Arquivo do mês: dezembro 2015

O que é ser generoso?

Por Isaias Costa

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Outro dia eu li um artigo muito interessante falando sobre a GENEROSIDADE, do escritor Maurício Duarte e decidi fazer uma breve reflexão a partir de pequenos recortes dele.

Afinal de contas, o que é ser generoso? Achei interessante a concepção da diretora artística Renata Quintella que diz o seguinte:

“Generosidade é o maior sentimento que existe. Porque nele moram a gratidão, o amor, o respeito, a alegria e a esperança. É compartilhar o que você tem, na certeza de que nada lhe faltará. Ser generoso é ser conectado com a sua alma. Ser gentil pode ser momentâneo, pode ser um tipo de simpatia. Toda pessoa generosa é gentil, mas nem toda pessoa gentil é generosa”.

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Não tenha dúvidas nem demais nem de menos

Por Isaias Costa

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Eu tenho buscado cada vez mais atingir o equilíbrio nas coisas que faço, o que é um exercício bastante exigente e requer a busca constante e incessante pelo autoconhecimento.

Estava refletindo sobre a DÚVIDA e quero compartilhar com você uma visão bem interessante sobre o CAMINHO DO MEIO, ou seja, o ideal é que não tenhamos dúvidas nem demais e nem de menos. Vou explicar.

Se você foi uma pessoa que tem dúvidas demais, vai acabar sendo excluída do convívio com as pessoas, vai acontecer com você aquela palavra esquisita que quase ninguém sabe o significado, ostracismo.

Uma pessoa que duvida de tudo é alguém que não tem muita segurança. A dúvida até certo ponto é boa, denota sabedoria e discernimento, porém, quando ela se torna exagerada leva a pessoa a ficar travada e não fazer nada com consistência, entende?

Como é que eu posso fazer um bom trabalho, seja ele em que área for, se for tomado por uma dúvida imensa? Não vai funcionar, concorda? Eu vou ficar pensando no futuro: “E se?”, “Será?”… ou no passado: “Alguém já fez isso antes?”, “Eu me preparei bem para isso?”, “Tenho conhecimento suficiente?”…

A dúvida na medida certa faz você pensar no leque de possibilidades que tem e acabar escolhendo aquilo que será melhor, que dará menos trabalho e que beneficiará o maior número de pessoas. Esse é o ponto ideal, o ponto de equilíbrio, o caminho do meio, que só se atinge com bastante determinação…

O outro extremo são as pessoas que praticamente não duvidam de nada. Essas são aquelas pessoas cheias de certezas, com suas verdades absolutas. Quem me lê frequentemente já deve ter percebido que sou bem diferente disso. Uma das minhas maiores referências é o grande Raul Seixas: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo…”.

As pessoas que não tem dúvida de nada são as chamadas TEIMOSAS. Você conhece alguém assim? Eu conheço muitas! A teimosia só leva a pessoa a ter desgastes nos relacionamentos, a perder oportunidades de emprego, a não ser vista pelas pessoas como alguém confiável, a ter uma saúde física comprometida etc. Enfim, a teimosia é uma coisa séria e que precisa ser muito bem analisada e trabalhada para que a pessoa tenha mais equilíbrio na vida.

E você? Como está nessa balança? Está no grupo dos indecisos, que ficam adiando tudo para amanhã? Está no grupo dos teimosos, que acham que já sabem de tudo e fazem tudo da melhor maneira possível? Ou está buscando a sabedoria, para ficar no caminho do meio?

Eu estou buscando o caminho do meio e esse pequeno texto é apenas para lhe instigar a buscar isso também!

Boas reflexões…

* Sugestão de leitura

A arte da dúvida

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O menino Jesus está nas ruas

Por Isaias Costa

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A minha mensagem de Natal esse ano será diferente. Compartilho abaixo uma crônica muito emocionante e reflexiva do mestre Rubem Alves que “cai como uma luva” nesse tempo em que se celebra o nascimento do menino Jesus, que veio a esse planeta com uma missão divina de nos mostrar que a verdade pode nos libertar.

Leia com bastante atenção e procure desenvolver essa sensibilidade para ver o menino Jesus nos olhos de todas as crianças e de todas as pessoas que surgirem na sua vida.

Feliz Natal para todos…

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“Que vontade de chorar” – Por Rubem Alves

Era uma manhã fresca e transparente de primavera. Parei o carro na luz vermelha do semáforo. Olhei para o lado – e lá estava ela, menina, dez anos, não mais. O seu rosto era redondo, corado e sorria para mim. “O senhor compra um pacotinho de balas de goma? Faz tempo que o senhor não compra…” Sorri para ela, dei-lhe uma nota de um real e ela me deu o pacotinho de balas. Ela ficou feliz. Aí a luz ficou verde e eu acelerei o carro, não queria que ela percebesse que meus olhos tinham ficado repentinamente úmidos.

Quando eu era menino, lá na roça, havia uma mata fechada. Os grandes, malvados, para me fazer sofrer, diziam que na mata morava um menino como eu. “Quer ver?”, eles perguntavam. E gritavam: “Ô menino!” E da mata vinha uma voz: “Ô menino!” Eu não sabia que era um eco. E acreditava. Nas noites frias, na cama, eu sofria, pensando no menino, sozinho, na mata escura. Onde estaria dormindo? Teria cobertores? Os seus pais, onde estariam? Será que eles o haviam abandonado? É possível que os pais abandonem os filhos?

Sim, é possível. João e Maria, abandonados sozinhos na floresta. Os seus pais os deixaram lá para serem devorados pelas feras. Diz a estória que eles fizeram isso porque já não tinham mais comida para eles mesmos. Será que os pais, por não terem o que comer, abandonam os filhos? Será por isso que as crianças são vistas freqüentemente na floresta vendendo balas de goma? Será que havia balas de goma na cesta que Chapeuzinho Vermelho levava para a avó? Será que a mãe de Chapeuzinho queria que ela fosse devorada pelo lobo? Essa é a única explicação para o fato de que ela, mãe, enviou a menina sozinha numa floresta onde um lobo estava à espera.

Num dos contos de Andersen uma menininha vendia fósforos de noite na rua (se fosse aqui estaria num semáforo), enquanto a neve caía. Mas ninguém comprava. Ninguém estava precisando de fósforos. Por que uma menininha estaria vendendo fósforos numa noite fria? Não deveria estar em casa, com os pais? Talvez não tivesse pais. Fico a pensar nas razões que teriam levado Andersen a escolher caixas de fósforos como a coisa que a menininha estava a vender, sem que ninguém comprasse. Acho que é porque uma caixa de fósforos simboliza calor. Dentro de uma caixa de fósforos estão, sob a forma de sonhos, um fogão aceso, uma panela de sopa, um quarto aquecido… Ao pedir que lhe comprassem uma caixa de fósforos numa noite fria a menininha estava pedindo que lhe dessem um lar aquecido. Lar é um lugar quente. Pois, se você não sabe, consulte o Aurélio. E ele vai lhe dizer que o primeiro sentido de “lar” é “o lugar da cozinha onde se acende o fogo.” De manhã a menininha estava morta na neve, com a caixa de fósforos na mão. Fria. Não encontrou um lar.

Um supermercado é uma celebração de abundância. No estacionamento as famílias enchem os porta-malas dos seus carros com coisas boas de se comer. “Graças a Deus!”, eles dizem. Do lado de fora, os famintos, que os guardas não deixam entrar. Se entrassem no estacionamento a celebração seria perturbada. “Dona, me dá uns trocados?” O menino estava do lado de fora. Rosto encostado na grade, o braço esticado para dentro do espaço proibido, na direção da mulher. A mulher tirou um real da bolsa e lhe deu. Mas esse gesto não a tranqüilizou. Queria saber um pouco mais sobre o menino. Puxou prosa. “Para que você quer o dinheiro?” perguntou. “Prá voltar prá onde eu durmo.” “E onde é a sua casa?” “Não vou voltar prá casa. Eu não moro em casa. Eu durmo na rua. Fugi da minha casa por causa do meu pai…”

Em muitas estórias o pai é pintado como um gigante horrendo que devora as crianças. Na estória do “João e o pé de feijão” ele é um ogro que mora longe, muito alto, nas nuvens, onde goza sozinho os prazeres da galinha dos ovos de ouro e da harpa encantada. Mãe e filho, lá embaixo, morrem de fome. Por vezes as crianças estão mais abandonadas com os pais que longe deles. Como aconteceu com a Gata Borralheira. Seu lar estava longe da mãe-madrasta e das irmãs: como uma gata, o borralho do fogão era o único lugar onde encontrava calor.

E comecei a pensar nas crianças que, para comer, fazem ponto nos semáforos, vendendo balas de goma, chocolate bis, biju. Ou distribuindo folhetos… Ah! Os inúteis folhetos que ninguém lê e ninguém quer e que serão amassados e jogados fora. O impulso é fechar o vidro e olhar para a criança com olhar indiferente – como se ela não existisse. Mas eu não agüento. Imagino o sofrimento da criança. Abro o vidro, recebo o papel, agradeço e ainda pergunto o nome. Depois, discretamente, amasso o papel e ponho no lixinho…

E há também os adolescentes que querem limpar o pára-brisa do carro por uma moeda. Já sou amigo da “turma” que trabalha no cruzamento da avenida Brasil com a avenida Orozimbo Maia. Um deles, o Pelé, tem inteligência e humor para ser um “relações públicas”…

Lembro-me de um menino que encontrei no aeroporto de Guarapuava. No seu rosto, mistura de timidez e esperança. “O senhor compra um salgadinho para me ajudar?” Ficamos amigos e depois descobrimos que a mulher para quem ele vendia os salgadinhos o enganava na hora do pagamento…

Um outro, no aeroporto de Viracopos, era engraxate. O pai sofrera um acidente e não podia trabalhar. Tinha de ganhar R$ 20.00. Mas só podia trabalhar enquanto o engraxate adulto, de cadeira cativa, não chegava. Tinha, portanto, de trabalhar rápido. Tivemos um longa conversa sobre a vida que me deixou encantado com o seu caráter e inteligência – ao ponto de ele delicadamente me repreender por um juízo descuidado que emiti, pelo que me desculpei.

E me lembrei das meninas e meninos ainda mais abandonados que nada têm para vender e que, à noitinha, nos semáforos (onde serão suas casas?), pedem uma moedinha…

Houve uma autoridade que determinou que as crianças fossem retiradas da rua e devolvidas aos seus lares. Ela não sabia que, se as crianças estão nas ruas, é porque as ruas são o seu lar. Nos semáforos, de vez em quando, elas encontram olhares amigos.

Os especialistas no assunto já me disseram que não se deve ajudar pessoas nos semáforos, pois isso é incentivar a malandragem e a mendicância. Mas me diga: o que vou dizer àquela criança que me olha e pede: “Compre, por favor…”? Vou lhe dizer que já contribuo para uma instituição legalmente credenciada? Me diga: o que é que eu faço com o olhar dela?

Minhas divagações me fizeram voltar ao Irmãos Karamazóvi, de Dostoiévski. Um dos seus trechos mais pungentes é uma descrição que faz Ivan, ateu, a seu irmão Alioscha, monge, da crueldade de um pai e uma mãe para com a sua filhinha. “Espancavam-na, chicoteavam-na, espisoteavam-na, sem mesmo saber por que o faziam. O pobre corpinho vivia coberto de equimoses. Chegaram depois aos requintes supremos: durante um frio glacial, encerraram-na a noite inteira na privada sob o pretexto de que a pequena não pedia para se levantar à noite (como se um criança de cinco anos, dormindo o seu sono de anjo, pudesse sempre pedir a tempo para sair!). Como castigo, maculavam-lhe o rosto com os próprios excrementos e a obrigavam a comê-los. E era a mãe que fazia isso – a mãe! Imagina essa criaturinha, incapaz de compreender o que lhe acontecia, e que no frio, na escuridão e no mau cheiro, bate com os punhos minúsculos no peito, e chora lágrimas de sangue, inocentes e mansas, pedindo a ‘Deus que a acuda’. Todo o universo do conhecimento não vale o pranto dessa criança suplicando a ajuda de Deus.”

Num parágrafo mais tranqüilo o starets Zossima medita “Passas por uma criancinha: passas irritado, com más palavras na boca, a alma cheia de cólera; talvez tu próprio não avistasses aquela criança; mas ela te viu, e quem sabe se tua imagem ímpia e feia não se gravou no seu coração indefeso! Talvez o ignores, mas quem sabe se já disseminaste na sua alminha uma semente má que germinará! Meus amigos: pedi a Deus alegria! Sede alegres com as crianças, como os pássaros do céu.”

Quando essas imagens começaram a aparecer na minha imaginação comecei a ouvir (essas músicas que ficam tocando, tocando, na cabeça…) sem que a tivesse chamado aquela canção “Gente humilde”, letra do Vinícius, música do Chico. “Tem certos dias em que eu penso em minha gente e sinto assim todo o meu peito se apertar…” Pelo meio o Vinícius conta da sua comoção ao ver “as casas simples com cadeiras nas calçadas e na fachada escrito em cima que é um lar”. Termina, então, dizendo: “E aí me dá uma tristeza no meu peito feito um despeito de eu não ter como lutar. E eu que não creio peço a Deus por minha gente. É gente humilde. Que vontade de chorar.”

Se fosse hoje o Vinícius não teria vontade de chorar. Ele riria de felicidade ao ver as cadeiras nas calçadas e as fachadas escrito em cima que é um lar… Vontade de chorar ele teria vendo essa multidão de crianças abandonadas, entregues ou à indiferença ou à maldade dos adultos: “E aí me dá uma tristeza no meu peito feito um despeito de eu não saber como lutar…” Só me restam meu inútil sorriso, minhas inúteis palavras, meu inútil Real por um pacotinho de balas de goma…

Link: “Que vontade de chorar” – Portal Raízes

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O que o Raul Seixas pensaria das músicas atuais?

Por Isaias Costa

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Eu já me fiz a pergunta que intitula esse texto inúmeras vezes e acredito realmente que esse texto pode se aproximar da resposta que o próprio Raul daria se estivesse vivo hoje.

O que sempre me levou a questionar isso é a qualidade das músicas que são comercializadas e espalhadas pelas grandes mídias.

Não precisa ser nenhum “expert” em música para saber que houve de fato uma decadência impressionante na profundidade das letras, das melodias e arranjos e diversos outros fatores.

Gosto até de lembrar as sábias palavras do grande Ariano Suassuna que escrachou a banda “Calypso” em uma aula que ele deu e existe disponível no youtube para assistir.

O Suassuna se mostra preocupado de a banda “Calypso” ter sido a “banda do ano” e o guitarrista “Chimbinha” ter recebido o mega elogio de “guitarrista genial”. Dá vontade até de rir não é mesmo? “Chimbinha”!

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Nunca confunda autoestima com autoritarismo

Por Isaias Costa

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Vou falar nesse texto sobre um tema bem instigante, a AUTOESTIMA, levando para uma distorção de comportamento que acontece demais, que é o AUTORITARISMO, comumente confundido com a autoestima.

Existem pessoas que tem um pensamento mais ou menos assim:

– Não sei por que eu tenho tanta dificuldade de conseguir um namorado! Todos dizem que é preciso ter autoestima, e eu tenho, oras. Digo tudo “na lata” e falo que as coisas tem que ser do meu jeito, se não for do meu jeito, não aceito…

Esse discurso parece familiar? Pois é! Isso não é autoestima coisa nenhuma, o nome disso é AUTORITARISMO, e se tratando da relação da mulher para com o homem, sendo mais específico, quase sempre os espanta para milhares de quilômetros de distância.

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Será que realmente existem “crianças-problemas”?

Por Isaias Costa

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Tenho estudado com afinco a mente humana e o desenvolvimento das neuroses desde a infância até a vida adulta e uma reflexão importante que me veio, ao ler as palavras do grande Psicanalista Erick Fromm, foi a seguinte:

Será que realmente existem “crianças-problemas”?

Nos seus escritos, ele disse assim: “Porque poucos pais têm a coragem e a independência suficientes para pensar mais na felicidade de seus filhos do que no “sucesso” deles. Não há, realmente, crianças-problemas, mas apenas pais-problemas e humanidade-problema.”

Suas palavras tocam fundo o cerne da área Psicanalítica, que é o estudo do inconsciente e da infância.

Se pararmos para observar, toda e qualquer criança que desenvolve transtornos, sempre existe por trás pais transtornados e também uma família transtornada. E acontece o tempo todo o que o nosso amigo Freud chamava de transferência, ou seja, os comportamentos, atitudes e padrões mentais dos pais e familiares são passados para o filho e este acaba se tornando a tão conhecida “criança-problema”. Será mesmo que o problema está nela?

Os pais precisam aprender que a criança precisa de atenção, de afeto, de compreensão etc. Sem esses ingredientes e muitos outros, a probabilidade de esta criança desenvolver neuroses é muito grande.

Principalmente nos dias de hoje, os pais andam muito estressados, amargurados, infelizes no trabalho, infelizes no casamento… e acabam transferindo todos esses conflitos e problemas mal resolvidos para os seus filhos.

O resultado é que as crianças começam a desenvolver neuroses que não se originaram delas, entende? Mas dos desequilíbrios dos pais ou dos responsáveis mais próximos.

As escolas hoje estão com um problema terrível de serem praticamente um “depósito de crianças”. Desculpe o termo pesado que utilizei, mas é por aí mesmo. Os pais trabalham o dia todo e não buscam ter tempo para cuidar bem dos seus filhos, dando amor, carinho, atenção, afago etc.

Nessa hora, lembro as palavras que constantemente o filósofo Mario Sergio Cortella fala em suas palestras e entrevistas. “O tempo é sempre uma questão de prioridade. Quando eu digo que não tenho tempo para algo é porque esse algo não é prioridade para mim”.

Veja só que pensamento forte e profundo! Os pais que se abstém de uma boa educação para os seus filhos por falta de tempo estão na realidade dizendo a si mesmos e à sociedade que seus filhos não são prioridade.

O grande problema é que essa inconsciência gera desequilíbrios terríveis nestas crianças e esses problemas acabam refletindo no sistema educacional das escolas.

Como também o Cortella costuma dizer: “Não podemos confundir escolarização com educação. A escola escolariza, os pais educam”.

Ou seja, muitos pais estão esperando que o papel que é deles seja feito pelas escolas, o que é absolutamente errado. Os professores são pagos para ensinar seus conteúdos, não para serem babás, psicólogos, pais e mães dos alunos.

É preciso haver uma mudança no nível de consciência das pessoas e da sociedade, porque é aqui que se encontra o verdadeiro problema, como bem disse o Erick Fromm.

Melhorando os pais e melhorando a sociedade, logicamente melhorarão também as crianças.

Para finalizar essa reflexão que certamente tem muitos pontos ainda que precisam ser aprofundados para novas reflexões, compartilho outra frase que o Cortella pronuncia e lembro todos os dias. Reflita com carinho sobre ela…

“Todo mundo pensa em deixar um planeta melhor para nossos filhos… Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”

Autor desconhecido

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A dor tem um aspecto didático

Por Isaias Costa

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Eu sempre fico encantado e pensativo com as sábias palavras do nosso “poeta das ruas” Eduardo Marinho. Outro dia assisti a um vídeo incrível dele, no qual ele falava sobre diversas coisas, mas fiz questão de transcrever um trecho para refletirmos juntos aqui. Vamos lá?

*****************

“Não existe um começo, existe um ponto em que você toma consciência que ele acontece. A gente está aprendendo o tempo todo. Quando você toma consciência disso, você ganha responsabilidade, que pode lhe dar mais ritmo.

Você ganha responsabilidade, ganha poder de decisão, ganha poder de escolha. Porque antes de tomar consciência você não tem poder de escolha. Você vai caindo e levantando na vida e vai aprendendo.

Quando você percebe que é um processo de aprendizagem, primeiro a dor perde o aspecto dramático e ganha aspecto didático.

Você para de fazer drama e começa a buscar que ensinamento tem o sofrimento? Por que isso está acontecendo comigo? O que eu deixei de ver que podia ter evitado? Como eu poderia ter enxergado que isso iria acontecer?

Se você pesquisar com profundidade, humildade e sinceridade dentro de você mesmo, você vai perceber onde foi que você falhou e vai ter a oportunidade de corrigir esta falha.

A vida não terminou no buraco. Você vai continuar a vida e mais na frente o que você aprendeu ali vai ser útil.”

Eduado Marinho

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Estas são palavras simples e profundas de um cara que aprendeu muito com as lições que a vida trouxe. Eu admiro demais o testemunho de vida do Eduardo Marinho, porque ele foi extremamente corajoso de romper de uma forma radical com as estruturas escravizantes desse sistema no qual estamos inseridos.

Assim como ele, eu também reafirmo que nada ensina mais do que a própria vida. De nada adianta se tornar um mega intelectual, colecionar títulos e mais títulos e não conseguir olhar o irmão que está sofrendo e estender a mão para ele.

Isso é o amor tão bem ensinado pelo mestre Jesus e tantos outros mestres.

Quero dar um destaque maior ao que ele fala sobre o aspecto didático do sofrimento. A maior parte das pessoas infelizmente não aprende a retirar a grande lição contida no sofrimento. Ele sempre vem para nos ajudar a evoluir e se aperfeiçoar. SEMPRE.

Porém, em vez de se questionar, a maior parte das pessoas busca o chamado “bode expiatório”, querem colocar a culpa por seus erros e falhas em alguém. Já pensou? Tem até mesmo alguns infelizes que colocam a culpa em Deus? Dizem assim: “Isso foi desígnio de Deus…”. Foi mesmo? Será que foi? Em minha opinião isso foi desígnio da ignorância, simples assim!

Espero que você me entenda bem. Não há problema nenhum em errar. Repito! Não há problema nenhum!

Os erros fazem parte da nossa vida e jornada nesse planeta. O mais importante é saber retirar as lições dos erros para não mais cometê-los de novo. Só isso! Nós precisamos retirar na nossa mente e do nosso coração aquela influência extremamente religiosa de que existem erros sem perdão, pecados mortais que levam para o inferno. Chega! Isso é manifestação clara do nosso EGO querendo controlar tudo!

Preste atenção nessas palavras. Se existe uma palavra extremamente terapêutica e transformadora é o ARREPENDIMENTO.

O arrependimento tem origem no grego e significa: mudança de direção e mudança de mente.

Ou seja, se eu, de coração aberto, com profundidade, humildade e sinceridade, como diria o meu amigo Eduardo Marinho, busco me arrepender de algo, eu mudo de mentalidade, eu evoluo, eu me torno uma pessoa melhor, entende?

E nessa hora, acaba o sentimento de CULPA. Um coração que não sente culpa é um coração livre e pacificado.

A culpa vem do EGO e do SUPEREGO principalmente, mas o coração está ligado aos nossos instintos e intuições, que são o ID, tão longamente trabalhados pelo pai da Psicanálise Sigmund Freud.

Lembre-se sempre: PROFUNDIDADE, HUMILDADE e SINCERIDADE.

Com esses três nobres sentimentos junto de você, crescendo em cada experiência vivida. Garanto a você que tudo aquilo que antes era drama se transformará em aprendizado, em escola, em crescimento, em amadurecimento, em aperfeiçoamento, em superação…

Eu acredito em você…

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Sou o cientista que faz a granada que o soldado lança para explodir tudo

Por Isaias Costa

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Outro dia eu li uma frase genial atribuída ao mestre Raul Seixas e que me fez refletir bastante sobre o nosso processo de DESPERTAR espiritual.

O Raul sempre dizia para todo mundo que era um ator que se disfarçava de músico e todos acreditavam. O sonho dele era ser escritor, mas sendo algo pouco valorizado no país, optou pela música, pois sabia que através dela poderia transmitir as mesmas ideias de uma maneira fácil e acessível.

A frase que li foi a que ele utilizou na descrição do disco “Novo Aeon”.

“Este álbum é todo em cima do Livro da Lei, que Aleister Crowley recebeu, ditado por um ser do Novo Aeon. Mas não é… apostólico. São simplesmente coisas que eu descobri e digo, porque tenho esses meios de dizer, porque meu trabalho é dizer, sacar, dizer. Sou o cientista que faz a granada que o soldado lança para explodir tudo. Não levei Aleister Crowley totalmente a sério, não. Aliás, eu acho que é isso que ele queria. Tirei coisas dele para mim, aproveitei.”

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O oposto da coragem é a conformidade

Por Isaias Costa

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Nós vivemos dentro de uma sociedade quase totalmente massificada, na qual a grande maioria das pessoas busca seguir caminhos convencionais, não ousam, não acreditam no potencial criador incrível que têm. Quero nesse pequeno texto lhe levar a refletir junto comigo a partir de uma frase genial que li outro dia…

“O oposto da coragem não é a covardia, é a conformidade. Até um peixe morto consegue seguir junto com o fluxo.”

Jim Hightower

Essa frase é uma tapa na cara pra muita gente. Ela está falando sobre a MEDIOCRIDADE. A maior parte das pessoas se conforma em viver uma vida muito distante das suas essências, sem desenvolver todos os potenciais que ficam adormecidos a vida inteira.

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É preciso se tornar um rebelde

Por Isaias Costa

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Inspirado nos grandes mestres como Jesus Cristo, Buda, Osho, Lao Tsé, Confúcio, Krishnamurti, Yogananda e tantos outros, que foram verdadeiros REBELDES. Estou procurando cada vez mais colocar em prática na vida os seus ensinamentos tão profundos e transformadores.

Recentemente li um artigo incrível do místico, mestre e terapeuta Otávio Leal que fala sobre a importância de se tornar um rebelde. Nesse mundo tão doente no qual vivemos, só mesmo sendo um rebelde para não ser apenas “mais um na multidão”, massificado e normatizado.

Leia com bastante atenção e busque também se tornar um rebelde! O mundo inteiro vai agradecer por essa mudança…

***********

   “O rebelde assemelha-se a um pássaro voando no céu; que caminho ele segue? Não existem estradas no céu, não existem pegadas de Pássaros Ancestrais, de pássaros notáveis. Nenhum pássaro deixa qualquer pegada no céu, portanto, o céu esta sempre aberto. Você voa e faz seu caminho” assim o rebelde também faz seu caminho sem se preocupar em contagiar todo o mundo e sim contagiando a si próprio. Você é do mundo. Se torne uma chama de rebeldia, pois essa chama de rebelião pode contagiar as pessoas que querem ser felizes.”

   Osho

   Pense: “Nossa Sociedade” não encontrou a fórmula da felicidade e muito menos de como devemos funcionar direito. Os ratos funcionam, os gatos, o sol, a lua, os cupins funcionam – tudo funciona, menos a “Sociedade”. Os tigres, as formigas, as amebas, tudo funciona no universo menos a “sociedade” e suas regras reacionárias, retrógradas e autoritárias. O rebelde não permite nenhuma atitude autoritária em sua vida. Minha sugestão a fim de talvez funcionarmos direito seja despertar o rebelde de dentro de nós. Ser um absoluto rebelde dos valores dos pseudos dirigentes.

   O rebelde pode ser realizado por qualquer um na hora que quiser. Ele está aí dentro de ti pronto para ser despertado. Sua alma é rebelde. É livre. Para voltar a encontrar essa felicidade natural é necessário apenas rever os valores absurdos que a “Sociedade”, junto com algumas crenças religiosas, os retrógrados em geral, os políticos, os criadores de leis anti éticas e estúpidas nos induziram a aceitar. A rebeldia é uma porta para transformar tudo isso.

   “Rebeldes não são apenas revolucionários – podem ser você, eu, o vizinho da casa ao lado – qualquer um que tenha dentro de si a imperiosa necessidade de impor sua marca fazendo as coisas de maneira diferente da normal. Os rebeldes não toleram ser comuns. São quase sempre incapazes de trabalhar dentro das formas e estruturas estabelecidas! Valorizam suas próprias necessidades pessoais e profissionais, independentemente do tempo, lugar ou situação em que estão. Os rebeldes também honram e respeitam os limites e determinações dos outros, assumem as responsabilidades pelas ações tomadas, e reivindicam a liderança de forma a fortalecer as pessoas, em vez de diminuí-las.
O rebelde se identifica em demasia com o ser independente e auto- suficiente. Atrás de todo rebelde existe uma necessidade de espaço. O medo subjacente do rebelde é o medo de sentir-se limitado, restrito ou preso.”

   O rebelde vive plenamente o presente e tem como valores principais: A Paixão, O Tesão, A Liberdade Absoluta, A Criatividade, O Prazer de se Integrar a Natureza, A Juventude de Alma, O Desapego, O Ser Útil ao Próximo.
Angeles Arrien

   O rebelde é sua própria luz, ouve a voz do coração e não deixa entrar em seus ouvidos pregações. Hoje o mundo tem tantos pregadores e está cada vez pior. O rebelde aceita sua própria natureza – tem confiança em si mesmo – e não em crenças e dogmas do passado. O rebelde renuncia ao passado, renuncia a sociedade vivendo dentro dela – lutando, tendo ideias, criando comunidades – ele não é um escapista e sim alguém que vive no mundo sem pertencer a ele.

   O rebelde não é um robô que não pensa, ele não segue a massa, ele tem e busca sempre mais sua consciência e iluminação – ele não fica imitando ninguém e sua vida emerge do seu próprio interior. Ele tem as suas raízes na terra e os seus ramos no céu, ele não está preso a nenhuma filosofia teologia ou ideologia ele está em contato com sua própria Luz e livre de tudo que existe de podre.

   O rebelde é auto- suficiente, não é seguidor de nenhuma crença, portanto, não coloca a culpa de possíveis fracassos pessoais num mestre, guru ou messias.

   O rebelde não imita ninguém – ele escolhe um modo de vida pulsante – com responsabilidade, mas com tesão e liberdade.

   O rebelde não é o “Zé Ninguém” que fica preso a uma carreira que odeia, a uma família que o castra a relacionamentos afetivos cheios de ciúmes, posseção, autoritarismo e sem amor, a supostas “Seguranças Sociais”. O “Zé Ninguém” não morre de fome, morre de Tédio – morre como dizia Raul Seixas: Com a boca escancarada e cheia de dentes sentado num apartamento esperando a morte chegar… ou como aponta pearls: será que é preciso morrer de fome para não morrer de tédio?

   A última lição ao rebelde é que se entenda que tudo em nossa vida é transitório, menos a morte, portanto não tenha medo de ser feliz, de ser você, de ser total é fazer tudo aquilo que é capaz – jogue o lixo de sua vida no lixo e aproveite o que te deixa feliz.

   Não adie, o amanhã é uma miragem.

Link: Rebeldia – uma opção para a felicidade

 

 

 

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