Arquivo do mês: outubro 2023

Como está o seu nível de apego?

Por Isaias Costa

Há poucos dias eu conheci um livro com o título bem interessante chamado “Os cinco níveis de apego”, de Don Miguel Ruiz Jr. Ainda não o li, mas ouvi a partir do palestrante Murilo Gun um resumo de uma das partes mais importantes desse livro e que vou aqui trazer com minhas próprias palavras!

No livro, esse autor faz um comparativo desses cinco níveis de apego à relação que as pessoas têm com seu time de futebol favorito. O nível 5, o mais severo, é quando você é capaz de, por causa do seu time, ficar tão mexido, tão alterado, que é capaz mesmo de agredir uma pessoa do time adversário, são aquelas famosas brigas de torcida organizada. Esse é o nível very hard de apego.

O nível 4 é quando você fica tão mexido e alterado com a derrota do seu time que você grita, esperneia, chora, xinga Deus e o mundo etc. mas não comete a besteira de agredir outra pessoa, você agride apenas a você mesmo.

O nível 3 é quando esse apego mexe com você por certo tempo, ao ponto de você chegar no seu trabalho no dia seguinte comentando com os outros sobre a perda do seu time. Você leva uns 2 ou 3 dias pra estar novamente no seu centro, tranquilo e em paz.

O nível 2 é quando você assiste ao jogo compenetrado e sente intensamente todas as emoções durante o jogo. Seu time ganhando ou perdendo, você vibra durante todo o jogo e se seu time perde você fica um pouco triste e diz: “Poxa vida! Que pena que meu time perdeu… Eles precisam treinar mais pra que vençam o próximo jogo”. Daí essa conversa rende um bom papo com os amigos e logo você nem lembra mais que aconteceu o jogo.

Por fim, o nível 1 é quando você assiste ao jogo apenas como um hobby, um momento divertido de confraternização com os amigos ou com a família. Você fica feliz, tranquilo e sereno com qualquer resultado que for. O time ganhou, maravilha! O time perdeu, maravilha do mesmo jeito!

Fiquei refletindo sobre esses níveis de apego e claro, levei pra minha própria vida e fiz um flashback de tudo o que já vivi até hoje. Com meu processo de autoconhecimento, hoje eu posso afirmar que ao menos o nível 5 eu já consegui transpor. Até a minha adolescência eu era bastante competitivo, tinha uma sede em querer ser o melhor em qualquer coisa que fizesse e isso me levava a ser agressivo em diversas situações, principalmente nos esportes (no meu caso, o basquete! Hehehe).

Por vezes caio ao nível 4 ou 3 de apego em algumas coisas. Provavelmente o nível 2 é o que atualmente está mais presente em minha vida, pois eu sinto com intensidade as minhas experiências de um modo geral. Então se eu dissesse que não me abalo e que aceito tudo com 100% de naturalidade estaria mentindo.

Mas também posso dizer que em alguns momentos raros consigo atingir esse nível 1 de apego, e isso só é possível porque há anos que venho numa busca constante e sincera pelo autoconhecimento e por evoluir, transpondo os meus defeitos em virtudes.

Como comentei, ainda não li esse livro, mas tenho a impressão de que os níveis 1 e 2 estão dentro do que seria o melhor possível para nós seres humanos. Estar no nível 1 de apego em tudo é algo apenas para as pessoas que já evoluíram muito, muito mesmo, um percentual ínfimo! E considero o nível 2 saudável, pois nós somos um misto de zilhões de emoções e sentimentos!

Agora eu lhe pergunto: Como está o seu nível de apego? Você está disposto a se trabalhar para reduzir o seu apego para esses níveis menores?

Essas perguntas são simples e ao mesmo tempo profundas. Meu intuito com esse texto é apenas lhe instigar a pensar sobre isso, jamais trazer respostas prontas. E quem sabe também lhe incentivar a ler esse livro. Essa live que assisti me motivou bastante a querer ler esse livro, que certamente aprofunda bastante todos esses apegos.

Quero concluir compartilhando com você essa live que assisti com o Murilo Gun no canal “Paranormal Experience” no Youtube. Vale a pena reservar 3h do seu tempo para assistir às profundas reflexões levantadas por ele e pelos entrevistadores Guru e Alê…

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