Fazer com que em poucas palavras existam um universo inteiro de possibilidades de reflexões e interpretações.

Que essas palavras tenham lhe instigado a ser enfeitiçado pelos silêncios, pelos espaços vazios, pelas entrelinhas. É aí que mora a sabedoria! É aí que mora a verdade! No silêncio que existe em volta das palavras…

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P.S. Breve podcast gravado em 2021 inspirado nesse texto e também na linda música “Como será que a música começa?” de Luiza Brina. Segue o link abaixo!

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A criatividade é uma gravidez de corpo e de alma

Por Isaias Costa

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Eu considero o tema da CRIATIVIDADE fascinante, até porque escrevendo com a frequência que escrevo, só mesmo tendo bastante criatividade, não é mesmo?

Quero com esse texto lhe levar a refletir junto comigo que a criatividade não é algo para pessoas especiais, como infelizmente muitos pensam. NÃO. Ela é para todos, desde que se esteja preparado para recebê-la.

Já disse muitas vezes por aqui que uma das minhas maiores fontes de inspiração é um senhor bem sábio de nome Rubem Alves. Para embasar nossa reflexão, compartilho algumas de suas palavras.

“Há um ditado popular que determina: ‘Primeiro a obrigação e depois a devoção’. Primeiro a dor, depois o prazer. O poeta William Blake discorda. No aforismo maravilhosamente simples e verdadeiro ele diz: ‘O prazer engravida. O sofrimento faz nascer’. A gravidez começa com uma explosão de prazer, o orgasmo. Vem depois o “trabalho” doloroso de parir.

=> Clique aqui para ler o texto completo

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A semente da genialidade

Por Isaias Costa

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Eu sou um rapaz que adora ler de tudo um pouco. Desde criança sempre fui muito curioso por aprender coisas novas e tenho um desejo muito grande de compreender as grandes coisas da vida para poder ensiná-las aos outros, não é à toa que acabei seguindo o caminho da EDUCAÇÃO e da ESCRITA. Os dois me favorecem a transmitir mensagens que para mim fazem todo sentido e sei que podem fazer bem a muita gente.

Nesse texto eu quero lhe falar sobre algo que levei bastante tempo para entender, mas quando me veio o insight, me trouxe uma imensa alegria. É sobre a GENIALIDADE.

Você sabia que existe uma semente que desperta a genialidade? E que se buscarmos encontrar essa semente dentro de nós, alimentando-a diariamente com bastante dedicação e foco em um sonho grande, nós também podemos nos tornar geniais?

Sim! É muito possível, nenhum pouco fácil, com certeza, mas possível.

A semente para despertar a genialidade se chama INQUIETUDE LATENTE.

Vou explicar a partir de exemplos para que você consiga de fato entender o que estou dizendo aqui.

Sigmund Freud. Todos nós sabemos que ele foi um revolucionário no estudo da mente humana, e desde muito pequeno muitas coisas lhe inquietavam profundamente. Quando criança, o que mais lhe inquietava era a natureza dos sonhos. Ele tinha o costume de escrever seus sonhos no papel e tentava decifrar o que eles queriam transmitir.

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Ele tornou-se adulto com essa inquietude latente dentro dele, crescendo e crescendo cada vez mais. Até que chegou ao momento que começaram a surgir profundos insights e ideias brilhantes a partir de sua experiência como médico psiquiatra e psicanalista.

Foi através de muitos estudos que ele escreveu o livro que se tornou uma das obras mais incríveis no início do século XX, inclusive ele próprio pensava desta forma, que sua obra sobre os sonhos marcaria para sempre a sua vida e a humanidade. E claro! Ele estava certo! Afinal, estamos falando de Freud, não é mesmo? Essa obra magnífica foi “A Interpretação dos sonhos”, que recomendo para todos que queiram se aprofundar no conhecimento da mente humana.

Além disso, tinham também suas profundas inquietações a respeito do sexo. Ele foi um homem que não conseguiu viver plenamente a sua sexualidade, o que gerou grandes transtornos emocionais. Por conta de tanta inquietude latente, ele quis entender com profundidade como funciona a sexualidade humana e seu desenvolvimento desde a infância. Com estudos extremamente aprofundados e com a observação de centenas de pacientes por ele atendidos, ele criou uma teoria completamente nova sobre a sexualidade, que choca milhares de pessoas até hoje, mais de 100 anos depois de sua publicação. Sua teoria para explicar as fases de desenvolvimento da sexualidade é absolutamente brilhante, temos as fases oral, anal e fálica, que começam desde o nascimento da criança com a fase oral e vão mudando para a anal e depois para a fálica, cada uma num tempo específico. Enfim! É uma teoria incrível que vale a pena conhecer com mais profundidade.

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Outro exemplo incrível é o grande filósofo Friedrich Nietzsche. O que mais lhe inquietava desde criança era a compreensão sobre DEUS. Ele tinha muito dificuldade de entender o que era Deus e durante toda sua vida procurou ardentemente a resposta para essa inquietação sem tamanho. Toda essa inquietude latente fez com que ele escrevesse uma obra absolutamente linda e emocionante. É impossível não conseguir admirar a inteligência fora do comum que ele tinha. Nessa hora lembro até do célebre anúncio publicitário da Apple no ano de 1997 que falava sobre os loucos, o Nietzsche era um louco e até hoje muito o odeiam. Então digo como neste anúncio, muitos podem odiá-lo, difamá-lo, taxá-lo de louco, mas ninguém pode ignorá-lo, porque ele deixou um legado eterno no campo da Filosofia e sua obra será estudada e relembrada pelas próximas gerações.

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Temos também um exemplo bem ilustrativo, o querido Rubem Alves. Durante toda a sua vida, pelo fato de ele ser um educador e também trabalhar profundamente com a mente humana, pois ele era filósofo e psicanalista, sua maior inquietude era poder fazer da EDUCAÇÃO algo que fosse prazeroso e da leitura algo que despertasse a imaginação da forma mais simples e gostosa possível.

Toda essa inquietação despertou a sua genialidade ao ponto de ele fazer com que muitas crianças, jovens, adultos e velhos passassem a amar o mundo da leitura e dos estudos. Não posso deixar de confessar a você que me lê agora que ele é uma das minhas maiores fontes de inspiração e até já recebi um elogio que me deixou imensamente feliz. Já me disseram que minha escrita parecia com a dele. Caramba! Nesse dia quase eu não dormi! rsrsrs. Sei que provavelmente nunca escreverei estórias tão maravilhosas e envolventes quanto as dele, mas sei que meus textos tem uma característica bem pessoal e carregam minha energia de um jeito que agrada a muitos que leem. Enfim! O Rubem é um gênio da literatura e me espelho nele para um dia, quem sabe, poder desenvolver também a genialidade que existe latente dentro de mim.

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Para concluir, não poderia deixar de falar do mestre Raul Seixas, não é mesmo? A sua maior inquietude latente desde sua infância era sobre a sociedade vigente na época, totalmente arcaica e baseada em princípios limitantes e ditatoriais. Ele sonhava em viver em uma sociedade na qual as pessoas fossem verdadeiramente LIVRES. Se existe uma palavra que resume toda a vida e obra do Raul Seixas, essa palavra era LIBERDADE. Por causa de toda essa inquietação que crescia dentro dele, ele criou, juntamente com amigos como o Paulo Coelho, a Sociedade Alternativa, cujo lema era: “Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei…”. Um verdadeiro tratado pela liberdade em todos os sentidos. Como ele dizia: “Essa é a nossa lei e alegria do mundo”, ou “todo homem e toda mulher é uma estrela…”. Suas músicas são impregnadas de ideais libertários, e como também sou um cara que ama a liberdade mais do que qualquer coisa nessa vida, não poderia deixar de ter o Raul como uma das minhas maiores fontes de inspiração.

Quem costuma ler meus textos, percebe que cito o Raul o tempo todo, cito tanto que decidi criar um blog só para as ideias que tivessem a ver com ele! Ele merece toda lembrança, pois ele veio a esse planeta para fazer diferença, para deixar sua marca registrada, e deixou. Não é à toa que certamente você já escutou por aí “Raul Seixas não morreu…”. Pois é! Os gênios nunca morrem, permanecem vivos para sempre através dos seus legados para a humanidade. O legado do Raul está nas suas músicas e na Sociedade Alternativa.

Existem milhares e milhares de outros exemplos de gênios que despertaram todo seu potencial a partir dessa inquietação latente que foi crescendo até estourar como uma bomba atômica.

Então a pergunta que fica é: O que mais me inquieta interiormente e que tenho vontade de explorar até a última gota? Mas que me inquieta de verdade, ao ponto de me deixar perturbado?

Eu até hoje ainda não consegui responder a essa pergunta, ela é muito difícil, sabia? Porque só é possível respondê-la se já não estivermos mais dentro da famosa curva da MEDIOCRIDADE. Somente quando estivermos pensando em coisas grandiosas para nós e para a humanidade é que poderemos começar a pelo menos tentar respondê-la. Eu preciso falar sobre isso, porque a genialidade é para poucos. Primeiro saímos da mediocridade, para só depois desenvolvermos as grandes ideias.

Escrevi um texto bem detalhado para falar sobre a mediocridade e quem são os medíocres. Não vou escrever sobre isso aqui porque já é outra coisa. Se você quiser ler, o link está logo abaixo.

A mediocridade das pessoas

Para concluir, quero deixar bem claro que escrevi esse texto apenas para nos fazer pensar sobre esse tema tão bonito e inquietante. É possível sim desenvolvermos em nós essa genialidade, e a semente é essa. Ela já está lançada, a semente se chama INQUIETAÇÕES LATENTES

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Cada um entende como quer

Por Isaias Costa

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Uma das coisas que estou aprendendo bastante agora que entrei para esse mundo da escrita é com relação ao ENTENDIMENTO. Uma coisa é a mensagem que estou passando, outra coisa é o que a pessoa do outro lado entende ao me ler. É impressionante isso! Eu procuro ao máximo transmitir as minhas ideias de forma simples e direta, mas tenho certeza que existem alguns leitores que não compreendem a mensagem passada. Isso é absolutamente normal e estou convivendo bem com essa realidade.

Outro dia li uma passagem do cartunista e escritor Luciano Pires em que ele falava exatamente sobre isso. Confira…

Os marqueteiros políticos preferem manter as pessoas onde estão, falar sempre a partir de um degrau abaixo, jamais estimular a reflexão. Usam as técnicas maravilhosas do marketing e da comunicação para manter a mediocridade, caso contrário a turma não entende… Essa infantilização não faz bem para a sociedade. Não ajuda a amadurecer os debates. Não estimula ninguém a crescer. E com nosso sistema educacional falido e os meios de comunicação ricos em fórmulas prontas, essa infantilização colabora para que a mediocridade seja não só mantida, mas incentivada.

Seja raso. Não sofistique. Ninguém vai entender. Daí o linguajar infantil, idiota. A apologia da ignorância. E as consequências desdobram-se por todos os segmentos da sociedade.

Afundados na ignorância, incapazes de sair atrás dos estímulos intelectuais, preferimos acreditar nas verdades simplificadas, naquelas soluções milagrosas simples de entender, sabe como é? É quando passamos a interpretar os fatos com base em nosso reduzido repertório. Tiramos nossas conclusões superficiais ou apressadas. Atribuímos essas conclusões que tiramos, a um terceiro e depois atacamos o terceiro por causa da conclusão à qual chegamos…

Repare como é isso, especialmente nas mídias sociais. Esta semana perdi um tempo precioso dialogando com um sujeito que entendeu o que eu não escrevi. E quanto mais eu explicava, mais ele interpretava e queria discussão. Quando finalmente desisti e comentei que eu podia explicar, mas não podia entender por ele, o que para mim quer dizer que ele entende de forma diferente, o cara respondeu:

– Obrigado pela forma carinhosa de me chamar de ignorante.

Percebeu? O que para mim era “você pensa diferente”, para ele era “você é um ignorante”…

Cada um entende como quer. Ou como pode.

Ele foi muito fundo em sua reflexão. A nossa sociedade adora NIVELAR POR BAIXO. Só com essa ideia do nivelar por baixo poderia me estender bastante, porque isso leva a vários pontos relevantes. Mas quero ficar apenas no quesito do entendimento e da cultura. A nossa sociedade é medíocre primeiramente porque não busca o AUTOCONHECIMENTO e o APERFEIÇOAMENTO em todos os sentidos, depois por outros motivos muito relevantes, mas menos que o primeiro.

Sempre que leio sobre a mediocridade das pessoas me vem em mente o filme “Idiocracia”. Eu acho esse filme muito bem bolado e mostra bem a evolução-involução que estamos passando. Recomendo fortemente que você assista. Esse filme é fantástico…

Essa dificuldade no entendimento por muitas pessoas tem uma forte ligação com a falta da busca pelo aperfeiçoamento e não é difícil entender o porquê. Para você se aperfeiçoar em qualquer coisa é preciso DISPÊNDIO DE TEMPO e FORÇA DE VONTADE. É muito mais fácil seguir o caminho da mediocridade e permanecer sempre na mesma.

Não é querendo me gabar ou coisa parecida, mas eu já escutei algumas pessoas me dizerem que poderiam escrever em um blog como eu faço e atualizar quase todos os dias. Eu fico sempre com aquela perguntinha: “Será mesmo?”. Uma coisa é DIZER, e outra coisa é FAZER. Entre dizer e fazer existe um abismo distanciando. Pode parecer fácil, mas não é tão fácil assim estar sempre escrevendo coisas novas. Eu só consigo isso porque leio muito, porque estou sempre buscando novos conhecimentos e lendo coisas diferentes. Isso me inspira a escrever e compartilhar com você agora.

Além disso, tem a questão das conclusões superficiais e apressadas que o Luciano fala. Eu procuro ler bastante para evitar isso, e mesmo lendo bastante, tenho consciência que várias vezes já fiz conclusões superficiais e apressadas. Mas nessas horas eu gosto de ser humilde e reconhecer minha superficialidade. Uma pessoa que me ajuda muito nisso é a minha mãe. Acho que ainda não falei isso aqui, mas em vários dos textos que publico a minha mãe é a revisora, mostrando que aqui ou ali não falei algo claramente, ou fui muito genérico, ou superficial, e faço os devidos aperfeiçoamentos no texto. Percebe como não é algo tão elementar ou trivial?

Enfim! Não vou me estender para deixá-lo com as muitas reflexões que podem ser tiradas desse texto do Luciano Pires. E saiba que a ideia que transmiti com certeza já aconteceu ou vai acontecer com você. Você vai dizer uma coisa e a outra pessoa vai entender algo bem diferente do que você quis transmitir. Aprenda a conviver com isso em paz, assim com eu estou aprendendo…

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O curinga do baralho

Por Isaias Costa

Double JokerQuanto mais eu escuto as músicas do meu grande ídolo Raul Seixas, mais aprendo com as suas letras fantásticas. Hoje eu vou fazer uma pequena reflexão a partir de uma frase da música “As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor”. Em uma das frases dessa música ele diz isso aqui: “Tem gente que passa a vida inteira travando inútil luta com os galhos, sem saber que é lá no tronco que tá o curinga do baralho…”.

Essa frase é extremamente profunda e poucos são os que param para refletir sobre ela. O que o Raul está querendo dizer com essa frase? Ele está querendo falar sobre as pessoas que não encontram o real sentido de suas vidas e também as pessoas que repetem constantemente os mesmos erros. Vou falar um pouquinho sobre cada um.

=> Você pode ler o texto completo clicando aqui.

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A principal engrenagem da nossa sociedade

Por Isaias Costa

Nota: Por se tratar de um artigo mais longo, disponibilizo a você a sua versão em pdf sem as figuras, para facilitar sua leitura na forma impressa. O link para download está logo abaixo.

A principal engrenagem da nossa sociedade

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engrenagemEste é o primeiro de alguns artigos que vou escrever para falar sobre obviedades, sobre coisas que são tão comuns, esquecidas ou escondidas que chega a espantar. Falarei sobre a principal engrenagem da nossa sociedade, engrenagem esta da qual faço parte e que literalmente move a nossa sociedade em todos os níveis possíveis, as pessoas mais pobres.

Quero esclarecer que, bem antes de ler muitas coisas, estou escrevendo esse artigo a partir do que brota do meu coração. Estou aprendendo a ouvir o que ele tem para me dizer e estou aos poucos me desvencilhando de tantas referências, livros, autores e prestando atenção ao que posso contribuir partindo apenas de meus pensamentos.

Continue lendo esse artigo até o fim, pois ele é resultado de um processo e caminho por mim vivido, além da minha intuição, que sinto estar me revelando coisas que as mídias escondem, para aprisionar e sabotar o nosso querido povo brasileiro. Vamos lá!…

  1. O nosso precário sistema educacional

Sabemos bem que a Educação Pública brasileira é péssima. Ela não forma os estudantes para serem grandes cidadãos e estarem em pé de igualdade com os estudantes das escolas particulares.

São muitas as razões para que a Educação esteja assim, e acredito que as principais têm relação direta com os governantes, com os homens de poder.

Todos os dias lembro uma das máximas do educador Paulo Freire: “A Educação liberta”. E liberta mesmo! Exatamente pelo fato de libertar que ela não tem qualidade.

Os professores não são bem remunerados para que fiquem desestimulados e não deem o melhor de si em sala de aula. Sem contar com o fato de que muitos não dão uma aula tão boa porque eles próprios são fruto de um sistema que não os educou para a criatividade e inovação.

A garotada das escolas públicas, em sua quase totalidade, vem de famílias extremamente pobres e sem recursos. Eles vão para lá buscando algo diferente e não encontram. Isso gera um sentimento de tristeza, de desanimo, de baixa estima etc.

Eles normalmente não são estimulados para o lado mais criativo, para o desenvolvimento da comunicação, da escrita, da música, das artes… e assim, passam anos e anos sem descobrir suas incríveis potencialidades.

Tenho certa experiência em sala de aula das escolas públicas da cidade onde moro (Fortaleza) e olhando nos olhos dos meus alunos vejo o enorme potencial deles que muitas vezes eles próprios não veem.

O sistema educacional precisa de uma reforma completa e em todos os pontos. Vale ressaltar que talvez os recursos financeiros para melhorias em estruturas físicas nas escolas seja um dos pontos menos importantes. Os pontos mais importantes estão em formar verdadeiramente os estudantes para serem cidadãos críticos e capazes de se tornarem grandes cidadãos transformadores da sociedade.

Se fala sobre falta de recursos financeiros, mas essa conversa encobre um problema muito maior, que está relacionado com o interesse dos grandes governantes. O interesse deles é que os alunos não recebam uma educação libertadora, porque isso mudaria toda a realidade.

Uma educação libertadora carrega as bases para se ter uma sociedade mais igualitária, e para os “grandes” essa palavra é assustadora, deve ser banida. Vou explicar isso um pouco melhor no tópico seguinte.

  1. Mão de obra barata

Se os alunos chegam ao final do ensino médio e não conseguem escrever uma boa redação, não conseguem interpretar um texto com eficiência, têm dificuldade de se comunicar de forma mais formal etc. Será fácil para eles conseguirem empregos com melhor remuneração? Com certeza não.

Em nossa sociedade, os que ganham mais são os que tem mais formação, quem tem o currículo mais cheio de cursos e especializações. E aqueles que se destacam na comunicação interpessoal.

Nossos jovens não são educados com qualidade, e desta forma resta a eles se contentarem com empregos que pagam menos e tem menos direitos trabalhistas.

A quem isso interessa? Aos grandes empresários e donos de corporações. Eles são “homens poderosos” e se acham no direito de contratar mão de obra barata para que o façam lucrar de forma exponencial

É neste ponto que as desigualdades sociais começam a crescer e se consolidar. Cada um dos “peões” gera uma riqueza infinitamente superior para as empresas do que eles recebem como pagamento por sua força de trabalho.

Não existe outra forma, qualquer pessoa só se torna absurdamente rica financeiramente se tiver muitas pessoas trabalhando para ela sendo remuneradas com baixos salários. É assim desde que surgiu o CAPITALISMO e a tendência deste sistema de governo é gerar mais e mais desigualdades sociais.

Nesta sociedade capitalista, quanto mais dinheiro os homens poderosos têm mais eles querem. E para conseguir mais têm que aumentar a mão de obra barata, e para aumentar a mão de obra barata, esses empregados não podem ter a mesma esperteza que eles, nem o mesmo conhecimento que eles.

A educação liberta. Se os peões soubessem que não precisa ser assim, e que pode ser diferente, os grandes empresários sofreriam muito, porque eles não lucrariam da mesma forma.

Me responda! Como eles lucrariam exorbitantemente sem pessoas trabalhando para eles? Não tem como não é mesmo?

Esse é o ponto em que mais baterei na tecla neste artigo. Estou propondo aqui um caminho rumo a mais LIBERDADE.

  1. O poder da TV e das propagandas e sua psicologia do inconsciente

marionete4Não falarei aqui tudo que gostaria, porque este artigo ficaria extenso demais, mas parte do que quero transmitir será colocado em artigos futuros. Neste vou me focar no poder das mídias sobre nossas decisões e perspectivas de vida.

Vivemos em uma sociedade capitalista e nossa jornada de trabalho é de 40h semanais, normalmente divididas em 8h por dia de segunda a sexta-feira.

Para que o sistema funcione desta forma existe toda uma explicação, que já coloquei em outro texto do blog “Para além do agora” e pode ser reforçado pelo incrível documentário “A história das coisas”, que compartilho os links abaixo.

Por que você trabalha 8 horas por dia?

Enfim! Trabalhamos 8h por dia por causa de nossa sociedade de consumo. Ela coloca no mais profundo das nossas mentes que precisamos consumir para ser felizes, que tudo o que temos não é bom o suficiente, que precisamos da roupa igual a do ator ou atriz tal, que precisamos comprar o carro importado da propaganda, que precisamos viajar aproveitando as promoções de voo para pagar em 12 prestações etc. etc.

A grande verdade é que não paramos para refletir e fazer uma perguntinha básica: “Eu realmente tenho NECESSIDADE disso?”.

Necessidade tem a ver com aquilo que é essencial, indispensável. E parando para pensar com sinceridade sobre isso rapidamente perceberemos que o verdadeiramente necessário é bem menos do que nos dizem.

O que é o necessário? Alimentação, água, um teto, algumas roupas e dinheiro para coisas básicas como transporte e algum lazer com a família e pessoas queridas.

Com isso podemos sim viver muito bem, o problema é que colocam nas nossas cabeças que viver assim é indigno. Será? Se fosse não constataria milhares de pessoas que tem pouco ou quase nada e são imensamente felizes, pessoas pobres que sempre vêm até mim com um enorme sorriso no rosto e satisfação com a vida, pessoas que têm um enorme sentimento de gratidão por suas vidas.

Porém, quando vamos observar mais de perto as pessoas muito ricas, a grande maioria vive em mansões e palácios, com muros e grades enormes, com cercas elétricas, com guardas na portaria e cães valentes no quintal.

Para essa realidade existem duas perspectivas. Na perspectiva dos ricos eles estão seguros, na perspectiva dos pobres eles estão aprisionados e engaiolados. Não é interessante?

Sei disso por ter contato direto com pessoas mais pobres. Elas dizem assim: “Não troco a minha vida pela desse povo que vive com medo de perder o que tem e que talvez tome até remédio pra dormir de tanta ansiedade. Posso morar numa casinha simples, mas eu deito minha cabeça no travesseiro tranquilamente, sem medo de que levem minhas coisas…”.

Sabedoria popular! Eu amo a sabedoria popular. Sem estudo, elas acabam dizendo o que muitos cientistas levaram anos, décadas para comprovarem por pesquisas que o excesso de trabalho e preocupações interfere no nosso sono, no sentimento de bem estar, na alegria e no contentamento.

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Como funcionam os comerciais, propagandas e a psicologia do inconsciente? Leia com bastante atenção.

O que elas fazem é cruel. Elas implantam em nosso inconsciente a necessidade de comprar o que não é necessário, aquilo que é supérfluo. Para isso ela se utiliza de diversos mecanismos de persuasão que, para os olhos mais atentos e preparados, não são capazes de persuadir. Meu desejo é que você consiga aprender como são esses mecanismos. O bom é que eles são tão banais que chega a ser engraçado, e melhor ainda é que já escrevi sobre isso e você pode acessar neste link abaixo.

A propaganda é a arma do negócio

Não esqueça! Tudo que estou escrevendo aqui é para lhe proporcionar LIBERDADE, isso se você acolher a mensagem é claro!

  1. Saindo da teia do consumo

A partir desse ponto tudo começa a ficar mais interessante. O que acontece e é a realidade que tentam nos esconder, é que você é muito, muito mais feliz do que imagina.

Quando você abre sua mente para perceber que não precisa ter uma Ferrari para ser feliz, nem trocar de carro todos os anos, nem comprar as roupas mais caras só porque a “fulaninha” tem uma igual, naturalmente começa a crescer dentro de nós um sentimento de gratidão e paz. Uma sensação de que não precisamos ser iguais a todo mundo.

Quando isso começa a surgir, é sinal concreto de que você já está saindo da manada, está saindo do mundo ilusório da “matrix”.

Se o mundo pede que você consuma e fique endividado e você diz NÃO, você está começando a remar contra a maré da maioria e a pensar de forma mais original, mais voltada para a nossa natureza humana primordial, que tem uma relação profunda com o amor, com o desapego, com a fraternidade.

As mudanças na sociedade foram acontecendo aos poucos. E se você prestar bastante atenção, perceberá que os grandes desequilíbrios, o aumento de doenças, de pessoas estressadas, de gente endividada, de aumento do desemprego etc. Passou a ocorrer de forma mais intensa após a Revolução Industrial, o que faz todo sentido.

Antes disso não havia toda essa tecnologia que existe hoje e para produzir qualquer coisa precisava de muito mais TEMPO e esforço humano. Hoje, boa parte desse esforço passou para as máquinas.

Quero deixar claro que não sou contra os avanços tecnológicos. Eles foram maravilhosos, o que discordo é que esses avanços contribuíram para gerar um ser humano mais fechado em si, mais egoísta e mais insatisfeito.

Aos poucos estamos nos transformando em ANDROIDES, máquinas de trabalhar em pele humana. Esse sistema capitalista deseja que sejamos androides e não tenhamos senso crítico, reflexões pessoais, relacionamentos humanos mais próximos e fraternos.

hqdefaultInclusive todas as mudanças da sociedade estão contribuindo para agravar a nossa SOLIDÃO. Passamos muito tempo trabalhando, mas quase sempre em ambientes hostis, que não proporcionam um contato humano mais frutuoso. Isso aumenta nosso sentimento de solidão e isolamento.

A cada ano cresce o número de pessoas deprimidas e não tenho dúvidas que um dos principais motivos é essa cultura de consumo, que nos afasta da nossa essência. Ainda vou escrever mais sobre isso, mas fica esse ponto como questionamento para você buscar um aprofundamento…

     5. O ciclo vicioso do consumo

Nós vivemos em uma sociedade que tenta nos condicionar por milhares de formas e a TV com suas propagandas é uma destas.

Vivendo minha vida de forma mais atenta, tive um insight bem interessante. Há um ciclo vicioso do consumo. Vou explicar.

Os comerciais implantam em nossas mentes a necessidade de consumir. Atrelado a isso, a maior parte das pessoas trabalha pelo menos 8h por dia ganhando pouco.

Elas têm diversos sonhos de consumo, mas seu orçamento não consegue suprir a todos eles e constantemente recorrem ao cartão de crédito, se endividando, pedindo empréstimos etc.

Aqui surge uma prisão, você é obrigado a trabalhar mais ou no mínimo, ter muito cuidado para não perder o emprego atual, pois não pode ficar sem dinheiro para pagar as contas.

Perceba! Você se torna refém de várias coisas, como do seu trabalho, daquilo que comprou sem dinheiro e do cartão de crédito. Isso gera desequilíbrio e um sentimento de alegria imenso por parte dos bancos, das lojas e comércios, pois eles cobram juros altíssimos em seus empréstimos, em anuidades de cartão e nas parcelas das compras.

Ficando preso a isso, o que acontece? Você aumenta o poder que seu chefe ou patrão tem sobre você. Ele é uma autoridade e você precisa servi-lo, se você fizer qualquer coisa que o desagrade, corre um risco enorme de perder o emprego, então você vai aceitando e aceitando condições de trabalho que não são as ideais para ninguém, muitas vezes são situações escravizantes.

Pois é! Mas elas foram escolhidas. Pode ser duro ler isso, mas elas foram escolhidas por você, e sabe por quê? Por causa do MEDO.

Pense comigo! Se você precisa pagar um monte de contas e não tem muita liberdade para trabalhar com algo que queira de verdade, você sente medo. E é exatamente esse medo que alimenta o ciclo vicioso do consumo.

O que fazer? Vou falar sobre isso colocando minha própria vida como exemplo.

  1. Saindo do ciclo vicioso do consumo

Quero de antemão dizer que esse artigo são apenas palavras. Vou falar sobre minha vida, minhas escolhas e caminhos.

Você tem a sua própria vida e suas escolhas. Se isso não faz sentido para você. Perfeito! Você tem toda razão. Siga a sua consciência! Sempre! E eu sigo a minha.

Eu trabalho como professor. Você sabe que professor não ganha muito. Então, o que eu fiz e faço para não ser engolido pelo consumismo?

Simples! Sempre compro apenas o que é necessário, e procuro ter sempre uma reserva de emergência para eventualidades e surpresas quaisquer, que precisem usar dinheiro além do meu orçamento básico.

Desta forma, não tenho nenhuma dívida e em decorrência disso, sinto uma paz e uma tranquilidade sem medidas.

Essa paz me ajuda a dedicar muito mais tempo para esse serviço voluntário com o blog. Eu amo escrever e tenho que dizer pra você que só consigo escrever com frequência por isso, porque tenho paz em meu coração. Se estivesse atolado em dívidas e tivesse que dar conta de mil e uma obrigações em termos materiais, não tenho dúvidas que ou escreveria pouco ou sequer escreveria, porque minha mente estaria atolada de preocupações, como a mente da maior parte das pessoas.

Nós saimos do ciclo vicioso do consumo desta forma, deixando de alimentá-lo. Simples assim! Mas eu sei que para muitas pessoas não é tão simples, por isso deixo você absolutamente livre para acolher essas palavras apenas se quiser.

Escrevi um texto no blog contando maiores detalhes sobre minhas escolhas que levaram a viver com mais liberdade e felicidade. Deixo abaixo o link caso queira ler.

Como estou mudando de vida radicalmente?

  1. A relação entre o sofrimento e a compaixão

Eu tenho uma série de motivos para ter uma profunda admiração pelas pessoas mais pobres, porém, um dos principais tem a ver com os sofrimentos.

Normalmente as pessoas que possuem um olhar mais empático e compassivo são aquelas que mais sofreram na vida. E é exatamente daí que surge a compaixão genuína e ilimitada.

Compaixão é você ter o desejo profundo de etenuar ou sanar a dor e o sofrimento das pessoas. É você olhar para o que ela sente e imaginar o que ela está sentindo, tomando uma atitude imediatamente.

Compaixão e empatia são praticamente a mesma coisa, porém a compaixão leva você a agir, a empatia é mais um sentimento. Você pode ser empático, mas ficar parado. Porém, quando você é verdadeiramente compassivo passa a sair do seu próprio mundo, a não olhar só para seu umbigo e fazer algo em prol das pessoas.

Aos poucos estou me tornando uma pessoa mais compassiva. Admito que ainda preciso retirar de mim toneladas e toneladas de orgulho e vaidade, me desprender mais de mim mesmo e de muitos sonhos egóicos, porém estou no firme propósito de me tornar uma pessoa melhor, e sei que o caminho, pelo menos para mim, é por aí…

Estou falando tudo isso para fazer esse elo entre ricos e pobres.

Não precisei ler em livros, nem escrever teses, nem averiguar por pesquisas científicas, que as pessoas mais pobres sentem muito mais a dor alheia que as pessoas mais ricas.

Elas passam todos os dias por tantos sofrimentos que são incapazes de olhar o sofrimento dos outros com um olhar frio de quem olha mas não vê.

Eu percebo que muitos dos que são mais ricos tiveram a vida inteira tudo “do bom e do melhor” (segundo o que prega a nossa sociedade, obviamente!), e por isso tem uma enorme dificuldade de olhar de forma mais abrangente, observando as dores do mundo.

Talvez esse seja um dos principais motivos para que eu, conscientemente, não queira me tornar rico financeiramente.

O vídeo abaixo fala sobre a empatia de forma bem melhor do que eu. Recomendo fortemente que você o assista!

Quanto mais crescemos financeiramente, mais somos levados naturalmente a estar inseridos nos mesmos ambientes que as pessoas ricas. Falo isso a partir da minha própria vida. Por um curto período experimentei essa realidade e acontece assim. É um processo tão sutil que nem nos damos conta.

Não quero de forma alguma condenar as pessoas mais ricas, pois conheço várias que ajudam os mais pobres, participam de projetos sociais e são profundamente humildes, mas elas são exceção, infelizmente.

Esta é uma discussão bem mais ampla e complexa do que estou colocando nessas linhas. Existe muitos pontos a serem colocados e analisados. Alguns eu deixarei para outros textos.

Vou falar a seguir sobre o processo transformador do aquietamento na nossa vida.

8) O processo de se aquietar

CPIA_D~1A cada dia eu percebo que quanto mais nos aquietamos, mais nos equilibramos em nossas emoções. Muitas pessoas compram por impulso porque tem dificuldade de parar, respirar fundo, olhar a natureza, ouvir uma música relaxante, ou simplesmente não fazer nada. Estão tão inquietas que gastam suas energias de forma desequilibrada.

O processo de se aquietar nos traz paz e a convicção de que não precisamos de muitas coisas, na realidade precisamos de bem poucas coisas. Bem mais importante que ter coisas é ter o amor dos nossos pais, do namorado(a), marido, esposa, filhos, tios, avós, amigos. Ter gente querida por perto é uma das maiores riquezas que podemos ter na vida.

Tenho buscado cada vez mais estar perto das pessoas que eu amo, elas me ajudam a ser alguém melhor dia após dia. Nos aquietando podemos nutrir relacionamentos mais profundos, e isso nos ajuda a crescermos em amor e consciência.

9) Aumentando o amor próprio e a autoestima

Quando passamos a olhar mais para dentro de nós mesmos nesse processo de aquietamento, já estamos mais alinhados com o processo do autoconhecimento. Parabéns por ter lido até aqui.

O que vou falar agora é simples e ao mesmo tempo incrível. Quando passamos a buscar mais aquilo que é essencial, o simples, as pequenas coisas da vida, sentimos uma paz impressionante.

Essa paz é o cerne para ter mais amor próprio e autoestima. Vou explicar.

Seguindo esse caminho você passa a pensar: “Minha vida é maravilhosa. Tenho grandes riquezas em minha vida, amor de pessoas queridas, ótimos relacionamentos, boa saúde… Eu sou alguém bem melhor do que costumam me tratar no trabalho, na empresa etc”.

Essa é a autoestima que todos nós precisamos desenvolver. Você pensa que seu patrão no trabalho é melhor que você? De jeito nenhum, ele morre de medo de perder seus funcionários, e costuma implantar o medo no ambiente para que você se diminua e não reconheça seu valor.

Você é grande, você é importante, e precisa colocar isso no mais profundo da sua mente.

Diferente do que muitos pensam, quando você se valoriza você passa a se tornar mais humilde. Porque muitas pessoas confundem humildade com humilhação.

Humildade é quando você sabe o seu valor, não se sente superior a ninguém e busca contribuir com a alegria e o bem estar das outras pessoas.

Humilhação é se achar inferior e se deixar dominar pelo patrão, por alguém em uma hierarquia, por um marido ou esposa que desrespeita etc.

Quando você é humilde não se ofende com palavras torpes e que denigrem vindas de quem quer que seja. Você sabe seu valor e tem consciência que as palavras dos outros só refletem o que elas são.

Adquirir essa consciência é LIBERTADOR. Se todos a tivessem, não permitiriam ser massacradas nos seus empregos.

10) A pior de todas as obviedades

rico-pede-esmola-para-o-pobrePara encerrar esse artigo, vou falar sobre a pior de todas as obviedades implantadas na nossa mente. Costumam dizer que os pobres precisam dos ricos, porque são eles os homens que geram empregos, que abrem empresas e dão oportunidades, que sem os ricos a sociedade não iria para frente, a tecnologia não evoluiria como vemos.

Errado! Isso é o que querem que você acredite! A grande verdade é que quem sustenta toda a nossa sociedade são os mais pobres, eles são a força de trabalho e fazem os serviços que os ricos não querem fazer porque cansa e dispende grande energia vital.

Eles tomam água de coco enquanto mandam alguém aparar o jardim, limpar suas casas, preparar suas refeições, fazer a parte chata dos trabalhos, como resolver papeladas de clientes, entregar documentos etc. etc.

Se os mais pobres tivessem a OUSADIA de dizer: “Não vou! Não vou contribuir com isso! Vou atrás de ganhar meu dinheiro do meu jeito…”.

O que aconteceria? Os grandes empresários teriam que fazer eles mesmos os trabalhos pesados, e deixariam de lucrar milhões, talvez bilhões com suas empresas.

Essa mudança, que requer acima de tudo, CORAGEM, muita coragem, pode ajudar a nossa sociedade a ter mais igualdade.

Nessa hora é impossível não me lembrar de uma das frases que mudou a minha vida, uma frase do querido Mahatma Gandhi.

“Não é preciso derrubar o opressor, basta parar de colaborar com ele.”

Se você tiver a coragem de seguir o seu coração e deixar de enriquecer os inúmeros sanguessugas que vivem em nossa sociedade, viveremos em um país com mais igualdade social.

Tudo que estou falando aqui é muito simples e já dito de outras maneiras por muitas pessoas. Porém, poucos são os corajosos que DECIDEM romper com esse sistema cruel, que faz questão de nos alienar.

Este é o primeiro de alguns artigos que pretendo escrever para levar meus queridos leitores a sentirem mais liberdade.

Esta é a palavra número um entre o que desejo para mim, e desejo levar essa perspectiva para mais e mais pessoas.

Mais uma vez repito. Estou escrevendo a partir da minha vida, pensamentos e escolhas. Assim como sou livre para viver da forma como coloquei, você tem todo o direito de discordar e viver à sua forma…

Para refletir mais aprofundadamente sobre isso, compartilho dois vídeos que me ajudaram muito na escrita deste artigo…

Paz e luz…


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O parto cerebral

Por Isaias Costa

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Recentemente ouvi uma entrevista com o escritor, filósofo, designer gráfico, consultor, criador multimídia e professor Henrique Szklo a respeito dos nossos processos criativos e ele falou uma expressão um pouco esquisita, porém bastante reflexiva: PARTO CEREBRAL.

O que é parto cerebral? É toda vez que seu cérebro é desfiado e colocado em uma situação completamente nova, nunca antes vivenciada. Cada vez que temos experiências novas, nosso cérebro passa por um parto, um processo doloroso dos neurônios para processar a nova experiência e guardá-la nos espaços da memória.

O olhar desatento

É interessante notar que esse processo nos deixa cada vez mais inteligentes, ou seja, nossa inteligência não é restrita a um padrão, a um limite, nada disso. Com os devidos esforços, podemos nos tornar cada vez mais inteligentes dia após dia.

O que o Henrique quis sugerir ao estimular os partos cerebrais é, em outras palavras, buscar experiências novas, originais, sair da zona de conforto.

Na entrevista, ele comparava as crianças com as pessoas idosas. Ele falava que as crianças passam o tempo todo por partos mentais, porque tudo aquilo que para nós, adultos, parece repetido e batido, para elas é novidade, estão vendo e experimentando pela primeira vez. E o que é mais interessante, inclusive já foi feito estudos sobre isso, a nossa percepção de tempo muda completamente quando somos constantemente estimulados a experimentar coisas novas. Por que você acha que quando somos crianças o tempo parece que passa mais devagar? O que faz com que o tempo dos adultos passe mais rápido é uma palavrinha chamada ROTINA, e a rotina pode ser driblada pela busca constante por novidades. Compartilho abaixo um texto incrível que aprofunda essa questão. Vale muito a pena a sua leitura…

Cuidado com a rotina

Ele também fala que as pessoas mais velhas evitam muito passar por partos mentais, porque já passaram por tantos que gera certa desmotivação, sentimento de incompetência etc. Eu sou bem jovem, mas não quero de maneira alguma fazer parte deste grupo, quero me revonar até o último dia da minha vida. Nunca acreditei e nunca acreditarei que gente velha não muda, isso é uma falácia sem medida. Pessoas velhas podem mudar sim, desde que tenham esse propósito e abertura para mudanças. Vamos fazer parte do grupo de pessoas que está sempre se renovando, buscando coisas novas e ampliando o repertório pessoal? Esse desejo pode fazer de nós pessoas brilhantes. Eu quero isso para mim e quero ainda mais para você que me lê agora. Vamos?

Outra fator interessantíssimo dos partos cerebrais é que, quanto mais o estimulamos, mais podemos aguçar a nossa criatividade e modo de enxergar o mundo, a vida, as pessoas. Esse processo aumenta nossa sensibilidade, nos torna mais vivos e presentes no hoje, no agora. Adoro relembrar as incríveis palavras do grande escritor norueguês Jostein Gaarder para explicar isso:

“Quanto mais sabemos, melhor vemos as coisas que nos rodeiam. Por outro lado, quanto melhor vemos as coisas, melhor a compreendemos. Se mantivermos os olhos e os ouvidos bem abertos, descobriremos sempre alguma coisa pela primeira vez”.

Ou seja, quanto mais atentos estamos ao momento presente, ao agora, aos detalhes, às minúcias, às pequenas coisas da vida, mais conseguimos descobrir algo novo, aumentar a criatividade, a sensibilidade. Você quer desenvolvê-las? Então esse é um ótimo caminho. O que posso acrescentar e considero importantíssimo é a busca pela SERENIDADE, quanto mais serenos somos, mais conseguimos viver o agora intensamente, e consequentemente, aguçamos nossa criatividade. Também escrevi um texto me aprofundando nessa questão, o link está logo abaixo.

Aqui e agora

Enfim! Vamos estimular muitos partos cerebrais na nossa vida. Quanto mais partos tivermos, mais intensamente viveremos e inteligentes ficaremos. Pense sobre isso…

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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Todos nós podemos ser geniais

Por Isaias Costa

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O Albert Einstein foi um dos maiores gênios que esse mundo já teve. Nós olhamos para esse Físico maluco e o que ele construiu ao longo da sua trajetória e não sabemos que podemos ser um pouquinho parecidos com ele. Você sabia que todos nós temos a semente da genialidade dentro de nós só esperando para ser regada e florescida? Vou explicar isso para você inspirado nele, é claro!

“Somos todos geniais. Mas se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em árvores, ele passará sua vida inteira acreditando ser estúpido.”

Albert Einstein

Essa frase é de uma profundidade imensa e ao mesmo tempo, de uma grande facilidade de ser entendida. Quando ele fala sobre os peixes, está falando diretamente sobre os nossos talentos. Cada um tem seus talentos absolutamente únicos, e o que leva uma pessoa a se tornar gênia, não é o seu Q.I ou seu cérebro privilegiado, é a CURIOSIDADE e o profundo desejo de estar sempre APRENDENDO COISAS NOVAS e se aperfeiçoando no que faz de melhor. Foi isso que ele fez e se tornou um dos cientistas mais importantes da humanidade.

O que leva nosso mundo a ter tão poucos gênios é algo muito grandioso e que, pelo menos no Brasil, ainda falta muito para mudar, é a EDUCAÇÃO. A nossa educação é pautada na aquisição de conteúdos simplesmente como um acúmulo de informações. As escolas não ensinam os alunos a pensarem por conta própria e a terem suas próprias conclusões. Gosto de lembrar das palavras do gênio Raul Seixas. Em algumas de suas entrevistas, ele frequentemente dizia que a única coisa que aprendeu na escola foi a odiá-la. Ele dizia abertamente que tudo que aprendeu foi através dos livros e da sua imaginação mais do que fértil. O que aconteceu com o Raul? Se tornou um mito, um cara inesquecível na música brasileira. Eu fico extremamente feliz por estudar a sua vida, a sua personalidade, suas músicas e sua filosfia para aprender a ser um pouquinho gênio como ele foi. Sei que é um longo caminho de busca por conhecimento que torna alguém um gênio e nada melhor do que estudar um pouco a vida dos grandes gênios. Eu escolhi estudar o Raul Seixas e você? Que tal escolher um grande gênio e começar a estudá-lo ainda hoje? Posso colocar alguns nomes aqui para você pesquisar se quiser: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Galileu Galilei, Isaac Newton, Johannes Kepler, Thomas Edison, Nicolau Copérnico, Gauss, Nietzsche, Audoux Huxley, Van Gogh, Beethoven, Roberto Bolanõs, Santo Agostinho, Oprah Winfrey, Ayrton Senna, Bill Gates, Schopenhauer, Warren Buffett, Patch Adams etc. etc. etc.

Você só poderá se tornar um gênio se desenvolver duas artes, a da DÚVIDA e a da CRÍTICA. Todos os grandes gênios desenvolveram essas artes. Eles criaram coisas novas porque duvidavam do que existia e criticavam a forma como tudo funcionava e estava descrito através dos livros, da história, da ciência. É interessante frisar também que, quando desenvolvemos essas artes, juntamente com elas, também crescemos em SABEDORIA. As pessoas sábias são aquelas que tem a perspicácia de ver as coisas e não engolir simplesmente, sem antes se questionarem. Elas pensam, elas investigam, elas duvidam, elas procuram fazer algo melhor e inovador, então vão lá e fazem.

A arte da dúvida

Elas são FOCADAS. Elas concentram suas melhores energias naquilo que fazem de melhor, e por isso se tornam geniais. Se você tiver prestado atenção nos exemplos que coloquei, há gênios da ciência, da música, das artes. da literatura, do cinema, dos negócios, do esporte etc. Há gênios em absolutamente TODAS as áŕeas, diferente do que muitos pensam, que só há gênios na ciência, isso é um grande equívoco.

Aqui e agora

Eles são produtivos, o que é bem diferente de ser e estar ocupado. Passar muitas horas trabalhando pode ser algo produtivo ou não, depende daquilo que você executa enquanto trabalha. Os geniais são sempre produtivos porque o que eles fazem se torna algo MEMORÁVEL, o que é algo memorável? É aquilo que não se perde com o tempo, é algo que fica para a posteridade. Nessa hora gosto de citar o Michelangelo e seu belíssimo Davi. Quer uma escultura que seja mais memorável que o Davi? Essa obra não tem preço. É impossível estabelecer um valor mensurável em dinheiro para esta preciosidade. O seriado “Chaves” do Roberto Bolanõs, passarão séculos e ele continuará alegrando os corações de todos que assistirem, certamente colocarei meus filhos para assistirem esse seriado, pois ele tem uma magia, um encanto, uma perfeição, que falta palavras para descrever. Poderia passar horas citando obras memoráveis de gênios. Pronto! Isso é o que chamo da produtividade dos gênios, eles criam coisas que ficam para a posteridade e que são carregadas de emoção, de vida, do DNA dos seus criadores.

Há mais um detalhe sobre a produtividade. Os gênios sabem conviver muito bem com a solidão, e transformam a solidão em um amiga. Isso mesmo, uma amiga. Grandes insights surgem na mente dos gênios quando eles estão sozinhos, parados, quietos, contemplativos. Quer um exemplo? Nietzsche. A solidão era um deleite na sua vida. Esse homem tão lúcido em sua loucura tinha dificuldade de ser entendido pelas pessoas, exatamente porque a maior parte tem preguiça de pensar, de se questionar, de duvidar, o que ele fazia quase 100% do tempo. O Nietzsche é um dos meus grandes amigos e sempre estará me acompanhando em minha jornada. Existe um gênio brasileiro que escreve tanto sobre a SOLIDÃO quanto sobre o Nietzsche de forma absolutamente incrível, é claro que estou falando do mestre Rubem Alves. Compartilho aqui em baixo duas de suas crônicas mais incríveis, que tive a honra de publicar neste blog. Vale muito a pena conferi-las…

A solidão amiga
O que é ter saúde mental?

A maior parte deles entende o VALOR DO SERVIÇO. Se você pesquisar a vida de alguns gênios verá que eles não viviam só para si. Inclusive o Einstein em sua imensa sabedoria, disse uma vez a seguinte frase: “Somente uma vida que seja vivida para os outros vale a pena ser vivida”. Pense um pouquinho sobre essa frase… A alegria de muitos gênios da humanidade era ver os outros felizes e realizados. Por exemplo, Patch Adams, um gênio da Medicina, vivia e ainda vive para levar alegria e um serviço empático que cura as pessoas muito mais pelo carinho e atenção do que pelo Medicina em si. A Oprah Winfrey, o Bill Gates, o Warren Buffett, o Ayrton Senna e tantos outros, eles eram (no caso do Ayrton) e são comprometidos com belíssimas obras sociais, que estão fazendo esse mundo ser um lugar melhor. Esse ponto nem todos prestam atenção, mas estou revelando a você hoje. Quer ser um gênio? Sirva! Sabe quem foi o maior gênio da humanidade? Ainda não falei dele. Seu nome é Jesus Cristo. Ele dizia: “O maior dentre vós deve ser aquele que serve”. Palavras profundas que pouquíssimas pessoas entendem e põem em prática verdadeiramente. Para falar da genialidade de Jesus precisaria escrever um livro, tem tanta coisa sobre ele, o princípio e o fim, o caminho, a verdade e a vida…

O valor do serviço

Para terminar, volto à mensagem do Einstein. As pessoas que se tornam geniais não fazem algo que esteja fora de suas missões de vida. Aqui entra o peixe subindo na árvore. Muitas pessoas querem ser peixes subindo em árvores. Quem são essas pessoas? São aquelas que trabalham em algo que odeiam, aquelas que se formaram em um curso universitário só para agradarem aos pais, aquelas que acharam que era “muito difícil” seguir os sonhos e desistiram no meio do caminho, aquelas que se acomodaram em seus empregos achando que não há mais perspectivas de futuro, aquelas que tentam concursos públicos só porque o salário é bom e a carga horária é pequena etc. Pois é meu amigo! Sinto dizer, mas a genialidade nunca vai encontrar o coração destas pessoas. Sabe por quê? Exatamente por causa do coração! Só se torna um gênio quem coloca o seu coração naquilo que faz, ou seja, dá o seu melhor e supera a si mesmo dia após dia. Então? Você está dentro desse grupo? Se não! O que acha de começar hoje a tentar fazer parte?

Há muito mais a ser falado, mas acredito que falei sobre os principais fatores que levam alguém a se tornar um gênio. Vamos nos tornar gênios?…

 

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O acúmulo de tensões

Por Isaias Costa

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Acredito que o mundo que em vivemos atualmente nunca teve tantas pessoas tensas e estressadas. Hoje eu vou falar algumas coisas que podem ajudar bastante a liberar parte dessa tensão em que nos encontramos.

Uma coisa maravilhosa e que todos já conhecem muito bem é PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS. Eu já falei algumas vezes neste blog sobre a importância dos exercícios, mas você já está “careca” de saber isso. A prática de exercícios físicos libera na corrente sanguínea os hormônios ligados ao prazer e a satisfação. Além de melhorar toda a oxigenação das células do corpo, inclusive as do cérebro. Está vendo! Com exercícios, além de você reduzir as tensões, melhora a saúde, a alegria, a satisfação, a forma física e ainda fica mais inteligente e melhora a memória. Até hoje eu não consigo entender como é que tantas pessoas que sabem de tudo isso ainda conseguem ser sedentárias. Eu acho um absurdo! É como se você tivesse um ouro bem aqui na sua frente e optasse pelo papelão velho e mofado. Vamos fazer mais exercícios físicos…

Envelhecer com saúde
A geração fat e fast

Outro ponto que acho fundamental e cada vez mais eu tenho procurado desenvolver é a SINCERIDADE EMOCIONAL. O que seria isso? Muito simples. É você ter alguma coisa que está engasgada e “desinbuxar”, como diria o povo matuto! Eu tomo pela minha própria experiência. Toda vez que eu tenho algo muito importante para dizer e sei que é difícil de dizer, ou porque foge aos meus ideais ou porque pode vir a ferir alguém, eu sofro em demasia, meu corpo fica tenso, e entro até em estado de depressão temporária em alguns casos. O que eu aprendi a fazer para lidar bem com isso? Ser absolutamente sincero. Dizer aquilo que tanto está me afligindo e esperar a reação da pessoa a quem estou me dirigindo. Agora vou falar algo muito interessante. Quando você se apresenta para alguém sem fingimento, apresenta aquilo que está lhe deixando tenso, se está pessoa lhe ama e respeita, com certeza ela vai lhe entender, mas se for o contrário ela vai se afastar. Nisso que falei agora está incutido o risco de querer agradar a todos, que é uma dos fatores que mais causa tensão em muita gente. Existem muitas pessoas que querem ser super homens ou super mulheres e chegam a fazer coisas completamente fora dos seus ideais só para poder agradar as outras, o resultado disso é sofrimento e mais sofrimento. Vou deixar o link com um texto que escrevi sobre esse assunto.

O risco de querer agradar a todos

Agora eu vou falar o mais grave de tudo. O acúmulo de tensões pode levar ao SENTIMENTO DE CULPA. Esse sentimento pode ser gravíssimo, inclusive pode levar alguém ao ato bárbaro de cometer um suicídio. Muitas das pessoas que cometem suicídio começam guardando pequenas tensões, que vão formando uma bola de neve no coração até chegar ao ponto do insustentável, quando a pessoa já não consegue mais sentir nenhum brilho em viver, então ela comete esse ato tão trágico. Acredito que o maior exemplo disso se trata de Judas Iscariotes. Ele traiu Jesus e sentiu um sentimento de culpa avassalador, um sentimento tão complexo que foge a toda e qualquer análise mais exata. Ele se matou porque não conseguiu administrar todas as tensões que estavam solapando o seu corpo, alma e espírito. Percebe até que ponto pode chegar a dimensão das tensões reprimidas? Esse assunto do suicídio é de uma complexidade muito grande. O meu conhecimento sobre esse assunto é irrisório, mas o que estou falando aqui é real. Preste atenção nessas palavras. Eu também escrevi um texto falando sobre o suicídio. Confira…

Pequenas reflexões sobre o suicídio

Enfim. Há muito mais a ser falado sobre esse assunto, mas estas pinceladas podem lhe ajudar a ter bem mais equilíbrio emocional. Como esse é um assunto sério, não posso deixar de sugerir algum tipo de ajuda psicológica, médica, espiritual etc. Para tensões acumuladas, ler um texto é o mínimo, é preciso ir muito mais além, mergulhar fundo, e essa parte depende único e exclusivamente de você…

 

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Ninguém bate mais duro do que a vida

Por Isaias Costa

Uma das músicas que mais gosto de ouvir e que fala sobre a mediocridade das pessoas se chama “Outras frequências”, do Humberto Gessinger, vocalista da banda Engenheiros do Hawaii. Esta música tem uma letra muito bonita e pode-se fazer grandes reflexões a partir dela. O link com a música está logo abaixo.

“Seria mais fácil fazer como todo mundo faz, o caminho mais curto, produto que rende mais.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz, um tiro certeiro, modelo que vende mais.”

Aqui ele está falando sobre o nosso sistema de vida atual, totalmente voltado para o consumo. A maior parte das pessoas prefere seguir o caminho mais curto, pensando equivocadamente que isso possa render mais e dão um ou vários tiros certeiros em busca de coisas, pois isso vende mais. Esse é o modelo capitalista cheio de ganâncias, que só tem levado cada vez mais as pessoas ao desequilíbrio, a insatisfação, ao descontentamento… É muito mais fácil seguir esse caminho, pois se trata do caminho dos medíocres, daqueles que fazem simplesmente o que todo mundo faz. Eu quero e estou lutando para não fazer parte deste grupo, e quero lhe encorajar a fazer o mesmo, é uma questão de escolha, que muitas vezes, só vamos ver os frutos positivos muitos anos depois, muitas vezes até de formas intangíveis, como saúde do corpo, paz de espírito, amor, alegria, sentimento de satisfação etc.

A mediocridade das pessoas

“Mas nós dançamos no silêncio. Choramos no carnaval. Não vemos graça nas gracinhas da TV. Morremos de rir no horário eleitoral.”

Todas essas atitudes citadas são das pessoas que decidiram não seguir a boiada. São atitudes de pessoas consideras “loucas” por essa sociedade que nos quer domesticados e sendo reféns dos homens mais poderosos. Eu odeio a TV aberta e já falei isso aqui diversas vezes, porque ela só nos deixa mais alienados e consumidores, a maior parte do tempo ela nos enche de propagandas e anúncios, querendo nos convencer que não temos o suficiente, que o que temos é ruim, não presta, é ultrapassado, é fora de moda. Desligue a TV! Pode ter certeza que com ela desligada você vai notar em pouco tempo que seu cérebro trabalhará de forma mais ativa e produtiva, você vai melhorar sua autoestima e vai perceber que tem tudo que precisa e não precisa se moldar a esse sistema doente em que vivemos. Se quiser se aprofundar mais nestas questões, sugiro alguns textos anteriores…

Televisão: a domesticadora dos pobres
A propaganda é a arma do negócio
O cérebro preguiçoso

Quero salientar a primeira frase desta estrofe, ela é genial, digna de alguém mestre em compor músicas. “Mas nós dançamos no silêncio”. Pode ser que eu esteja enganado, mas acredito que o Gessinger se inspirou em ninguém menos que Friedrich Nietszche para incluir essa frase em sua música. Uma de suas geniais frases é a seguinte: “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”. Dançar no contrafluxo, dançar no silêncio é isso, é fazer aquilo que os outros não tem coragem de fazer, por medo, por receio, por achar que alguém estará olhando e chamando você de “louco”… Já parou pra pensar nisso? Será que você alguma vez já sentiu vontade de dançar sem haver uma música, mas não o fez para não ser tachado de “louco”? Pois é! Será que essa loucura não seria na realidade uma sanidade? Eu gosto de pensar nessas coisas e gosto ainda mais se chega alguém até mim achando que eu sou louco! Acho isso um tremendo elogio, pois se eu sou louco é porque eu estou fazendo algo diferente da maioria, estou sendo único, estou sendo original, não estou seguindo a boiada… Quer se juntar ao grupo dos loucos? Quer ter essa sanidade maluca que muitos sonham e não têm coragem de dar o primeiro passo? Quem sabe hoje não seja o seu dia de dar esse primeiro passo?

“Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados.
Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discorda-los, glorificá-los ou difamá-los.
A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas.
Eles inventam. Eles imaginam. Eles curam. Eles exploram. Eles criam. Eles inspiram.
Eles empurram a raça humana para frente.
Talvez eles tenham que ser loucos.
Como você pode olhar para uma tela em branco e ver uma obra de arte? Ou sentar em silêncio e ouvir uma música jamais composta? Ou olhar para um planeta vermelho e ver um laboratório sobre rodas?
Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam.”

O mundo precisa de loucos
O que ter saúde mental?

“Seria mais fácil fazer como todo mundo faz. Sem sair do sofá, deixar a Ferrari pra trás. Seria mais fácil, como todo mundo faz. O milésimo gol sentado na mesa de um bar.”

Muitas pessoas pensam, sonham em mudar, mas falta coragem, falta determinação por essa mudança. É muito mais fácil ficar no sofá vendo TV do que ler um bom livro, assistir a um bom filme ou fazer uma atividade física. É muito mais fácil ver o milésimo gol do Pelé no bar com os amigos do que tentar ser um jogador de futebol tão bom quanto ele foi. É mais fácil dizer: “Esse Pelé é o cara!”, do que dizer “O Pelé será a minha referência no futebol para que eu consiga chegar mais longe…”. Pense sobre isso e faça acontecer aquilo que você quer que aconteça! Corra atrás! Lute para que seus sonhos se tornem realidade! É possível! Não estou dizendo que é fácil! De maneira alguma! É possível! Mas para se tornar possível, o primeiro passo é fundamental e decisivo para que venha o segundo, o terceiro e, assim, você vá contruindo a sua vitória…

Faça acontecer
As grandes referências

“Mas nós vibramos em outra frequência. Sabemos que não é bem assim. Se fosse fácil achar o caminho das pedras. Tantas pedras no caminho não seria ruim…”

A maior parte das pessoas prefere seguir o caminho mais fácil, aquele que doa menos. Mas esses, infelizmente, não chegam mais longe pois, como diria o empresário Flávio Augusto: “Crescer dói, mas vale a pena”. Para crescer é preciso passar pelo sofrimento, pelo caminho das pedras, é impossível chegar mais longe sem que existam grandes pedras pelo caminho. Porém, quem sabe disso e tem consciência desta realidade utiliza essas pedras para a construção de seu castelo. Acho que já vi essa frase em algum lugar, não lembro onde… Veja a história daqueles que mais fizeram e contribuíram para o mundo? Todos eles passaram por grandes sofrimentos, mas utilizaram seus sofrimentos e fracassos como alavancas para o suceso, utilizaram os fracassos para se aproximarem cada vez mais da vitória. Faça o mesmo! Se caiu? Levanta! Se caiu de novo? Levanta outra vez! A vida é assim, ela nos derruba o tempo todo, só cabe a nós decidir se levantar ou continuar no chão. E antes de você achar que eu sou diferente, digo a você com todas as letras. NÃO. A vida já me bateu e continua batendo com força. Eu já apanhei muito da vida e continuo apanhando. Quem já leu o meu e-book, soube que eu quase entrei em depressão na época que cursava Física, um curso que não estava me fazendo feliz e que não fazia parte da minha missão de vida. Sofri, sofri, talvez sofri mais do que você que me lê agora, mas eu levantei, caí de novo, levantei, caí de novo, e estou aqui hoje para dizer pra você que é possível SIM seguir os nossos sonhos e fazer acontecer aquilo que mais queremos nesta vida. Eu descobri depois de muitas quedas que o que eu mais quero é poder ajudar as pessoas com mensagens motivacionais como essa, carregadas de emoção, carregadas de verdade, carregadas de sentimentos de alguém que sofre, mas que tem um desejo profundo de se tornar cada vez melhor a cada dia.

Crescer dói

É preciso vibrar em outra frequência, na frequência do sucesso. Esta que foge da mediocridade, do caminho mais fácil, do que todo mundo faz. Você quer vibrar em qual frequência?

O caminho para o sucesso

Quero concluir com o exemplo de um cara que admiro de todo o meu coração, o ator Sylvester Stallone. Ele “comeu o pão que o diabo amassou” antes de se tornar a estrela que é hoje e sua bela história de vida pode nos dar aquela motivação que estava faltando. O link abaixo conta de forma resumida a imensa crise que ele viveu para atingir o sucesso e gravar a série de filmes “Rocky Balboa”, que fez com que ele deslanchasse na sua carreira.

Sylvester Stallone: uma história de superação

No filme Rocky 6 tem uma lição de vida que guardarei para sempre em meu coração e se você ainda não viu, recomendo fortemente que veja. O link da cena é esse aqui:

“O mundo não é um grande arco-íris. É um lugar sujo. É um lugar cruel. Que não quer saber o quanto você é durão. Vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar.

Você, eu, ninguém, vai bater tão duro como a vida. Mas não se trata de bater duro. Se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente. O quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando.

É assim que se consegue vencer. Agora se você sabe o seu valor então vá atrás do que você merece, mas tem que ter disposição para apanhar. E nada de apontar dedos, dizer que você não consegue por causa dele, ou dela, ou de quem seja. Só covardes fazem isso e você não é covarde. Você é melhor do que isso.

Eu sempre vou amar você acima de tudo. Aconteça o que acontecer. Você é meu filho, é meu sangue. Você é a melhor coisa da minha vida.

Mas se você não acreditar em você mesmo, nunca vai ter uma vida…”

Lute! Tenha coragem! Corra atrás de seus sonhos! Ninguém vai bater mais duro do que a vida, mas você é mais forte e vai levantar para provar pro mundo o seu valor, a sua força. Sigamos em frente…

Muhammad Ali vs. Joe Frazier in Fight of the Century, Madison Square Garden in New York City, New York, 1971

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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