Arquivo do mês: janeiro 2015

Aprendendo a criticar as crenças

 Por Isaias Costa

tumblr_ltohw0oLjv1qfww3ro1_500Todos nós temos crenças e mais crenças introjetadas no mais profundo das nossas mentes, muitas são positivas, porém, muitas outras são negativas ou mesmo deletérias. Para que cresçamos em nível de pensamento e consciência, uma atitude absolutamente necessária é a crítica destas crenças.

Aprendermos a nos questionar quanto às nossas certezas, nossas veracidades, nossa utilidade… Eu sempre faço isso e tem me ajudado a crescer como ser humano! Criticar as crenças nos leva pouco a pouco ao crescimento em sabedoria, pois ela é tecida pela arte da dúvida e da crítica. Para refletir sobre isso, compartilho uma frase muito profunda do psiquiatra e escritor Augusto Cury.

Quem não critica o que crê não lapidará suas crenças, quem não lapida suas crenças será servo das suas verdades. E se suas verdades forem doentias, certamente será uma pessoa doente”

Augusto Cury

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As curvas são necessárias na nossa vida

Por Isaias Costa

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Há uma frase do clássico livro “O pequeno principe”, do Antoine de Saint-Exupéry, que pouco se comenta, mas carrega uma imensa sabedoria. Farei uma breve reflexão a partir dela.

Quando a gente anda sempre para frente, não pode mesmo ir longe”

O que ele quis dizer com essa frase? Ele quis nos levam a pensar sobre nossos caminhos e escolhas da vida. Muita gente pensa erroneamente que tem que seguir em frente o tempo todo. Mas nada na vida acontece desta maneira. Se você prestar bastante atenção, perceberá que a vida é repleta de ciclos.

Tudo tem um começo, um meio e um fim e tudo que já aconteceu com você, também aconteceu, acontece e certamente acontecerá de maneira parecida com milhares de outras pessoas.

A principal mensagem que o Saint-Exupéry quis nos transmitir é que, em determinados momentos, não só é bom andar por algum caminho diferente, como é algo necessário no nosso processo de amadurecimento e crescimento.

As curvas, as dificuldades, os empecilhos, os fracassos etc. nos fazem crescer, só cabe a cada um de nós extrair os ensinamentos de cada experiência.

Tomo por mim! Se tivesse levado ao pé da letra essa mensagem sobre sempre andar apenas para a frente você jamais estaria lendo esse texto agora. Até já falei um pouco sobre isso no meu e-book gratuito [download aqui]. Eu fiz bacharelado em Física e se tivesse decidido seguir em frente nesse caminho, teria feito um mestrado e em seguida um doutorado e a essa altura do campeonato, já estaria concluindo o doutorado e já estaria em busca de universidades para dar aulas de Física e me efetivar em alguma delas.

Certamente eu não iria muito longe! Talvez até você me pergunte: “Mas Isaias? Fazer um doutorado em Física e se tornar professor efetivo de uma universidade pública não é ir longe?”.

Sabe o que eu digo a você? NÃO É.

Mas por quê não é? Porque eu estou falando de mim, único e exclusivamente de mim. Para outra pessoa pode até ser um caminho maravilhoso, mas não para mim. Descobri que desejo ensinar e me desenvolver na escrita, e talvez quem sabe, faça outras coisas no futuro… Talvez…

Percebe como a mensagem do Saint-Exupéry é sutil! Quero apenas que você reflita sobre ela e saiba que as curvas no caminho são absolutamente necessárias para se chegar mais longe.

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Você precisa se realizar naquilo que faz

Por Isaias Costa

empresario-trabalhando-escritorioOutro dia li umas palavras do grande filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella que me fizeram refletir bastante sobre o sentido de realização.

Reconhecer” significa conhecer a si mesmo. Eu preciso me ver naquilo que faço. Do contrário, eu não me realizo. Se eu não me realizo – usando a palavra em duplo sentido -, não me torno real ou, se eu usar o termo em inglês, to realize, não me percebo. E se não me percebo no que faço, eu me sinto infeliz.

Mario Sergio Cortella

Essas palavras devem ser levadas para a vida de qualquer ser humano, pois estamos falando sobre felicidade e sentido para a vida. Não podemos viver felizes sem saber para que estamos aqui, para que e quem trabalhamos. Isso é algo vital! Não pode ser deixado de lado.

Infelizmente muitos não levam profundamente a sério essa questão e por isso acabam se tornando escravas do trabalho, vão se tornando andróides que fazem tudo no automático.

Gosto de falar quando estou conversando com meus amigos que precisamos colocar o nosso DNA em tudo aquilo que nos dispomos a fazer. Um exemplo meu é esse próprio blog. É um prazer para mim escrever aqui quase diariamente. Esse blog faz parte da minha vida, eu me reconheço nele, eu me percebo nele (to realize). E esse sentimento faz toda a diferença para aqueles que o acessam e buscam ler os textos. Quem procura os meus textos consegue perceber a energia que coloco neles, consegue perceber a sinceridade e a transparência contida em cada palavra. Por que? Porque eu não interpreto um personagem, eu compartilho a mim mesmo nesses textos. São meus pensamentos que procuro da forma mais simples possível transmitir para os leitores. E isso me realiza de verdade.

Esse sentimento de realização me traz felicidade e bem-estar. Através no meu próprio exemplo quero lhe instigar a também buscar aquilo que faz o seu coração vibrar, aquilo no qual você sente um pertencimento, aquilo que você faria até mesmo de graça.

O que é? Pense um pouquinho sobre isso?

E claro que quero também lhe transmitir mais coragem. A vida passa muito depressa e precisamos de coragem. Se você está trabalhando em algo que não consegue perceber essa realização, um lugar que não parece real para você, não perca tempo! Saia! Procure algo que seja mais parecido com o que traz o seu DNA.

Nem falo em melhor ou pior, porque isso é bastante subjetivo. Existem pessoas trabalhando em empregos que ganham milhares de reais por mês e estão profundamente infelizes. Para muitas destas, talvez sair deste emprego para algo que ganhe bem menos seja a melhor coisa a fazer. Para cada pessoa é diferente, então não consigo falar muito a esse respeito.

Enfim! Essa é uma mensagem bem simples e direta. Você se percebe naquilo que faz? Se sim, ótimo! Vá em frante! Se não, reveja suas motivações e tenha coragem de arriscar algo diferente. Tenho certeza que você pode conseguir algo muito melhor para você…

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Por que achamos tão difícil meditar?

Por Isaias Costa

1326113354000Quero de antemão deixar claro que esse é um texto bastante informal e que trará apenas pequenas pinceladas a respeito do tema vastíssimo chamado meditação.

Vivemos no ocidente, onde não temos uma cultura que incentive a meditação, porém, de uns anos pra cá tem havido certo crescimento de práticas meditativas, principalmente pelo aumento do número de budistas no Brasil. É comum associarmos meditação ao budismo, exatamente porque os budistas a têm como fundamental em suas práticas.

Devido à nossa cultura consumista e o sistema de governo ser absolutamente capitalista, para a maior parte dos brasileiros, a meditação é vista como uma perda de tempo. Infelizmente, essa é uma falácia terrível, e pode ter certeza que voltarei a falar sobre isso em textos futuros, esclarecendo diversos pontos importantes.

Por enquanto, quero apenas lhe levar a refletir sobre “Por que achamos tão difícil meditar…”. Vamos?

Comecei a fazer práticas meditativas a pouco tempo, portanto, não tenho condições de me aprofundar demais nesse tema.

Nesta breve vivência de meditação, o que aprendi que vale a pena compartilhar é que a meditação nos leva ao agora, a viver o momento presente com mais plenitude.

A meditação é uma prática de atenção plena, é uma focalização da energia no momento, simplesmente.

Com isso podemos responder facilmente a esta pergunta. Temos dificuldade de meditar por causa dos nossos pensamentos, que nos dominam praticamente 100% do tempo, e ele nos leva na maior parte deste tempo ao passado ou ao futuro, e não ao agora, que é o que realmente importa.

Quando estamos pensando no passado, os sentimentos mais comuns são: mágoa, raiva, desencanto, frustração, apego, saudade, tristeza etc.

Quando estamos pensando no futuro, os sentimentos mais comuns são: expectativa, esperança, otimismo etc.

Lendo essas palavras, a primeira impressão é de que pensar no passado é ruim e no futuro é bom. Será? Digo a você que isso é apenas uma ilusão da nossa mente. Expectativa é algo que você espera, e tem uma relação profunda com a mente. Porém, sabemos que existe a impermanência, que leva o futuro a ser sempre, SEMPRE diferente do que pensávamos.

Portanto, é uma ilusão achar que o futuro será de um jeito quando ele se mostra de outro.

A meditação nos leva a acessar o poder do agora. Quero aproveitar essa oportunidade para lhe passar essa ótima sugestão de leitura. O livro com esse título: “O poder do agora”, do mestre espiritual Eckhart Tolle.

Nele, você entenderá muito melhor o que é a meditação e como começar a acessar o agora em toda a sua plenitude, vivendo uma vida mais feliz e pacificada.

Quando passamos a viver o agora, naturalmente ficamos mais pacificados. Inclusive, há uma linda frase do mestre Lao Tzu que traz essa verdade maravilhosa:

“Se você está deprimido,
Você está vivendo no passado;
Se você está ansioso,
Você está vivendo no futuro;
Se você está em paz
Você está vivendo no momento presente.”

Você percebe que a maior parte das pessoas é ansiosa? Isso é algo cultural. Nossa cultura ocidental infiltra no mais profundo das nossas mentes que precisamos “batalhar pelo futuro”, “trabalhar duro pela estabilidade” e mais uma série de ideias…

Isso nos afasta completamente da dimensão do agora. Isso nos enche de medo, de receios, de pressa, e logicamente, ansiedade.

É por isso que parece perda de tempo meditar. Por que enquanto você medita, nas palavras do mercado de trabalho, você “não está produzindo” e “você precisa produzir”.

Mas aí vem outra vez o engano e a ilusão. Será que você não está produzindo ao meditar?

Sabe o que você produz ao meditar? Saúde, vitalidade, atenção plena, foco e paz. E em um nível mais profundo, você cria a realidade. Mas falarei sobre isso com mais cuidado em outros textos. O que nós vivemos não é a realidade, mas pouquíssimas pessoas enxergam isso. Que tal você pensar um pouquinho sobre isso? Você terá algum insight, não tenho dúvidas disso.

Antes de concluir, quero dizer a você que não existe receita de bolo para a meditação. Não precisa de uma roupa ideal, uma posição ideal, música ideal, ambiente ideal, muito menos mestre ideal. Muito antes de tudo isso, a palavra principal se chama VONTADE, se você tem vontade de começar a meditar, esse já é um passo imenso.

Não espere que ensine um método de meditação, porque esse não é meu objetivo. Meu objetivo é fazer você pensar e tomar suas próprias conclusões.

Em breve falarei outras coisas sobre isso. Espero que tenha gostado. Pode ficar à vontade para expressar sua opinião, alguma dúvida, curiosidade. Será um prazer transformar esse texto em uma conversa aberta…

Para concluir, compartilho uma frase muito bonita do monge budista Chögyam Trungpa que resume bem todo esse texto…

“Estar no momento presente é a essência da meditação. O que quer que se faça, o que se tente praticar, estamos tentando ver o que está aqui e agora. Uma pessoa se torna consciente do momento presente através de meios como concentrar-se na respiração. Isto é baseado no desenvolvimento do conhecimento do agora, e que cada respiração é única. É uma expressão do agora.”

Chögyam Trungpa

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Êta vida danada

Por Isaias Costa

Raul e seus amigos kavernistas

Raul e seus amigos kavernistas

Uma música do Raul que gosto muito e tem uma melodia super alto astral é a “Êta vida”. Ela foi lançada no álbum “Sessão das dez” em 1971 pela banda Sociedade da Grã-Ordem Kavernista. Abaixo está o link com a música para você ouvir.

A Sociedade da Grã-Ordem Kavernista era composta pelo Raul Seixas, além dos cantores e compositores Edy Star, Míriam Batucada e Sérgio Sampaio.

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Corrigir o erro

Por Isaias Costa

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Hoje eu vou refletir sobre a HONESTIDADE, a partir de uma frase muito curta, de autoria desconhecida, mas que traz profundos ensinamentos. A frase é a seguinte: “Quando um homem honesto descobre que errou, ou ele corrige o seu erro, ou deixará de ser honesto”.

Leia essa frase pelo menos mais uma ou duas vezes. Ela é extremamente profunda e se aplica a praticamente todas as instâncias da vida do ser humano. Vou explicar através de alguns exemplos.

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Princípios e valores

Por Isaias Costa

Lapide os seus valores para se tornarem princípios sólidos...

Lapide os seus valores para se tornarem princípios sólidos…

Compartilho hoje com você um texto inspirador e provocativo do empresário Alex Arcanjo falando sobre princípios e valores a partir de uma comparação com o carvão e o diamante. Isso foi muito bem colocado por ele e espero que lhe leve a uma boa reflexão. Que seus princípios e valores estejam alinhados e voltados para o bem…

A comparação entre diamante e carvão é muito comum, talvez você já tenha ouvido a respeito.  Em suma, o diamante nada mais é que carvão sobre alta pressão, durante um longo período de tempo. Em sua estrutura molecular são praticamente a mesma coisa, tudo é carbono. O que torna um mais resistente que o outro é sua estrutura, ou seja, como os carbonos estão relacionados entre si.

Princípios e valores podem ser comparados a diamante e carvão, respectivamente. Observe que princípios são rígidos como o diamante. São constantes e não podem ser quebrados. Ninguém quebra o princípio; é o indivíduo que se quebra em relação ao princípio.

O carvão, por outro lado, é uma tentativa de ser diamante, assim como o nossos valores são tentativas de alinhamento aos princípios. Valores são internos e subjetivos. Princípios são externos e objetivos. É a tentativa de convergir o universo interior ao exterior.

Quanto mais um indivíduo estreitar esses pontos, maior será sua sinergia com um todo, principalmente com a equipe que lidera, seja ela qual for: família, empresa, igreja etc.

Sabemos que o carvão se torna diamante por causa da pressão. Os valores têm sido bombardeados por pressão. Perceba que, dependendo do tipo de influência, o carvão não evolui para diamante, mas se quebra, deteriora e torna-se pó.

Valores não são atribuições rápidas de se conquistar, mas rápidas de se perder. Na tentativa de aumentar a velocidade, pode-se quebrá-los. Valores são frágeis neste aspecto, pois podem ser alterados ou até vendidos. Você pode ter um valor hoje e não tê-lo amanhã, por isso é subjetivo.

Imagine que um de seus valores seja a honestidade. De repente, seu gestor lhe pede para executar uma tarefa de forma duvidosa, que possa fragilizar esse seu valor. Esse tipo de pressão é mais comum do que se imagina. Não é uma pressão positiva rumo à evolução para diamante, mas uma mudança do valor que tenta transformá-lo em preço. O verdadeiro valor é tudo aquilo que para você não pode ser comprado.

O líder, quando busca o melhor, ou seja, pelos princípios, não enxerga sua vida como uma carreira, mas como uma missão. Essa visão lhe dá um senso de propósito que tenta se alinhar às leis universais.

A conversão de valores em princípios é como transformar carvão em diamante: lento, difícil, mas compensador. Valor é o que você está. Principio é o que é.

Para encerrar, pense que os princípios nada mais são do que valores sobre alta pressão, durante um longo período de tempo. Esse alinhamento é continuo e perdurará por toda nossa trajetória.

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O homem sem sorte

Por Isaias Costa
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É com alegria que compartilho com você uma história muito interessante e instigante que escutei em uma palestra do Roberto Carlos, não o cantor, nem o jogador de futebol, mas o palestrante motivacional mineiro que é considerado um dos melhores contadores de história do Brasil.
Aproveito para deixar como excelente sugestão de leitura a palestra completa na qual ele conta essa história, além do vídeo completo. Com certeza você aprenderá muito e dará boas risadas.
A história de vida e superação do Roberto Carlos é muito bonita e emocionante. Certamente ela lhe trará inspiração e fará você agradecer ainda mais a vida tão repleta de sorte que você tem.
Boa leitura!
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Era uma vez um homem que se achava tão sem sorte, mas tão sem sorte, que ele vivia

reclamando com Deus. “Ô, Todo Poderoso, onipotente, onipresente, criador de todas as coisas, o senhor deu sorte para todo mundo na vida, todo mundo tem um carro legal, tem uma casa, tem uma namorada, eu não tenho nada, que injustiça foi essa que o senhor fez comigo, deu sorte para os outros e não deu para mim?”

E ele vivia reclamando a espera de resposta mas não vinha resposta nenhuma. Um dia, então, cansado de brigar com Deus ele extrapolou. Falou: “Deus, o senhor não vai me responder não, não é? Pois eu vou descobrir onde que o senhor mora. Eu vou atrás do senhor eu vou ter um tete a tete”. E ele pensou:”Aonde que Deus mora?

Ah, já sei. Deus deve morar é lá no fim do mundo. Mas espera aí. Como é que eu faço para chegar no fim do mundo? É muito fácil. O fim do mundo deve ser o local onde terminam todas as estradas e todos os caminhos do mundo. Então, se um dia eu insistir e seguir uma estrada até no final, e lá for o final de outras estradas, lá é o fim do mundo. Lá eu vou encontrar com Deus, o Criador, e vou saber com ele qual o motivo da minha falta de sorte.

Então, pela primeira vez na vida, aquele homem sem sorte resolveu arriscar. Ele colocou o “pezinho” para fora da casa dele, olhou o tempo, não ia chover, não ia fazer o sol quente, era um tempo ideal para começar a caminhar e, quando ele começou, ele não parou mais. Porque, segundo o pigmeu, gente, que me contou essa história, aquele homem sem sorte caminhou, caminhou, caminhou, caminhou um dia, caminhou uma semana, caminhou um ano, um ano e um dia. No final de um ano e um dia, quando ele estava caminhando, ele pisou numa coisa macia e escutou. “Ai”. E quando ele olhou para o chão ele viu um lobo, pelo menos, aquilo que parecia um lobo. Olha, gente, era um lobo tão magro, mas tão magro que só tinha pele e osso. E o lobo, muito fraquinho, falou assim: “Moço, moço, será que você não poderia me ajudar”. “Não posso não, seu lobo.

Eu sou muito azarado. Tudo que eu faço dá errado na vida. Eu sou tão azarado que eu estou indo procurar Deus, o criador, lá no fim do mundo para saber com ele qual o motivo da minha falta de sorte”. Quando o rapaz contou aquela história, o lobo falou assim: “Espera aí. O senhor diz que vai encontrar com Deus, o Criador?

Ah, moço, então, faz um favor para mim. Deixa eu contar o meu problema. É que, de uma hora para outra, eu caí aqui no chão prostrado, numa fraqueza tão grande, que eu não consigo mais me levantar. Tudo que eu faço para me levantar dá errado e eu caio novamente. Já que vai encontrar com Deus, pergunta para ele qual o motivo da minha fraqueza. O senhor pergunta?” O rapaz falou assim: “Tudo bem, seu lobo. Eu posso até perguntar. Só que quando eu encontrar com Deus, eu acho que eu vou ter tanta sorte na vida, mais tanta sorte, que eu acho que eu não vou voltar por esse caminho não. Eu vou voltar pelo caminho onde as pessoas sortudas, bem aventuradas, abonadas, das pessoas felizes. Mas se eu passar por esse caminho, eu dou a resposta para o senhor. Tchau e boa sorte. ”

E ele deu tchau para aquele lobo e novamente se pôs a caminhar. E ele, então, caminhou, caminhou, caminhou um dia, caminhou uma semana, caminhou um mês, caminhou um ano, um ano e um dia. No final de um ano e um dia, quando ele estava caminhando, ele tropeçou de árvore e ia xingar um palavrão, mas, quando observou, a raiz estava dando uma árvore que estava perdendo todas as folhas e a árvore falou assim: “Moço, moço, será que você não poderia me ajudar?” “Não posso não, dona árvore. Eu sou muito azarado, tudo que eu faço dá errado na vida. Olha, eu sou tão azarado que eu estou indo procurar Deus, o Criador, lá no fim do mundo, para saber com ele qual o motivo da minha falta de sorte”. Quando o rapaz contou aquela história, a árvore falou assim: “Espera aí. O senhor disse que vai encontrar com Deus, o Criador? Ah, moço, então, faz

um favor para mim. Deixa eu contar qual o meu problema.

É que, de uma hora para outra, eu comecei a sentir um calor aqui no meio das minhas raízes e este calor está subindo pelo meu tronco afora e está me fazendo perder todas as folhas. Já que o senhor vai encontrar com Deus, pergunta para ele qual o motivo do calor que eu estou sentindo aqui, que está me matando aos poucos. O senhor pergunta?” Falou: “Tudo bem, dona árvore. Eu posso até perguntar. Só que quando eu encontrar com Deus, eu acho que eu vou ter tanta sorte na vida mas tanta sorte, que eu acho que eu não vou voltar por esse caminho não. Eu vou voltar pelo caminho

das pessoas sortudas, bem aventuradas, abonadas, das pessoas felizes. Mas, se eu passar por esse caminho, eu dou a resposta para a senhora. Tchau e boa sorte”. E ele deu tchau para aquela árvore e novamente se pôs a caminhar.

Ele, então, caminhou, caminhou, caminhou um dia, caminhou uma semana, caminhou um mês, caminhou um ano, um ano e um dia. No final de um ano e um dia, quando ele estava caminhando, ele passou por um jardim gramado, florido, viu aquela profusão de flores, uma quantidade de flores e viu também, gente, uma casinha branquinha pequenininha. Sabe aqueles quadros pequenininhos que você vê numa casinha, um chalezinho, ele viu aquela casa. Ao se aproximar daquela casa, ele viu uma moça, uma jovem varrendo o quintal. Quando ele olhou para aquela moça, ele parou meio congelado. Olha, ele nunca tinha visto uma moça tão bonita como aquela. E a moça quando percebeu o rapaz, parou assim meio sem graça, porque ela nunca tinha visto um rapaz tão simpático como aquele. E ela, então, por educação convidou o rapaz para entrar na sua casa.

O rapaz foi entrando e ela rapidamente fez um suco para ele. Ele foi tomando o suco e pensando: “Hum, mas que suco gostoso. De que será feito? Eu vou tomar coragem e perguntar para essa moça”. Quando o rapaz ia abrir a boca para perguntar de que era feito o suco, a moça, gente, que estava de costas, começou a responder antes dele perguntar. “O suco é feito desse jeito, desse jeito, desse jeito”. Ele falou: “Gente, mas que moça mais interessante. Ela responde antes da gente perguntar. Significa que é uma pessoa muito atenta e atenciosa.

Olha, podia bem namorar com ela mas… “Ah, moça, eu sinto muito porque eu estou com um pouco depressa, é que eu sou muito azarado, sabe? Eu estou indo procurar Deus, o Criador (… )” E contou aquela mesma história de todo dia. Quando ele terminou, a moça falou assim: “Espera aí, o senhor disse que vai encontrar com Deus, o Criador? Ah, moço, então, faz um favor para mim. Deixa eu contar qual é o meu problema.

É que eu moro aqui nessa casinha e, como o senhor pode ver, é uma casinha simples, pequenininha, mas, de vez em quando, vai me dando um vazio no peito, uma tristeza tão grande, uma vontade de chorar e aí eu fico aqui dentro lavando, passando, cozinhando e chorando sozinha, dentro de casa. Já que vai encontrar com Deus, pergunta, por favor, qual o motivo do vazio que eu sinto no peito, que me faz chorar. O senhor pergunta?”

Ele falou: “Tudo bem, moça. Eu posso até perguntar. Só que quando eu encontrar com Deus, eu acho que eu vou ter tanta sorte na vida, mas tanta sorte que eu acho que eu não vou voltar por esse caminho não. Eu vou voltar pelo caminho das pessoas…

Mas se eu passar por esse caminho, é claro que eu te dou a resposta. E ele deu tchau para aquela moça e novamente se pôs a caminhar, gente.

Ele, então, é claro, caminhou, caminhou, caminhou, caminhou um dia, caminhou uma semana, caminhou um mês, caminhou um ano, um ano e um dia, até que ele chegou, gente, no local onde terminavam todas as estradas e todos os caminhos do mundo.

E, segundo a história que eu estou contando, o local onde terminou todas as estradas e todos os caminhos é o fim do mundo; o lugar onde, segundo o pigmeu, morava Deus, o Criador. O rapaz foi chegando ao fim do mundo, querendo se ajoelhar para fazer uma prece, quando ouviu aquela voz. “O que queres meu filho”.

Opa, me chamou de meu filho, só pode ser meu pai, não é? Eu vou logo pedir para não perder tempo porque Deus deve ser muito ocupado, não é?”

Ele falou: “Ô, Todo Poderoso, desculpe incomodar o senhor, mas o senhor, quando me fez, esqueceu da minha sorte. O senhor deu sorte para todo mundo na vida, todo mundo tem uma casa legal, tem um carro, uma namorada, tem alguma coisa, eu não tenho nada, que injustiça foi essa que o senhor fez comigo? Deu sorte para os outros e não deu para mim?” Aí veio a resposta: “Você acha

mesmo, meu filho, que eu dou sorte para alguém? Lamente informar que eu não dou sorte para ninguém. O que eu dou são oportunidades e a pessoa transforma as oportunidades da vida dela em boa sorte ou má sorte.

Olha, volte pelo seu caminho e perceba quantas oportunidades você teve até hoje na sua vida e não aproveitou para transformá las em boa sorte ou má sorte”. Falou: “Ah, é. Se eu voltar eu vou encontrar uma oportunidade, uma boa sorte, má sorte. Gente, mais que bobagem. Eu perdi anos da minha vida vindo descobrir isso.

Eu estou voltando é agora. Tchau para o senhor e fique com Deus. Quer dizer, fique com o senhor mesmo, hein, tchau!” O rapaz já ia saindo do fim do mundo, quando Deus chamou: “Rapaz, rapaz, com tanta vontade, mas tão desatento ainda, hein? “Não está esquecendo de me perguntar mais nada não?” “Não, Todo Poderoso, não tenho. Ah, é mesmo, que bom que o senhor lembrou. Eu tenho três perguntas para fazer o senhor, mas é coisa sem importância. É sobre um lobo, uma árvore e uma moça”. O rapaz, então, perguntou. Deus respondeu e ele se pôs no caminho de volta.

E ele estava agora com tanta pressa, gente, mas tanta pressa para encontrar com a sorte dele, que ele caminhou, caminhou, caminhou, caminhou um ano e um dia, caminhou um ano, um mês, uma semana, um dia.

No final daquele dia, à tardinha, ele passou correndo por um jardim gramado, florido, viu uma casinha pequenininha, branquinha e uma moça muito bonita, mas triste, chorando na janela, mas ele estava com tanta pressa, mas tanta pressa para encontrar com a sorte dele, que ele nem quis parar, só parou quando a moça chamou: “Moço, moço, está lembrado de mim?” “É a moça que me fez o suco. Oi, moça, tudo bem? Eu estou com um pouco depressa”. “Só um minutinho, o senhor encontrou com Deus, o Criador?” “Moça, eu encontrei.

Ele falou que minha sorte está no caminho. Eu estou voltando para encontrar com ela”. A moça falou: “Que bom. Moço, você lembrou de perguntar aquilo que eu pedi sobre o vazio que eu sinto no peito, a tristeza que me faz chorar?” “Ah, moça, eu perguntei. E Deus falou que o seu problema é solidão. A senhora fica aí chorando porque não tem ninguém para conversar, ninguém para namorar, ninguém para divertir, ninguém consegue ser feliz sozinho não. Deus deu uma dica para a senhora. Mandou a senhora ficar muito atenta porque segundo ele um dia vai passar um rapaz por aqui. A senhora, então, convida esse rapaz para entrar, quando o rapaz entrar, a senhora faz um suco para ele e ele vai tomar o suco e vai gostar. Antes dele abrir a boca para perguntar de que é feito o suco, a senhora explica para ele porque ele vai apaixonar pela senhora, vai pedir a senhora para namorar, o namoro vai dar em casamento e, segundo Deus vocês, vão ter dois filhos lindos ma

ravilhosos e saudáveis e que o seu lar vai ser o lar mais rico da face da terra”.

A moça: “Nossa, moço, mas que notícia mais agradável. Você não quer entrar e tomar um suco aqui, então, não? “Não posso não, moça, eu estou com pressa. Eu vou encontrar com a minha sorte. Não tenho tempo não. Imagine tomar um suco uma hora dessa, não é? Não tenho tempo não. Mas quando passar o tal rapaz que Deus falou, a senhora convida para entrar, hein? Tchau para a senhora e boa sorte, hein?” E ele deu tchau para aquela moça e novamente se pôs a caminhar.

E ele, então, caminhou, caminhou, caminhou, caminhou um ano e um dia, caminhou um ano, um mês, uma semana, um dia. No final daquele dia, à tardinha, ele tropeçou numa raiz de árvore e, quando olhou, a árvore estava perdendo a última folha. E a árvore falou assim: “Moço, que bom que o senhor voltou. O senhor encontrou com Deus, o Criador?” “Ah, dona árvore, encontrei. Ele falou que a minha sorte está no caminho. Eu estou voltando para encontrar com ela”. A árvore falou: “Que bom. Moço, o senhor lembrou de perguntar sobre aquilo que eu pedi, sobre o calor que eu sinto aqui nas minhas raízes, que está subindo pelo meu tronco e que está me matando aos poucos?” Ah, dona árvore. Eu perguntei. O seu problema é de fácil solução.

Segundo Deus o seu problema é o seguinte: Quando a senhora era uma árvore pequenininha, desse tamanhozinho, veio um homem e enterrou uma caixa de ouro, diamante, de jóias, pedras preciosas, no meio das suas raízes, é, e agora a senhora está crescendo e a caixa de ouro está sufocando as suas raízes. Para a senhora ficar boa, é só desenterrar a caixa de ouro, que a senhora fica frondosa e verdinha que nem antes”. A árvore falou: “Gente, então, tem uma caixa com tesouros que está me sufocando? Ah, mas que bobagem… Ô, moço, vem cá, faz um favor para mim, desenterra essa caixa com tesouro, olha, pode até ficar com o tesouro para o senhor porque eu sou uma árvore, árvore não precisa de tesouros”. O rapaz, falou: “Não tenho tempo não, dona árvore. Eu vou encontrar com a minha sorte. Agora, quer que eu desenterre o ouro? Ah, pelo amor de Deus! Não, tenho coisas para fazer. Quando passar alguém, mande desenterrar porque eu estou com muita pressa, não é? Tchau

para a senhora e boa sorte”. E ele deu tchau para aquela árvore e novamente se pôs a caminhar.

Ele, então, caminhou, caminhou, caminhou, caminhou um ano e um dia, caminhou um ano, um mês, uma semana, um dia. No final daquele dia, à tardinha, ele pisou numa coisa macia e escutou. “Ai”. E, quando olhou para o chão, ele viu o lobo. Pelo menos aquilo que sobrava do lobo, não é gente? Olha, o lobo já estava tão magro, gente, mas tão magro que nem osso tinha mais. Era um tapete de pele estendido no chão, aquele olho branco soltando do globo ocular, os dentes caindo da boca. Mesmo assim, num esforço sobre-humano, ou “sobrelobal”, ou “sobrecanino”, sei lá qual esforço que o lobo faz, o lobo conseguiu levantar a cabeça e falar assim: “Moço, ô moço, o senhor encontrou com Deus, o Criador?” “Ah, seu lobo, encontrei. E ele falou que a minha sorte está no caminho. Eu estou voltando para encontrar com ela”.

O lobo falou: “Que bom. Moço, o senhor lembrou de perguntar aquilo que eu pedi sobre a minha fraqueza? Por que é que eu não consigo mais me levantar?” Ele falou: “Ah, seu lobo, perguntei. E, de todas as perguntas que eu fiz para Deus, a do senhor é a mais chata de responder, mas eu vou falar com o senhor. Deus falou que o senhor está fraco desse jeito é de fome”. “É? Fome?!” “Tem muito tempo que o senhor não come nada. E a única forma do senhor sobreviver é o senhor comer alguma coisa ou alguém que passar por aqui. Mas, sinceramente, fraco do jeito que o senhor está o senhor não vai conseguir caçar nada. A não ser que a caça venha aqui e entre na sua boca. Mas, pelo

visto o senhor vai é morrer”. O lobo falou: “Deus falou que se eu não comer nada e nem ninguém eu vou morrer?” “É isso mesmo.

Se o lobo não comer nada e nem ninguém, ele vai morrer. Palavras do Senhor. O lobo,

então, desolado, gente, olhou para um lado, olhou para o outro, olhou para o rapaz. “Falou, moço, já que eu vou morrer mesmo e o senhor é a última pessoa que eu vejo em vida, o senhor não poderia, então, me dar um abraço de despedida?” O rapaz: “Não tenho tempo não, seu lobo. Eu vou encontrar com a minha sorte.

A minha sorte, ela é muito mais importante”. Só que o lobo insistiu: “Espera aí, moço, não vai embora. O que custa, um abraço só?” O rapaz: “Não, não tenho tempo”. Mas o lobo foi perseverante. Gente, o lobo insistiu tanto que convenceu o rapaz. O rapaz: “Ih, mas que lobo chato, eu vou dar um abraço nesse lobo e depois vou encontrar com a minha sorte”. O rapaz se virou, abriu os braços e foi caminhando em direção ao lobo. E a medida que ele se aproximava, gente, o lobo ainda olhava para ele e falava assim: “Mais perto, moço”.

Um pouquinho mais perto”. Coitadinho. Olha a cara de alegria do lobo, gente! Quando o rapaz estava ajoelhado, com os braços abertos, de frente para o lobo, ele percebeu uma coisa, aliás, a única coisa que ele percebeu durante toda a vida dele, ele percebeu, gente, que, à medida em que ele se aproximava do lobo, os olhos do lobo iam sendo tomados de um brilho estranho, intenso, como se aquela fosse uma oportunidade.

E quando…

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Link com o texto da palestra completa [aqui].

Palestra “Pedagogia do amor”

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O que fazer quando a vida sair dos trilhos?

Por Isaias Costa

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Hoje quero falar com você sobre um tema absolutamente comum a todo e qualquer ser humano, as dificuldades pelo caminho.

Certamente sua vida já saiu dos trilhos diversas vezes. Afinal? O que fazer nesses momentos de crise? Quero lhe levar a refletir sobre isso tomando como ponto de partida algumas lindas palavras do escritor Gustavo Gitti.

“Se lutamos contra o caos, se não viramos seus cúmplices, assim que algo desanda imediatamente retomamos os mesmos velhos hábitos que algum dia deram certo. Sem ficar algum tempo fora dos trilhos, quase nunca descobrimos outros percursos. Andamos na direção do nosso rastro, não dos horizontes à frente. Nossas mudanças são sempre lentas e gradativas, por esforço, disciplina, repressão. Recontamos certezas diariamente, orgulhando-nos de criar uma narrativa bem coerente. E depois sentimos falta de imprevisibilidade e de transformações não-causais, descontínuas, por saltos, sem avisos, num estalar de dedos.

Quanto mais caos podemos aguentar, mais criativas brotam as soluções. Caos bom é aquele que nos impede de seguir do jeito que vínhamos seguindo. Ser chacoalhado leva a autoorganizações surpreendentes, às vezes muito melhores do que poderíamos ter previsto ou conduzido. Mas é preciso cooperar, esperar, soltar o impulso por ordem, confiar, deixar acontecer, mesmo sabendo que talvez seja doloroso. A vida pode ser bem mais ousada que nossos planejamentos ambiciosos.”

Gustavo Gitti

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Eu achei a sua colocação perfeita. A palavra que precisamos colocar no mais profundo do nosso ser é ENTREGA. Se entregar ao MOMENTO PRESENTE. Esta é a chave para sair da situação de dificuldade e começar a navegar em mares mais tranquilos.

É engraçado que todos nós precisamos “quebrar a cara” muitas e muitas vezes até finalmente nos darmos conta de que o desespero e a desesperança só nos afasta cada vez mais da luz e do caminho em direção a solução para nossos problemas. Se nos desesperamos, deixamos de enxergar as bilhões de possibilidades que se apresentam bem diante dos nossos olhos e nem percebemos, porque estamos cegos, nossa energia pessoal está encoberta pela nossa sombra, que se traduz em medo, em baixa estima, em ansiedade etc…

Sua comparação com uma trilha é incrível, porque realmente nossa mente funciona desta forma, ela sempre busca o caminho que já foi trilhado! Agora vou falar para você algo que levei muitos anos para entender e tem um imenso poder transformador. Leia com bastante atenção.

Nós somos seres espirituais habitando corpos e o que move toda a nossa vida na direção da luz e da evolução é o espírito, e ele é desconectado da mente. Seu mecanismo é totalmente oposto à mente. O mundo inteiro está completamente dominado pela mente, e esquece que o nosso grande regente é o espírito.

Explicando mais claramente. O que o nosso espírito precisa muitas vezes não é o mesmo que nossa mente procura. E quando não utilizamos nossa mente para nos auxiliar neste caminho espiritual, o sofrimento é certo.

O que o nosso espírito precisa é que encontremos o caminho que melhor utilizaremos nossos dons natos para o bem das pessoas e de forma que beneficie o maior número de pessoas possível.

Ou seja, se você não consegue sentir firmemente que seu caminho tem um propósito maior, você vai sofrer e mais cedo ou mais tarde passará por uma crise.

Por que estou falando isso? Porque já vivi na pele tudo isso que estou lhe dizendo e já adquiri essa consciência.

A grande questão que você precisa entender é a ENTREGA. Você precisa aprender a ACEITAR a situação de crise que esteja vivendo.

Um fator que está diretamente relacionado com a aceitação do momento presente é a GRATIDÃO. Quando você percebe as inúmeras riquezas que possui na vida e foca seus pensamentos nelas, sua energia pessoal pouco a pouco vai se tornando mais positiva e você começará a enxergar possibilidades de sair da sua situação difícil.

Vou citar meu próprio exemplo para que você consiga entender bem o que estou querendo lhe transmitir.

Recentemente passei por várias crises no âmbito profissional, por causa das escolhas que fiz ao longo do caminho. Eu me graduei em Física, no bacharelado, ou seja, na área das pesquisas. E descobri que isso não era exatamente o caminho que precisava seguir. Apenas minha mente seguiu esse caminho, mas não meu coração. Meu coração sempre ansiou e desejou o ensino.

Mas como toda escolha traz consequências, sofri muito até seguir firmemente na direção do ensino. Comecei a dar aulas em escolas do estado e tive dificuldades imensas com os alunos, as dificuldades que você já deve ter ouvido falar nos telejornais e nas conversas informais: alunos extremamente indisciplinados, falta de interesse geral, pouca estrutura física na escola, baixos salários, pouco incentivo aos professores etc. etc.

Fiquei muito desmotivado e passei por outra crise profissional muito pesada. Isso foi no começo de 2014, foi bem recentemente. O que eu fiz? Decidi parar. Simplemente parar! Literalmente! Com todas as letras. Não fiz como quase todo mundo que se desespera e sai atordoado à procura de outro emprego. Eu sabia que se fizesse isso apenas transferiria o meu estresse de um local para outro. Por isso, não me importei em ficar desempregado.

Busquei me interiorizar e começar a meditar para saber em que estava errando. Estava no ensino, o que eu queria, e me sentindo frustrado. Foi duro!

Mas qual foi o segredo para a mudança de perspectiva? Busquei a PAZ. Entrei em profundo estado de paz e aceitação pela vida, pelo momento presente. Simplesmente busquei viver o hoje intensamente. Daí começaram a surgir em mim diversos insights e comecei a enxergar as coisas com mais profundidade.

Também me desiludi de uma série de coisas no meio do caminho, desilusões estas que me aproximaram cada vez mais da fonte de vida, ou seja, do meu espírito.

Em resumo. Consegui descobrir que meu grande problema não era ter me frustrado com o ensino, mas que deveria ensinar em algo maior, em algo melhor para mim. Tive uma formação acadêmica exemplar e estava me diminuindo, não estava conseguindo enxergar o meu valor. Passei a estudar para concursos de faculdades e universidades. Quase passei para ser professor efetivo de um centro tecnológico e dentro de poucos meses consegui uma vaga em uma faculdade perto da minha casa, onde estou lecionando hoje.

Contei de forma bastante resumida para não cansar a leitura.

O interessante foi que me entreguei ao momento. Não sofri em demasia. Estava desempregado, mas feliz por saber que era algo passageiro. Nesse tempo extremamente frutuoso, escrevi textos bem mais aprofundados neste blog. Riquíssimos de conteúdos que estava aprendendo e fazendo questão de compartilhar.

Gosto disso! Compartilho minhas próprias experiências de vida com você, para que você perceba que todos nós somos parecidos, passamos pelos mesmos problemas, só muda a intensidade ou a natureza deles.

Minha vida estava fora dos trilhos bem recentemente e consegui colocá-la nos eixos depois de ter levado uma boa surra das experiências vividas. É assim com todo mundo! Comigo, com você e com qualquer pessoa que cruzar o seu caminho.

Não esqueça as palavras do meu amigo Gustavo Gitti. O caos faz parte e quanto mais caos podemos suportar, mais fortes nos tornamos.

Desejo que você se torne um ser humano cada vez mais forte e que possamos caminhar juntos… Paz e luz…

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Uma carta do céu para meus irmãos

Por Isaias Costa

99656_thumbOi! Eu me chamo Joãozinho. Estou falando aqui do céu para os corações de vocês, meus queridos irmãos.

Eu nasci há um mês através dos frutos do lindo amor dos meus pais. Porém, enquanto estava sendo gestado na barriga da minha mamãe, alguma coisa aconteceu nas minhas divisões celulares e nasci com algumas diferenças em relação às outras crianças que estavam no hospital.

Nasci com má formação nos meus dedos e com o intestino exposto, além de uma síndrome que os médicos tiveram dificuldade em identificar. Enfim, minha saúde estava bem debilitada.

Estava com sede de viver. Tudo que mais queria era receber o amor infinito da minha mamãe e poder beber o seu leite tão gostoso e cheio de vida.

Mas devido a complicação no meu nascimento, isso não foi possível. Tive que receber alimentos por uma sonda parenteral para sobreviver e tive que respirar por aparelhos.

Percebia que meus pais estavam preocupados comigo. Eles queriam me ver bem e queria poder dizer a eles que tudo ia ficar bem, que sairia bem do centro cirúrgico.

Passei por uma cirurgia muito delicada logo que nasci, para colocar um tecido ao redor do meu intestino e introduzi-lo na sua região correta.

A cirurgia foi muito delicada, mas foi um sucesso. Pude sentir o amor profundo da minha mãe e do meu pai. Eu amo vocês! Para sempre e sempre…

Não conseguia explicar a ninguém, mas meu estado de saúde não melhorava, mesmo depois desta cirurgia.

Qual foi o problema? O que deu errado?

Tenho que falar a verdade para vocês. Uma pessoa que eu amo muito não me queria por perto, a minha avó. Ela disse logo que eu nasci que eu era um monstro, que não era um ser humano, que eu era uma coisa ruim, que precisava morrer para não fazer os outros sofrerem.

Que triste! Porque ela pensa isso de mim? Eu só quero amar! Eu só quero viver! Eu quero poder ter uma vida normal como todas as crianças!

Claro que não quero ser um fardo, um dor de cabeça para ninguém!

Sou apenas um bebê recém-nascido, mas conheço bem a lei da atração. Sei que atraimos sempre aquilo que queremos e pensamos.

Como minha avó não me queria por perto, falei com o senhor Deus criador e ele decidiu que seria melhor eu voltar para os seus braços. Eu não poderia sobreviver no planeta Terra sem receber amor incondicional, sendo tratado como se fosse um monstro.

Inclusive minha avó preparou a minha lápide antes mesmo de me despedir. Ela realmente não me queria na sua vida. Tudo bem vovó! Saiba que eu te amo, independente dessa sua atitude tão desumana.

Estarei aqui no céu intercedendo por todos vocês. Um grande beijo cheio de amor. Papai! Mamãe! Encontrem a sua fortaleza no querido menino Jesus. Sei que ele está com vocês o tempo todo e ele poderá lhes dar esse alento após a minha partida.

Vivam suas vidas na luz e no amor…

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Escrevi esse texto de forma totalmente diferente de tudo que já escrevi, porque não consegui encontrar outra maneira.

Essa história triste é real e aconteceu muito recentemente com um menino que poderia ter feito parte da minha vida se tivesse sobrevivido.

A principal mensagem que quero deixar é sobre o poder dos nossos pensamentos. Pensamentos são energia, e energia é vida.

Porém, vida e morte são uma coisa só. Assim como pensamentos podem trazer vida, também podem trazer morte, como foi o caso desta história.

Se você busca o amor e quer crescer nesse amor. Nutra bons pensamentos e seja favorável à vida, mesmo que ela não venha perfeita. Afinal, nem sabemos o que é a perfeição? Uma criança nascida com algum defeito congênito é uma benção e deve ser ainda mais amada que uma criança que chamamos de “normal”, exatamente porque ela precisa de cuidados especiais.

Não foi fácil escrever esse texto. É difícil falar sobre a morte, ainda mais quando se trata de um bebê.

Deixo aqui registrado meus profundos sentimentos por esse lindo menino que já está na glória celestial intercedendo por todos nós…

Espero que esse texto tenha feito você refletir e que você nutra sua vida com bons pensamentos. Porque são os bons pensamentos que poderão fazer esse mundo se tornar melhor e mais bonito…

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