Por Isaias Costa
Outro dia eu assisti a um documentário maravilhoso que conta a trajetória de sucessos e fracassos do maior jogador de basquete de todos os tempos. É claro que estou falando dele, MICHAEL JORDAN. O nome do documentário é “Mais leve que o ar”, e vou contar algumas ideias interessantes que pude absorver desse vídeo e de palavras proferidas por ele e por outras pessoas que tinham envolvimento direto com ele.
Michael Jeffrey Jordan nasceu em 17 de fevereiro de 1963 em Brooklyn, New York, USA. Era de uma família bem humilde e simples. Cresceu em uma atmosfera familiar de muito amor e companheirismo. Isso fez com que ele desenvolvesse um caráter e uma personalidade marcante e extremamente cativante. A sua presença mexia em todos os ambientes que adentrava. A sua humildade fez com que ele se tornasse muito mais do que o melhor jogador de basquete do mundo, fez com que se tornasse um mito, e seu nome será eternizado na história do basquete.
Acho muito interessantes as palavras do jogador da NBA Grant Hill contidas neste documentário: “O que ele faz é demais. É o maior jogador do mundo, acho. Se definissem jogador de basquete no dicionário, precisariam incluir uma foto de Michael Jordan”. Concordo plenamente com essas palavras. O nível técnico e profissional deste jogador são tão grandes, que mesmo quem nunca assistiu a uma única partida de basquete saberá ao olhar para as suas jogadas que ele é um jogador absolutamente diferenciado, sua forma de jogar encanta os olhos de qualquer pessoa.
É interessante destacar que ele sofreu grandes perdas e fracassos ao longo de sua carreira. É uma grande ilusão achar que este grande astro sempre teve o brilho e esplendor que mostram nos vídeos e filmes pelo mundo afora. Na época do colegial, ele foi cortado porque o seu treinador não o achava bom o suficiente para jogar no time. Você tem ideia do que é cortar um jogador como o Michael Jordan de um time? Essa noite ele teve muita dificuldade de dormir, chorou amargamente essa derrota e ficou profundamente triste. Mas o que foi que ele fez em seguida? Treinou absurdamente e no ano seguinte, dez centímetros mais alto, entrou para o time da escola e surpreendeu com o seu talento totalmente acima da média. Por causa do seu destaque nos esportes recebeu uma bolsa de estudos na Universidade da Carolina do Norte, onde se formou em Geografia Cultural.
Durante o seu período na Universidade seu nível foi só aumentando e ele foi se tornando o jogador mais conhecido da região. Em uma partida decisiva de fim de campeonato, no ano de 1982, ele fez a cesta da vitória e esta cesta fez nascer o novo astro na NBA, ele estava iniciando uma das carreiras esportivas mais incríveis da história. Foi nomeado para jogar pelo Chicago Bulls e se destacou desde o início, porém, ele era visto como um “talento individual”, o restante do time não acompanhava a sua performance, e por isso, seu time foi derrotado inúmeras vezes. Ele era o cestinha que não levava o time para a conquista do campeonato, muitas vezes o Chicago chegava no famoso “quase”, e esse “quase” deixava o Jordan irritadíssimo. Para ele só o que importava era a vitória absoluta, ser o melhor jogador e ganhar o campeonato.
Agora quero destacar as suas maiores virtudes: a humildade, a determinação, liderança e a ambição. Ele era extremamente humilde, não se achava melhor do que ninguém, treinava duro e levava os treinos com uma seriedade como se vê em pouquíssimos jogadores. Não se achava o melhor, mas dentro de quadra provava ser através de jogadas espetaculares.
A mais nobre de todas as virtudes
Para ele, tudo que importava era ganhar o campeonato. Desde sua entrada no Chicago Bulls em 1984 até 1991, seu time acumulou derrotas e mais derrotas. O título da NBA só foi conquistado em 1991, após sete anos de derrotas. A sua determinação por ser campeão e conquistar o título é incrível, extremamente inspiradora. Depois da primeira conquista do título, seu time o conquistou por mais dois anos seguidos, em 1992 e 1993.
A sua liderança era inquestionável. Seu desejo de vencer e dar o melhor de si contagiava a todos os jogadores do seu time. Ele não era apenas ouvido pelos seus amigos, ele era a maior referência de sucesso no basquete, todos se miravam nele e procuravam fazer o melhor possível para também se destacarem.
As grandes referências
Ser um líder
Sua ambição também era impressionante. Muitos pensam que ser ambicioso é ruim, o que discordo veementemente. O ruim é ser ganancioso, que é querer tudo para si. O Michael era ambicioso, ou seja, queria a conquista do título pelo esforço e dedicação pessoais e queria levar todos os seus amigos a fazer o mesmo, serem os melhores junto com ele, isso é ser ambicioso e foi justamente o que ele conseguiu, transformou o time do Chicago no time das estrelas da NBA enquanto estava presente. Se quiser ler mais sobre a diferença entre ambição e ganância, deixo o link de um texto que escrevi a respeito.
Outra fala deste documentário que é importante de ser comentada é a do escritor Jack MacCallum: “Só pude pensar em algo como o fenômeno dos Beatles. Nunca vi nada igual, mas vou dizer uma coisa sobre Jordan, que o torna o maior dos atletas que já vi e talvez venha a ver é que ele sempre foi superior à publicidade. Agora, ganhou mais publicidade, mas melhorou. Está sempre melhorando, cada vez mais e mais… não importa o que faça. Nunca vi nada igual…”. Aqui é interessante destacar a relação que existe entre a qualidade de um trabalho e a fama. É comum ver pessoas que, depois que conquistam a fama, nunca mais têm a mesma criatividade e desempenho pessoal que antes. Isso é muito perigoso, porque tem uma relação direta com a prepotência, autossuficiência e vaidade. Muitos que conquistam a fama se tornam prepotentes, autossuficientes e vaidosos, e isso destrói a criatividade e excelência profissional. Graças a Deus a fama nunca subiu à cabeça do grande Michael Jordan.
Ele encerrou sua carreira no auge, ainda muito bem fisicamente e tecnicamente. Mais o fez com muita sabedoria, pois ele sabia e ainda sabe que nenhum reinado é eterno. Seu esplendor no basquete tinha que ter um ponto final, e nada melhor do que este acontecer no auge da carreira. Veja só algumas palavras ditas pelo próprio Jordan: “Escolhi sair de cena sabendo que ainda jogo bem. E sempre quis que minha carreira terminasse assim. Quis que ela realmente terminasse assim”. Eu também penso como ele, não há nada melhor do que você sempre ser lembrado como alguém que deu o melhor de si e fez uma revolução com aquilo que faz de melhor. O Jordan sempre será lembrado como um astro do basquete mundial, e esta sua decisão foi muito importante nesse processo.
Quero concluir deixando uma frase do Jordan maravilhosa e inspiradora: “Errei mais de 9000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais de partidas fui encarregado de jogar a bola que venceria o jogo… e falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso”. Faça como o Jordan! Use os seus fracassos como alavancas para a conquista do seu sucesso!
O fracasso como uma alavanca
E para você conhecer mais e se encantar com as jogadas espetaculares deste grande astro, deixo o link do documentário completo chamado “Mais leve que o ar” e um vídeo curtinho contando as suas conquistas como jogador de basquete…
NOTA: Infelizmente, o documentário em inglês com legendas foi retirado do ar, então substitui o vídeo original por outro totalmente legendado! Peço desculpas por essa mudança! (Texto reeditado em 17.02.16)
- Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]