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Toda adversidade é um convite à mudança

Por Isaias Costa

“A realidade pode ser uma droga, se quisermos que seja diferente, ou nós podemos aceitar a realidade como ela é, e agradecer por isso. Isso leva prática, por que é difícil ficar grato quando você sente que está sendo tratado mal, ou quando você perde um emprego, ou perde alguém querido, ou quando está lutando contra uma doença. Mas essa é a realidade que você tem e não o ideal que você queria ter. E é uma realidade que possui beleza, se escolhermos vê-la. Essa habilidade nos deixa muito mais em paz com qualquer coisa que precisemos lidar.”

Leo Babauta

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É muito verdadeiro o que o Leo está trazendo nessas poucas palavras e todos nós em diversos momentos da vida passamos por crises e dificuldades que nos tiram o ânimo, o vigor, a autoconfiança e por vezes até a esperança de um futuro melhor.

É fundamental sabermos que nada na nossa vida acontece por acaso. São cada uma das nossas escolhas diárias e acima de tudo o que nutrimos dentro de nós que vai plasmando a nossa realidade.

É por isso que eu sempre insisto por aqui em buscarmos nos alimentar de coisas boas não apenas em termos de alimentos físicos, mas também tudo o que alimenta nossa mente e nossas emoções.

O Leo trouxe as principais aflições da maioria das pessoas em momentos de crise. Quando nos sentimos mal tratados é porque os nossos relacionamentos interpessoais estão em crise. Nessa hora, uma pergunta que devemos nos fazer é: “O que eu preciso mudar em mim mesmo para atrair melhores relacionamentos na minha vida?”. E a partir de muita reflexão e busca pelo autoconhecimento, descobrir o que levou a termos essas dificuldades.

Muitas vezes é a nossa baixa autoestima que nos leva a nos conectarmos com pessoas que não nos respeitam e admiram. É preciso resgatarmos nosso poder pessoal e autoestima para assim atrairmos pessoas que de fato vão nos respeitar e agregar valor à nossa vida!

Ele trouxe a perda de um emprego. Isso também é algo que mexe conosco profundamente, pois coloca em risco a nossa sobrevivência material. Disso decorre muita ansiedade e cenários catastróficos que na imensa maioria das vezes não se concretizam. A perda de um emprego pode ser vista como uma bela oportunidade para nos reinventarmos, aprendermos coisas novas, fazermos algum curso de nosso interesse e por aí vai. Eu, particularmente, gosto de pensar assim: “Se eu saí desse emprego agora, é porque certamente muito em breve virá uma oportunidade de trabalho melhor do que este último emprego…”. Só de pensar assim já vem uma paz e uma serenidade, além de um confiança no melhor para o futuro…

O outro exemplo é a perda de alguém, que pode vir ou pela morte ou por alguma separação ou afastamento. Com relação a isso eu sempre gosto de pensar em relação aos ciclos da vida. Tudo, absolutamente tudo, tem começo, meio e fim no mundo físico. E os relacionamentos são todos assim. Se alguém partiu, seja qual foi o motivo, é porque o tempo que ela deveria estar na nossa vida se encerrou. O que nos leva a ter dificuldade de aceitar isso são nossos apegos. Nós nos apegamos demais às pessoas e as situações nas quais nos conectamos. Mas tem zilhões de coisas que fogem completamente ao nosso controle.

Por exemplo, se uma pessoa querida morre devido à uma doença grave, não temos culpa sobre isso. Gostaríamos que ela se curasse e continuasse conosco, mas isso não aconteceu. É preciso vivenciar o luto e seguir a vida sem ela. Honrando e agradecendo tudo o que ela vivenciou conosco.

Se alguém nos deixa porque precisou se mudar de cidade, é simplesmente a impermanência fazendo o seu trabalho. Nós agradecemos por tudo que pudemos dividir, as alegrias e as tristezas, além das muitas histórias que ficarão para sempre guardadas na memória. Desejamos tudo de melhor para essa pessoa e seguimos nossa vida! É simples assim…

O último exemplo é sobre as doenças que nos acometem. Quase sempre o primeiro pensamento que nos vem é: “Poxa! O que eu fiz para merecer isso? Estar adoentado dessa maneira?”. A grande realidade é que nosso corpo carrega uma sabedoria milenar e que pode ser acessada a qualquer momento, basta que queiramos. Estou falando sobre o que chamamos de Metafísica da Saúde ou Linguagem do corpo. Todas as doenças sinalizam desequilíbrios que começam no nosso campo mental e emocional e depois acabam descendo até o corpo físico. Se conseguirmos compreender o porquê daquela doença ter se instalado em nós, agradecemos pela oportunidade de a transcendermos através da consciência, sairemos dela muito maiores e mais fortalecidos.

Enfim! Esse breve texto é apenas para lhe relembrar que as crises surgem na nossa vida para que a gente cresça como seres humanos e nos tornemos mais sábios e experientes. Aprendamos a ver dessa maneira que assim a vida se torna divertida e cada vez mais significativa…

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A ideia de “mais” transformou toda a Terra em um hospício

Por Isaias Costa

“É fácil ficar frustrado com as coisas terrenas. Mais cedo ou mais tarde você poderá ver toda a estupidez de se ter mais dinheiro ou mais poder. Mais cedo ou mais tarde você poderá ver toda a inutilidade da própria ideia de “mais”, porque o “mais” não traz nada senão infelicidade. Ela afasta de você toda a bem-aventurança, toda a paz. Ele é destrutivo. Ele só lhe causa medo, tremor, ansiedade, neurose. Ele o deixa louco; isso pode ser visto muito facilmente. A ideia de “mais” transformou toda a Terra em um hospício.”

Osho

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É muito verdadeira a ideia levantada pelo Osho com essas palavras. Venho refletindo bastante sobre o consumismo desenfreado e o quanto isso vem destruindo o nosso planeta.

Infelizmente, de um modo geral, nós seres humanos temos muita dificuldade em sentir satisfação, assim a medida do querer acaba se tornando uma verdadeira loucura! Porém, nada na natureza funciona na base da insatisfação! Ela funciona na forma de ciclos, tudo tem começo, meio e fim e tudo recomeça…

Por que conosco seria diferente disso? É simplesmente o nosso que nos afasta dessa verdade incontestável! Por mais que queiramos muito dinheiro e poder e até consigamos, a morte vai nos levar e tudo isso terá outro destino. O dinheiro vai ser disputado por quase todos os familiares e o poder será simplesmente transferido para outra pessoa!

Em vez de alimentar toda essa loucura, penso que é muito mais interessante a ideia de suficiência. Ela é sinônimo de completo, cheio! Ou seja, se tenho o suficiente, não preciso de mais, porque esse mais vai transbordar. Mas transbordar pra onde? Se nós estamos em um planeta finito?

Essa é a principal questão. Como Gandhi já dizia no século passado: “Há recurso suficiente para a toda a humanidade, mas não há o suficiente para a ganância do ser humano”.

Ganância é querer cada vez mais e a qualquer custo, mesmo que isso destrua todo o planeta! Inclusive já existe todo um movimento para colonizar o planeta Marte. Já pensou? Sei que existem diversas opiniões e visões a esse respeito, mas eu penso que se não tivéssemos toda essa ganância, o planeta Terra seria um imenso paraíso, o que na realidade já é esse paraíso, nós é que a transformamos num hospício.

O senso de suficiência é que nos dá a paz de espirito e também um maior sentimento de conexão com o nosso planeta tão maravilhoso! Quero com esse breve texto apenas lhe relembrar o que você já sabe! Por uma humanidade que busca a suficiência e não o querer mais e mais de forma gananciosa…

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Antes de a morte chegar, ainda vamos abrir muitas portas

Por Isaias Costa

Esses dias li um texto no facebook do meu amigo João Vale Neto, tutor do CEBB (Centro de Estudo Budistas Bodisatva) que considero necessário pra esses tempos tão sombrios e de tantas incertezas quanto ao futuro. Leiam com toda a atenção!

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Todos passamos por algum momento da vida onde achamos que as coisas não vão ter jeito. Geralmente acontece na infância, quando percebemos que por mais fortes ou poderosos sejam nossos pais, eles não sabem de tudo. Olhamos para isso e vemos que não vamos ter condições de resolver “o que não tem jeito” justamente porque somos pequenos, sem muita capacidade ou recursos. Então, a impotência surge e, com ela, a falta de energia do corpo. Uma sensação de porta trancada e não sabemos onde está a chave. É assim que vão surgindo outras partes de nós: impotentes, depreciadas, melancólicas. Todas elas vem nos socorrer diante daquilo que “não tem jeito”. Quanto mais eu não tiver necessidades, menos vou precisar dar um jeito. Por isso, melhor ser incapaz, sem valor, logo, já que nada tem jeito. E assim a impotência se torna uma constância na nossa vida.

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Precisamos estar vivos e saudáveis para a Economia girar

Por Isaias Costa

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A médica geriatra Ana Claudia Quintana Arantes, autora do best-seller “A morte é um dia que vale a pena viver”, participou recentemente de um excelente podcast da Jovem Pan chamado 45 minutos no primeiro tempo e uma de suas falas considero uma reflexão de extrema importância para todos nós: o valor imenso da vida frente à Economia. Ou seja, só existe Economia se antes houver seres humanos íntegros e saudáveis. Leia com bastante atenção!

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“Quando se fala das consequências da vida social que a gente vai ter: profissional, financeira, econômica, administrativa… ela vai sofrer consequências do luto.

Quem vai faltar no trabalho não é só a pessoa que morreu. Quem vai faltar no trabalho é a pessoa que morreu e todo mundo que a amava. Que, se for trabalhar, não vai trabalhar direito.

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Uma das maiores dores da vida: a perda de um filho

Por Isaias Costa

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“A mulher que perde o marido é chamada de viúva. O homem que perde a mulher é chamado de viúvo. Os filhos que perdem os pais são chamados de órfãos. Mas não existe uma palavra para descrever os pais que perdem os filhos. Não existe palavra que descreva uma dor tão excruciante.”

Série “Uma segunda chance” – Netflix

A série coreana “Uma segunda chance” conta a história de uma moça que morreu prestes a dar a luz à sua primeira filha e toda a trama gira em torno dessa moça desejar, mesmo em espírito, estar o tempo todo perto da filha, vendo o seu desenvolvimento.

Essa série tem muitos momentos marcantes e emocionantes. Nós aqui no Brasil sabemos o quanto os coreanos, chineses e japoneses são excelentes em transmitir através de filmes e séries as nossas emoções mais básicas.

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Alan Lima: Uma vida dedicada a ajudar as pessoas

Por Isaias Costa

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Minha morte nasceu quando eu nasci…

Despertou, balbuciou, cresceu comigo…

E dançamos de roda ao luar amigo

Na pequenina rua em que vivi

 

Já não tem mais aquele jeito amigo

De rir que, ai de mim, também perdi

Mas inda agora a estou sentindo aqui,

Grave e boa, a escutar o que lhe digo:

 

Tu que és minha doce prometida,

Nem sei quando serão nossas bodas,

Se hoje mesmo… ou no fim de longa vida…

 

E as horas lá se vão, loucas ou tristes…

Mas é tão bom, em meio às horas todas,

Pensar em ti…saber que tu existes!

 

Mario Quintana

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O poder da escuta atenta

Por Isaias Costa

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“Uma das mais sinceras formas de respeito é ouvir o que o outro tem a dizer, sem interromper.”

Não consegui encontrar a autoria dessa frase lindíssima, mas quero a partir dela refletir com você sobre o poder da escuta atenta.

Eu trabalho como professor e psicanalista e aprendo imensamente com os pacientes que acompanho. Recentemente atendi a uma mulher já idosa e com ares de cansada. Fiquei tão comovido com seu relato que digo com sinceridade que as poucas palavras que dirigi a ela quase não saíram.

Ela passou quase a vida inteira cuidando de um filho que foi diagnosticado com esquizofrenia ainda na adolescência e a doença foi se agravando com o passar dos anos, de forma que ele se tornou totalmente dependente dela para tudo, desde a alimentação até a higiene mais básica. Não entrarei em detalhes por conta do sigilo profissional.

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7 pérolas de sabedoria que aprendi com Mario Sergio Cortella

Por Isaias Costa

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Estou publicando esse texto como uma pequena homenagem ao aniversário de 65 anos do professor e filósofo Mario Sergio Cortella, nascido em 05/03/1954. Desde 2013 venho lendo diversos livros seus e ouvindo suas palestras e comentários.

Ele é um senhor admirável, não apenas pelo conhecimento enciclopédico que tem, mas acima de tudo, pelos valores humanos que construiu ao longo de sua trajetória de vida tão bonita.

Farei uma breve reflexão sobre 7 pérolas de sabedoria que aprendi com ele.

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Excesso de ordem ou de caos não nos faz bem

Por Isaias Costa

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Estava ouvindo o quadro Revista CBN com a Petria Chaves e fiquei muito reflexivo ao ouvir uma entrevista que ela fez ao Prof. Silvio Anaz, que é Doutor em Comunicação pela PUC-SP. [Link aqui].

O foco da entrevista era falar sobre ordem e caos não apenas na sociedade, mas como algo que faz parte da história da humanidade. Logo no início da entrevista o Silvio contou um pouco desse processo histórico e até comentou um pouco sobre a Mitologia Grega.

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A beleza aumenta com a transitoriedade da vida

Por Isaias Costa

Estações do ano

Esses dias estava lendo um belíssimo ensaio escrito pelo pai da Psicanálise Sigmund Freud intitulado “Sobre a transitoriedade” e fiquei refletindo bastante sobre o quanto a beleza está relacionada com o tempo.

Nesse ensaio, Freud argumenta que o fato de o tempo ser algo limitado aumenta a beleza das coisas. Leia com bastante atenção esse pequeno recorte do ensaio citado.

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“Não deixei, porém, de discutir o ponto de vista pessimista do poeta de que a transitoriedade do que é belo implica uma perda de seu valor.

Pelo contrário, implica um aumento! O valor da transitoriedade é o valor da escassez no tempo. A limitação da possibilidade de uma fruição eleva o valor dessa fruição. Era incompreensível, declarei, que o pensamento sobre a transitoriedade da beleza interferisse na alegria que dela derivamos. Quanto à beleza da Natureza, cada vez que é destruída pelo inverno, retorna no ano seguinte, do modo que, em relação à duração de nossas vidas, ela pode de fato ser considerada eterna. A beleza da forma e da face humana desaparece para sempre no decorrer de nossas próprias vidas; sua evanescência, porém, apenas lhes empresta renovado encanto. Uma flor que dura apenas uma noite nem por isso nos parece menos bela.”

Sigmund Freud

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