Arquivo do mês: agosto 2013

Seja um milagre

Por Isaias Costa

Eu acredito em milagre e quero compartilhar um belíssimo texto de autoria do escritor, jornalista e radialista Flávio Siqueira que fala sobre isso. A cada dia, mais eu percebo o quanto essas palavras são verdadeiras. Precisamos entender que milagre não é fazer algo sobre-humano, mas viver a vida com plenitude, alegria e dando o melhor de si mesmo.

Também deixo ao final a cena mais bonita e cheia de ensinamentos do filme “O todo poderoso“. “Você quer um milagre? Seja o milagre…“.

deus-todo-poderoso

Eu acredito em milagre. Aliás, os vejo todos os dias, o tempo todo.

Quando saio da cama e olho pela janela, tudo escuro, o som dos pássaros que acordam, a brisa gelada da manhã.

Só o milagre explica a sensação de fechar os olhos e sentir o mundo inteiro pulsando dentro de mim, o universo que vive em minha mente, as possibilidades e variações que existem em cada movimento.

Eu acredito em milagre.

Quando vejo meu filho crescendo, quando sinto amor e vontade de ser alguém melhor, quando enxergo meus limites e tento superá-los na minha eterna luta por ser mais do que a média convenciona que é bom.

Acredito no milagre contínuo, presente, natural, que está no que chamo de simples e, talvez por isso, nem sempre enxergo.

O milagre mora em mim. Sou um milagre quando vejo, sinto, me movimento, falo. Quando, falho, finito, boneco de carne que sou, me deparo com uma chama que me transcende, não se prende ao tempo ou ao espaço e que mora dentro de mim, dizendo o tempo todo que sou mais do que um esqueleto que sustenta um monte de órgãos, carne e sangue.

Milagre não é o espetáculo. Sagrado não é o que a gente determina.

O milagre está em mim, está em nós, sempre, cedinho, nos primeiros movimentos da manhã e no ultimo suspiro do anoitecer, continuamente e a gente nem vê.

O milagre é natural e irrestrito. O Sagrado está em todo o lugar.

Acredito no milagre da vida, esse breve lapso de existência que caminha para o apodrecimento do corpo, mas que não me cessa, não me prende, nem me convence que um dia terminará. Só o milagre explica o jeito que, apesar dos pesares, sou remetido dia e noite para um lugar onde não caibo, mas que estranhamente cabe dentro de mim.

Hoje sei que não há sequer um momento em que a vida deixa se movimentar, criando um fluxo que me traz de volta a mim mesmo. Como o corpo que se cura depois de um corte, a natureza que renasce depois do incêndio, o fluxo natural é sempre ao encontro de nossa essência, na regeneração de nossa consciência.

Quanto a mim, apenas enxergo. Esse é meu único papel : Abrir os olhos, desintoxicar os sentidos, alimentando a percepção que me traz de volta para casa, lembrando dia e noite que o milagre está em mim, que o milagre sou eu.

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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O mundo precisa de loucos

Por Isaias Costa

O que seria do mundo sem um louco como esse?

O que seria do mundo sem um louco como esse?

Recentemente li uma poesia fantástica que me fez refletir sobre a loucura. Será que a loucura é uma coisa ruim? Ou será que é o que mais está fazendo falta no nosso mundo? Não estou falando daquela loucura de hospitais psiquiátricos, estou falando daquela loucura boa, que nos faz sermos ousados e buscarmos caminhos diferentes e originais. Cada vez mais eu me dou conta que as pessoas que são consideradas loucas são as que mais contribuem para a melhoria do mundo. Exatamente! É como eu intitulei esse post. O mundo precisa de loucos. As pessoas estão se tornando o que luto todos os dias para não me tornar, PREVISÍVEIS. Você olha para alguém e já sabe tudo que ela vai fazer e muitas vezes até o que vai dizer. Isso é horrível e destruidor. E uma das primeiras coisas que destrói é a CRIATIVIDADE. Perceba! Não tem como uma pessoa previsível ser criativa, porque ela faz o que todo mundo faz, não inova, não foge às regras, não dá uma pitada de ousadia e não vive o valor da descoberta. Já os imprevisíveis não. Estes quase sempre são criativos, estão sempre com o cérebro fervilhando de ideias, estão sempre tomando atitudes mais ousadas e logicamente, agregando valor à vida das pessoas. Vamos ser loucos e fazer desabrochar em nós essa criatividade tão necessária.

Enfim! Vamos à poesia, da autoria de Avany Morais.

Loucos

Falar de loucos é falar de sábios!
Posto que, loucos veem além da visão…
Sentem nos lábios a essência da vida
E discordam, sem pedir permissão.

Loucos… Precisamos destes loucos
Para virar a mesa, jogar o jogo bruto,
Mudar o mundo, as regras, não aos poucos,
Mas mudar abruptamente, num espaço curto.

No caos que se encontra nosso País no momento,
Atravessando duramente tanto descontentamento,
Para mudar, hoje, ser louco é a única solução.
Somente um louco, poderia revolucionar a nação.

Um louco que sonhando seja capaz de o mundo mudar…
Que vivendo seja na terra, no ar ou no mar, ouse…
Crie, invente, faça seu pensamento ecoar, vibrar…
Sem medos, sem tabus, um louco essencial capaz de amar.

******

Você percebe a maravilha que acabou de ler? Os loucos são os sábios. São aqueles que revolucionam o mundo, que fazem o mundo sair da mesmice e do marasmo. Sem os loucos, o mundo não teria graça nenhuma, nem graça de riso, nem graça de bênçãos. Eu amo os loucos, tenho uma admiração sem palavras por eles. Eu quero ser louco, quero lhe convidar hoje a também fazer parte desse grupo seleto e que também queira se orgulhar de sê-lo.

Tem uma frase de um cara que sou fã e já falei inúmeras vezes dele aqui. Estou falando do mestre Raul Seixas. Em sua música “maluco beleza” temos a frase: “Vou ficar, ficar com certeza, maluco beleza…”. Raul era louco e adorava isso, e na música “quando acabar o maluco sou eu” temos a frase: “Eu sou louco, mas sou feliz. Muito mais louco é quem me diz, eu sou dono do meu nariz, em feira de Santana ou mesmo em Paris...”. Nessa última frase percebemos claramente a sua ousadia e vida totalmente sem regras. Essa vida sem regras o fez desenvolver todo o seu potencial artístico, mas foi uma pena, porque também o levou a autodestruição. É nessa hora que digo que é importante dosar. Precisamos ser loucos, mas loucos moderados. Precisamos desenvolver aquela loucura que aguça a percepção e a criatividade, que são tão importantes para a melhoria pessoal e coletiva.

As palavras do fim da poesia também são bem filosóficas. São os loucos essenciais que fazem o mundo ser melhor. Eu adoro a palavra ESSENCIAL, e sempre que leio essa palavra me recordo do livro “O pequeno príncipe” e de sua célebre frase: “O essencial é invisível aos olhos”. Essa frase se encaixa perfeitamente nos loucos, pois eles têm algo essencial e que é invisível aos olhos, que se chama CRIATIVIDADE e OUSADIA. Dois ingredientes que fazem o mundo ser melhor e evoluir.

Você conhece uma das campanhas publicitárias mais famosas do mundo? A campanha da empresa Apple de 1997. Seu texto fala sobre os loucos como sendo as pessoas que mudam o mundo! O vídeo inspirador está logo abaixo.

“Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados.
Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discorda-los, glorificá-los ou difamá-los.
A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas.
Eles inventam. Eles imaginam. Eles curam. Eles exploram. Eles criam. Eles inspiram.
Eles empurram a raça humana para frente.
Talvez eles tenham que ser loucos.
Como você pode olhar para uma tela em branco e ver uma obra de arte? Ou sentar em silêncio e ouvir uma música jamais composta? Ou olhar para um planeta vermelho e ver um laboratório sobre rodas?
Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam.”

Portanto amigos. Vamos desenvolver essa loucura saudável e tão necessária nesse mundo de hoje. Um mundo coberto por pessoas medíocres que só pensam na vida como um passar de dias, que não se abrem ao novo e às possibilidades. Observe os loucos da humanidade, todos eles podem lhe ensinar a ser alguém melhor e mais criativo. Vou citar apenas alguns: Albert Einstein, Thomas Edison, Isaac Newton, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Johannes Kepler, Arquimedes, Aristóteles, Leonardo da Vinci, Freud, Nietzsche, Rubem Alves, Mário Quintana, Clarice Lispector, Arthur Schopenhauer, Montesquieu, Carl Jung, William Shakespeare, e por aí vai. Eu amo todos esses loucos que citei e muitos outros. São esses loucos que fazem com que eu eleve os meus pensamentos a níveis que jamais conseguiria sozinho. Eles são grandes amigos meus. Não tenho contato com nenhum, vários já morreram, mas são grandes amigos, porque contribuíram e ainda contribuem para o meu crescimento humano e intelectual.

Que essa breve reflexão lhe inspire a ser como esse louco essencial capaz de amar, alguém que tenha força e determinação para dar o melhor de si em tudo que fizer e assim contribuir para mudar o mundo…

 

 

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As dançarinas do ar

Por Isaias Costa

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Uma pergunta que eu fazia muito quando era criança e só na adolescência, lendo a respeito, encontrei a resposta era: “Por que não vemos borboletas voando por aí, como a gente vê no interior?”. Pare agora e pense! Há quanto tempo você não vê uma borboleta? Eu já não vejo uma há muito tempo! Sabe qual é a explicação? Vou transcrever uma bela explicação feita pelo psiquiatra e escritor Augusto Cury.

“As borboletas são as dançarinas do ar. Elas procuram o néctar das flores, o rico suprimento que as alimenta. Após sugá-lo, batem em retirada para outras flores, polinizando o jardim e facilitando a produção de mais plantas. Elas são tão pequenas, mas tão importantes. Infelizmente, são muito sensíveis à poluição. Se no ambiente que você frequenta não encontrar alegres borboletas dançando no ar, saiba que o ar que você respira é ruim e sua qualidade de vida está afetada. Você tem o direito de respirar um ar puro. Não se cale. Reclame dele para as secretarias das prefeituras.

Quantas espécies de borboletas você tem visto na região onde mora? Talvez você tenha tempo para assistir à TV e ver filmes que trazem cenas de violência, mas não tem alguns segundos para admirar as pequenas coisas que o circundam.

Gaste tempo com aquilo que gera um prazer saudável. Há homens milionários que constroem palácios e imensos jardins, mas não têm tempo para admirar suas flores. São ricos financeiramente, mas miseráveis no território da emoção. Seja rico dentro de você, no único lugar que não é admissível ser pobre…”

As borboletas são seres extremamente frágeis e não resistem à poluição das grandes cidades. É por isso que vemos muitas borboletas em serras, em lugares com poucas residências e muitas árvores etc. Para que elas apareçam e encantem o céu com as suas danças é preciso que haja um ar puro e limpo.

Será que não está na hora de começarmos a refletir sobre a qualidade geral da nossa vida? Não estou falando apenas de poluição ou cidades cheias de carros, trânsito, stress. Estou indo mais além! Nós estamos deixando de apreciar as pequenas coisas da vida por causa do estilo de vida extremamente agitado e estressante que levamos.

Eu adoro ler as palavras do Augusto Cury, porque ele foi um dos escritores que mais influenciou as minhas escolhas, meus desejos, aquilo que considero realmente importante, ajudou a desenvolver a minha alma poética etc. Quero, a partir dessas suas simples palavras, levar você a refletir sobre a QUALIDADE DA SUA VIDA. O que lhe leva a ter qualidade de vida? Pense sobre isso e corra atrás dos seus sonhos! Tenha sempre em mente que a felicidade é uma busca constante e as nossas escolhas influenciam demais nesta conquista. Pense nas borboletas! Elas só podem ter qualidade de vida se estiverem em um ambiente sem poluição. Da mesma forma somos nós, que só a teremos se estivermos perto de pessoas que nos façam bem, se trabalharmos com algo que nos realize, se cultivarmos bons hábitos, e por aí vai. São muitos os fatores que levam à qualidade de vida.

Como o próprio Augusto diz: Seja rico dentro de você. Vamos buscar a riqueza interior. Ela nos leva a plenitude da alegria, felicidade e satisfação. Algo que acho fundamental nisso tudo é a SIMPLICIDADE. Esta é a maior riqueza que nós podemos ter, mas estou falando de simplicidade no mais profundo da palavra, como uma filosofia de vida. Escrevi um pouco sobre isso neste post.

Ser poético 

Enfim amigos. Vamos aprender a contemplar o que é belo, ver a beleza das pequenas coisas da vida e se encantar com a dança das borboletas, as nossas dançarinas do ar…

As pequenas coisas da vida

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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Escravos do medo

Por Isaias Costa

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Hoje eu serei bem duro com as palavras e não me importo se alguém discordar de mim ou se ofender. Ontem eu li uma reportagem que me deixou absolutamente indignado, ela falava sobre os médicos cubanos que vieram para o Brasil e foram recebidos com vaias e xingamentos por parte de um pequeno grupo de médicos de Fortaleza, no Ceará. Esta é a reportagem, escrita pelo jornalista Aguirre Talento:

Médicos cubanos foram vaiados, hostilizados e chamados de “escravos” por médicos brasileiros que fizeram um protesto na saída do primeiro dia do curso para o programa Mais Médicos, do governo federal, em Fortaleza.

Liderado pelo Simec (Sindicato dos Médicos do Ceará), o grupo de brasileiros se reuniu a partir das 18h na saída da Escola de Saúde Pública com uma faixa exigindo a aplicação de prova para a revalidação de diploma dos estrangeiros.

Foi no mesmo horário marcado para uma solenidade de acolhimento dos médicos estrangeiros, com a presença de representantes do Ministério da Saúde. Havia no local 96 médicos estrangeiros, sendo 79 cubanos.

Houve um princípio de confusão quando os médicos brasileiros tentaram entrar no prédio da escola e seguranças trancaram a porta. Durante a solenidade dentro do auditório, era possível ouvir os gritos dos manifestantes, que cercaram todas as saídas do prédio.

“Fecharam as portas para os médicos do Brasil e abriram as portas para os médicos de Cuba”, afirmou José Maria Pontes, presidente do Sindicato dos Médicos.

Quando a solenidade terminou, por volta das 20h, os manifestantes continuavam do lado de fora da escola e começaram a bater com força nas paredes de vidro do prédio, ameaçando quebrá-las. O grupo de médicos estrangeiros ficou preso dentro do prédio, sem poder sair para os alojamentos. O governo convocou reforço policial e carros da Polícia Militar chegaram ao prédio.

Os cubanos se mostravam assustados e ficaram parados próximo à porta, sem poder sair. Por fim, representantes do Ministério da Saúde resolveram sair do prédio e enfrentar os manifestantes, acompanhados pelos médicos estrangeiros.

A saída foi tensa. O grupo foi recebido com gritos de “revalida” e os cubanos foram chamados de “escravos”. Os médicos gritavam ao pé do ouvido dos estrangeiros que saíam do prédio e exibiam semblante assustado.

Os ânimos se exaltaram quando o secretário de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, que representava o ministro Alexandre Padilha, saiu do prédio. Foi recebido aos gritos de “traidor” e recebeu alguns leves tapas de alguns médicos, que o seguiram até ele entrar no carro que o tirou do local.

Havia também um pequeno grupo, de cerca de 20 pessoas, que se manifestava a favor de Cuba, com a bandeira do país. Eles criticavam os médicos brasileiros, chamando-os de mercenários.

Esse grupo de médicos chamou os médicos cubanos de “escravos”. Será que eles sabem o significado dessa palavra? Ela significa: Que ou quem está sob o poder absoluto de um senhor que o aprisionou ou o comprou.
Que ou quem está na dependência de outro.
Que ou quem é presa de um sentimento, de um princípio
.

O significado perfeito para esses médicos medíocres é o último: Que ou quem é presa de um sentimento, de um princípio. Esses médicos que xingaram os cubanos são exatamente isso, presas de seus próprios sentimentos de medo, insegurança, desequilíbrio psicológico etc, são escravos do medo. Por que? Muito simples! Somente agride e destrata uma pessoa quem não tem plena consciência de suas virtudes, seus talentos e suas competências.

Eu fiquei refletindo sobre esse acontecimento e lembrando as palavras do grande Renato Russo: “O sol nasce pra todos, só não sabe quem não quer…”. Essa frase é de uma profundidade incrível, mas poucos são os que param para refletir a seu respeito. O que o Renato quis dizer com ela é que todos nós temos as mesmas oportunidades e as mesmas condições de crescer na vida e ser bem sucedido, só não sabe disso quem vive no seu mundo coberto de medos, ressentimentos, complexos de inferioridade etc. A outra mensagem que ele quis transmitir é sobre os talentos individuais de cada um. Esse sol se chama talento e todos têm esse brilho próprio e único, só não descobri e desenvolvi esse brilho quem não quer. E para finalizar, como o sol nasce para todos, não precisa ninguém apagar o brilho de ninguém, porque isso só mostra pequenez de alma e de consciência. É por essas e outras que sou fã do Renato Russo. Um homem extraordinário e com uma sensibilidade extremamente aguçada.

É preciso falar também sobre um mal que ainda faz parte da vida de muitos brasileiros. A xenofobia. O que isso significa? É a aversão aos estrangeiros, e ligado a isso está um enorme racismo, preconceito e discriminação. Atitudes e comportamentos de gente pequena e inconsciente. Esses médicos com certeza não sabem o grande valor da EMPATIA, que é você se colocar na posição do outro e ver também sobre a sua perspectiva. Pense em você? Você gostaria de ser bem recebido em um país estrangeiro? Imagine-se chegando e sendo chamado de escravo, de incompetente? Como você se sentiria? Foi isso que fizeram com nossos irmãos cubanos! Meus amigos! Já está passando da hora de desenvolvermos atitudes e comportamentos mais nobres, de pessoas mais conscientes. Chega de tantos preconceitos! Isso macula as pessoas e o nosso país, que é tão rico e ao mesmo tempo cheio de pobrezas de ordem política, administrativa, psicológica e social. Para que você reflita um pouco mais sobre esse preconceito velado que assola o nosso país, deixo a bela música “Racismo é burrice” do grande Gabriel, o Pensador!

Também me lembrei de um dos meus mentores. O empresário Flávio Augusto. Eu tenho certeza absoluta que ele abominou a atitude desses médicos medíocres, porque ele sabe melhor do que ninguém que, se você é muito bom no que faz, seu emprego é mais do que garantido e você não precisará bajular nem se humilhar para ninguém para consegui-lo, nem ficar com medo de perder a sua vaga ou não ser contratado, porque seu brilho, seu sol, sua luz interior, brilhará tão forte, que absolutamente ninguém tomará o seu lugar. Eu já falei aqui que todos nós podemos ser empreendedores, e me considero um empreendedor. Não sou rico nem tenho uma conta bancária cuspindo dinheiro, mas procuro ser um cidadão ético e respeitoso. Quer se juntar ao grupo dos GV’s? O grupo das pessoas que pensam fora da caixinha? Vou lhe fazer o convite para entrar para a página “Geração de Valor”. A melhor página do facebook, na qual eu me alimento todos os dias de pensamentos elevados de um grande ser humano chamado Flávio Augusto!

https://www.facebook.com/CanalGeracaodeValor

https://paralemdoagora.wordpress.com/2013/06/11/empreender-e-para-todos/

Enfim! Esses médicos têm o meu repúdio! Eu espero que se algum médico chegar a ler esse texto não fique com raiva de mim, mas pare e pense fora da caixinha! Faça uma lavagem cerebral e se livre dos preconceitos, da xenofobia. Procure ser o melhor profissional possível, e acima de tudo, seja ético e respeitoso…

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Quase um amor

Por Isaias Costa

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Outro dia eu li um texto bem curtinho do psicólogo Frederico Mattos em que ele falava sobre as pessoas que dizem querer namorar, mas na verdade nem elas mesmas sabem o que querem. O texto que li foi esse aqui.

Você realmente quer namorar?

Você realmente quer namorar? Muitas pessoas se queixam que não encontram uma pessoa para amar e compartilhar momentos especiais. Dizem com água na boca que querem mesmo é namorar. Na prática não é assim que agem. Flertam, prometem, pesquisam, se divertem, saem, transam e só. Nunca dão o próximo passo, aquele avanço na relação em que a promessa vira realidade, a transa vira um aconchego, a palavra se realiza e o flerte ganha colorido diário.

Essas pessoas ficam sempre no quase, pois na hora de mostrar as caras e desenvolver intimidade nunca deslancham na história. Parece que carregam um urubu no bolso e temem abrir completamente as portas de sua vida. Sabe aquela pessoa que nunca te convida para entrar e conversa contigo com a porta quase fechada? Pois é. Depois desse bate-papo super “natural” se queixam que a pessoa não volta, não busca e recua. Será que alguém teria que meter o pé na porta para entrar na sua vida.

Sei que um pouco de cuidado é bom na hora de conhecer alguém, mas as pessoas que dizem querer namorar e nunca namoram precisam repensar se realmente querem um compromisso sério ou apenas farra. Na maior parte das vezes a pessoa usa do discurso que quer algo sério para conseguir apensa alimentar sua vaidade e vibrar internamente: “mais um para a lista”. Isso é meio covarde na realidade, mas muito comum.

A própria pessoa se convence que queria namorar quando não quer passar do primeiro grau de intimidade ou da transa. Então precisa assumir para si mesma: “acho que não chegou a hora”. Mais bonito e mais honesto.

Existem milhares de fatores que podem levar alguém a não querer namorar, mas eu acredito que os principais são: falta de MATURIDADE EMOCIONAL e o MEDO DE AMAR. Com relação ao medo de amar eu escrevi um texto mais comprido e detalhado, aos que não leram segue o link.

O medo de amar- Parte 1

O medo de amar- Parte 2

Com relação a maturidade emocional o que tenho a dizer pode até parecer clichê, mas se trata de um clichê extremamente verdadeiro. SÓ PODEMOS AMAR OUTRA PESSOA SE NOS AMARMOS PRIMEIRO. É impossível você querer namorar alguém se você não procura se amar primeiro e ter um belo relacionamento consigo mesmo. Eu precisei levar muitos tombos na vida para aprender isso. Eu era péssimo com as mulheres e colocava a culpa pelos meus fracassos amorosos em tudo, menos em mim mesmo. Depois de uma busca intensa pelo AUTOCONHECIMENTO consegui me harmonizar e melhorar meus relacionamentos com as garotas, até conseguir namorar alguém de verdade. A maturidade emocional se adquire com a própria vida e uma das formas mais rápidas de adquiri-la é com a leitura de livros, vídeos, filmes, mas principalmente, saindo do mundinho interior de medos, fracassos, ressentimentos, mágoas, rancores etc. Encarando a vida de frente, encarando os medos e vencendo um por um. E dessa forma, se tornando mais maduro e pronto para “subir de nível” nos relacionamentos.

Intitulei esse post como “Quase um amor”, porque a frase do texto do Fred que diz: “Essas pessoas ficam sempre no quase, pois na hora de mostrar as caras e desenvolver intimidade nunca deslancham na história…” me fez lembrar uma música da banda Pato Fu que gosto muito e fala um pouco sobre os relacionamentos que ficam no “quase”. O nome da música é “quase”. Escute com atenção para não ficar apenas no relacionamento “quase um amor”…

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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A solidão amiga

Por Isaias Costa

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Você já pensou na solidão como uma amiga? Sabia que a maior parte das pessoas tem pavor a essa palavra? Por que? Será que a solidão é tão má assim? Eu quero dizer a você hoje que a solidão pode sim ser uma amiga, basta saber cultivá-la de forma consciente e serena. É como eu já falei várias vezes aqui, estar completamente envolvido com a experiência de estar sozinho é o que faz com que ele seja uma amiga. Para refletir um pouco sobre isso quero deixar um texto incrível do mestre Rubem Alves, esse senhor que consegue me transportar para universos paralelos toda vez que leio textos de sua autoria…

“A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão… O que mais você deseja é não estar em solidão…

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão.

Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música… Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa… Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão… A noite estava perdida.

Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, “parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxuleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis“. A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: “Como se comporta a Sua Solidão?“ Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.“ Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga.

Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drumond diz que sim…Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não veem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que “o inferno é o outro…

O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão…

A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos… Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.”

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Coisas da vida

Por Isaias Costa

Viva-a-vida-nao-apenas-exista

Outro dia eu li uma bela poesia que falava sobre a vida e as atitudes tomadas. Nós passamos por experiências das mais variadas possíveis durante a nossa vida e elas são muito importantes para construir o nosso ser interior. É importante refletir que tudo tem um propósito e uma razão de ser, e mais cedo ou mais tarde acabamos descobrindo que tudo vem para o nosso bem e crescimento, mesmo que muitas vezes soframos ou desanimemos. Leia com atenção e faça como diz o Augusto Branco: “Viva! Não passe pela vida…”.

Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

..já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
..quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial…

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
Viva!!
.
Augusto Branco

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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A raiva está dentro e não fora

Por Isaias Costa CaraComRaiva-blog Esta semana o meu irmão me contou uma história que me fez refletir bastante sobre a raiva e sua origem. Muitos pensam que a raiva é um sentimento que surge por coisas externas. Por exemplo: “Fiquei com raiva porque eu liguei e ela não atendeu o celular”, “Fiquei com raiva porque fulano mentiu pra mim”, “Fiquei com raiva porque meus amigos não me convidaram para aquela festa”…

Coloquei exemplos bobinhos só para ilustrar! Você percebe o que há de comum entre eles? Em todos, a raiva foi colocada externamente, por alguma coisa que os outros fizeram. Porém, eu digo que esse caminho é o que a maior parte das pessoas segue e acabam sofrendo em demasia, se estressando, e o pior, levando outras pessoas a se irritarem e se estressarem, criando um ambiente pesado e sem harmonia.

Sobre isso, o que digo com conhecimento de causa é que a melhor forma de lidar com a raiva é colocar 100% da responsabilidade em você mesmo, dessa forma você não vai se irritar ou se estressar, e melhor do que isso, vai naturalmente buscar soluções para não acontecer situações similares em outras oportunidades.

Vou explicar pelos próprios exemplos que dei: No primeiro eu pensaria: “Ela deve estar bastante ocupada com o trabalho, com os estudos, ou também pode ter acontecido alguma situação chata e estressante e ela não esteja querendo falar. Vou esperar até amanhã e ligo de novo”. No segundo eu pensaria: “Se o fulano mentiu para mim foi porque eu não fui suficientemente confiável ao ponto de ele ser sincero comigo. Vou procurar ser ainda mais transparente não só com ele, mas com todas as pessoas. Dessa forma eu atrairei cada vez mais pessoas sinceras na minha vida”. No terceiro eu pensaria: “Se meus amigos não me convidaram para aquela festa deve ser por um dos dois motivos: ou a festa era com muita gente desconhecida e eles não quiseram que eu ficasse deslocado ou era uma festa chata, com músicas que eu não gosto e num estilo que eu não gosto, por isso eles nem perderam tempo em me chamar”.

Então? Você percebeu alguma manifestação de raiva nestes meus pensamentos? Garanto que não! Por que? Porque eu coloquei 100% da responsabilidade em mim, não vi o problema nas outras pessoas, mas em mim mesmo, e isso me levou a refletir e procurar ser ainda melhor. Quer fazer esse exercício? Ele é bem legal! Garanto que, com o tempo, você pode aperfeiçoá-lo e passará a reagir de forma bem natural na maior parte das situações. Agora eu vou contar a história! Ela é bem pesada. Espero que tenha sangue no olho e leia sem ficar com raiva. Já estou lhe propondo um exercício com essa história! Vamos a ela…

Um rapaz estava no interior, na época do carnaval, voltando para casa depois de um dia cheio. Quando chegou no portão havia um carro com um som insuportavelmente alto. Para não se estressar com o homem do carro ele resolveu ir para bem longe do barulho e dormiu no carro. Pela manhã voltou e o som continuava lá, tão alto quanto à noite. Então ele resolveu falar com o dono do carro: “Meu amigo! Eu vim para casa ontem e esse som estava nesse volume e resolvi dormir no meu carro para não incomodar. Agora eu gostaria de descansar na minha casa mais confortavelmente. Você poderia, por favor, retirar seu carro para eu dormir?”. Nessa hora o homem foi até o bagageiro e simplesmente retirou uma arma e atirou diretamente sobre o seu peito, matando-o na mesma hora.

Então? O que você me diz dessa história? Ela é pura INTOLERÂNCIA. Este homem que matou o rapaz com certeza é alguém que nunca aprendeu a lidar com as suas emoções e sentimentos, de modo a se dominar pela raiva. E sabe de outra coisa? Esse som alto foi apenas uma forma de tentar extravasar sua raiva interior. Também refleti sobre isso.

Você já observou as pessoas mais serenas? Elas escutam música estourando os ouvidos? Quase sempre não? Por que? Porque sua serenidade leva à paz e à harmonia, que não combinam com som estourando os ouvidos! Essa história é muito triste, mas é real, aconteceu no carnaval desse ano. Eu a contei para você refletir sobre a raiva. E para concluir, quero deixar uma frase famosa do William Shakespeare: “Quando você está com raiva, tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel…”.

Preciso falar sobre isso! Não há nenhum problema em sentir raiva, faz parte da natureza humana. O problema é o que você faz com ela. Se você procura acalmá-la de alguma forma ninguém será prejudicado, mas se você a manifesta o prejuízo já foi criado e provavelmente você vai se arrepender depois por seu acesso de raiva. Há muito mais a ser falado sobre esse tema, vou deixar dois links que falam sobre a raiva, um voltado para as palavras e outro para a dimensão da agressividade. Pense sobre isso…

Carneirinhos e palavras mordazes
O lado positivo da agressividade

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui

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24 anos sem Raul Seixas

Por Isaias Costa

raul

No dia 21 de agosto de 1989 faleceu o cantor que eu mais admiro na vida, o grande Raul Seixas. Hoje estão completando 24 anos de sua partida. Outro dia eu estava até brincando com algumas pessoas que já perdi totalmente a conta de quantas vezes já o citei neste blog, mas eu tenho que dizer que esse blog não existiria sem o Raul Seixas, porque ele me inspira demais a escrever e quanto mais eu viajo com as suas canções, mais criativo eu fico, por isso não canso de citá-lo e de dizer que o admiro.

O Raul era dono de uma inteligência totalmente fora do comum. E sabe de uma coisa bem interessante sobre ele? Quando era criança ele sonhava em se tornar escritor, mas não o fez justamente por saber que não ia ganhar muito dinheiro. Acho engraçado que ele chegava até a dizer: “Eu vou escrever para quem ler? Os brasileiros não gostam de ler!…”. Vejo que ele de certa forma tinha razão, mas ao mesmo tempo foi bom que ele tivesse pensado assim, porque com certeza ele não atingiria o número de pessoas que atingiu e não teria tantos fãs se tivesse seguido essa carreira. Em relação a isso foi muito bom ele ter feito parceria com o Paulo Coelho, pois ele é uma mente brilhante para a escrita, e o Raul para a música. Dessa forma eles se ajudavam, o Raul inspirava o Paulo com suas músicas e o Paulo inspirava o Raul com suas teorias. Inclusive uma das mais belas canções do Raul em parceria com o Paulo tem uma letra riquíssima e que foi baseada em escritos do São João da Cruz. É com grande prazer que compartilho para você ouvir, ela se chama “Água viva”.

O Raul também era muito mais amável e sentimental do que se supunha. Ele compôs músicas extremamente românticas e que não tocam nas rádios. Também quero dizer uma coisa fantástica que aprendi com uma de suas músicas românticas. Na música chamada “Eu quero mesmo”, aprendi a não ser tão técnico para falar sobre as coisas do coração. Uma das minhas características pessoais é procurar falar evitando erros de concordância, ou sem utilizar palavras chulas. Mas eu tenho que dizer que isso não funciona quando a coisa é o amor e as conquistas sentimentais. Não dá para conquistar uma garota falando como se fosse um Ruy Barbosa, entende? Então esta frase fez e ainda faz toda a diferença na minha vida: “Quando uma flor é uma flor e não tem outro jeito da gente dizer. Pra que mentir, quando eu sei, eu sei…”. Eu encontrei uma bela flor na minha vida e já consigo dizer isso abertamente, coisa que não conseguia tempos atrás. Então, se você é homem e está procurando uma garota para um relacionamento, não faça rodeios! Elogie-a da sua forma! Com sinceridade! Não procure palavras difíceis para falar de coisas simples! O amor é muito simples e se revela na simplicidade…

Para concluir, tenho que falar sobre uma das suas maiores virtudes, a HUMILDADE. O Raul sempre foi extremamente humilde e, com certeza, a sua humildade foi o que fez com que se tornasse tão grande e famoso. E fez com que até hoje muitos abram a boca e digam: “Raul Seixas não morreu…”. Eu sou uma das pessoas que afirmam essa frase! Para mim o Raul sempre vai estar vivo e presente, como um irmão que eu não conheci. O seu talento para a música e a arte o fez conquistar tudo que o mundo pode oferecer, muito dinheiro, fama, mulheres etc. Porém, isso não fazia ele se sentir melhor do que ninguém, pelo contrário, fazia ele se sentir com uma obrigação ainda maior por fazer coisas grandes. Não é à toa que ele diz isso aqui na sua música “ouro de tolo”: “Porque foi tão fácil conseguir e agora eu lhe pergunto, e daí? Eu tenho uma opção de coisas grandes para conquistar e eu não posso ficar aí parado…”. Fica a dica para você que me lê agora! Quer ser grande? Quer crescer exponencialmente na sua profissão e na sua vida pessoal? Seja HUMILDE! Reconheça-se pequeno, que, a partir da sua pequenez “você será capaz de sacudir o mundo”, como já dizia o mestre Raul!

24 anos sem Raul Seixas! Neste dia só quero agradecer por esse mundo ter recebido um presente tão grande como ele! Um homem que sempre vai deixar saudade no meu coração e a certeza de que o mundo pode ser um pouquinho melhor. Com certeza este blog ainda o receberá inúmeras vezes! Espere para ver! Este é só o início de muita coisa que ainda há por vir…

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Sonhos e Inteligência

Por Isaias Costa

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A Educação é o caminho para a evolução do ser humano e da sociedade e eu, como professor, cada vez mais certifico isso. Sempre que possível gosto de citar alguma frase ou música do grande Raul Seixas e ele tem uma frase que pode muito bem ser levada para a Educação e o crescimento da consciência coletiva das pessoas: “Sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade…”. Sonhar junto! Este é o caminho para mudar a Educação. Quanto mais pessoas abraçarem essa causa e investirem tempo, dedicação e dinheiro na elevação do conhecimento e da sabedoria, não só o Brasil, mas o mundo inteiro se beneficiará. Teremos um mundo com pessoas mais humanas e conscientes. Esse é um dos meus maiores sonhos, e sei que também é o de muita gente.

Quero compartilhar um belíssimo trecho de um livro do mestre Rubem Alves chamado “Educação para um Brasil melhor” em que ele fala sobre a Educação dando ênfase aos sonhos e à inteligência. Um texto para abrir a cabeça e refletir…

“… Um país é uma casa grande onde construímos nossas pequenas casas. Um país é uma casa de casas… Constrói-se um país da mesma forma como se constrói uma casa. Com uma diferença. Para eu construir a minha casa bastam o meu Sonho e a minha Inteligência. Mas para se construir essa grande casa chamada país é preciso que muitos sonhem o mesmo Sonho. Quando muitas pessoas sonham juntas o mesmo Sonho dessa grande casa chamada país temos um povo. É o povo que constrói um país.

Essa é uma das missões da educação, formar um povo. Ou seja, ajudar as pessoas a sonhar sonhos comuns para que, juntas, possam construir. As escolas devem ser o espaço onde alunos e professores sonham e compartilham seus sonhos porque sem sonhos comuns não há povo, e não havendo um povo não se pode construir um país. Se eu sonho com um país de águas cristalinas e natureza preservada, meu sonho pessoal será inútil se não houver muitos que sonhem esse mesmo Sonho. Caso contrário, as florestas serão destruídas e as águas serão poluídas.

Mas, como já disse, os Sonhos não bastam. Eles precisam da ajuda da Inteligência. Acontece que a Inteligência tem ideias próprias: só funciona quando um Sonho (ainda que bem pequeno) lhe dá ordens. É inútil obrigar a Inteligência a aprender mil coisas que não estão ligadas aos Sonhos. A Inteligência esquece logo (… porque é inteligente…). O que sobrou em você de tudo o que você teve de aprender na escola? Você esqueceu porque aqueles saberes não eram resposta aos seus sonhos.
É assim que construímos a nossa vida: com Sonhos e Inteligência.
É assim que se constrói um país melhor: com Sonhos e Inteligência.
Esse é o programa básico da educação.”

 

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