O “start” consciencial

Por Isaias Costa
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Eu sou apaixonado pelo estudo da mente humana e já me deparei com as teorias e conceitos de diversos pesquisadores. Outro dia estava refletindo bastante sobre os nossos saltos de consciência, que quando acontecem, ampliam a nossa visão de mundo. Nesse pequeno texto vou viajar pelos pensamentos e alguns pensadores. Vamos viajar?

Esse título do texto é apenas um dos milhares de nomes que podemos dar para os nossos saltos de consciência, “start” consciencial. Existem muitos outros como “virada de mesa” ou mesmo “insight”.

O mais interessante de tudo é que esses insight acontecem de forma diferente e num tempo diferente para cada pessoa. Como estudo Psicanálise, hoje tenho bem mais consciência de que esses insights dependem de uma série de fatores para acontecer. Vou resumi-los para que você entenda de maneira simples e objetiva.

Nós temos o consciente, o subconsciente e o inconsciente. O inconsciente preenche em torno de 90 a 95% da nossa psique, ele registra tudo que nos acontece desde a nossa concepção no útero materno até o dia da nossa partida, isso desconsiderando as teorias de regressão à outras vidas, que complexifica ainda mais tudo isso.

Para que elevemos a nossa consciência, é preciso que conteúdos do inconsciente sejam de certa forma levados para o subconsciente, para então se tornarem conscientes. Portanto, todo processo terapêutico tem essa finalidade, fazer com que a pessoa mude chaves do seu SUBCONSCIENTE. Tudo começa daí!

As mudanças só se tornam efetivas e verdadeiras quando essas chaves do subconsciente se tornam conscientes e a pessoa não tem mais qualquer tipo de sofrimentos, dores, amarguras emocionais envolvidas com algo específico. Esse processo recebe o nome de “start” consciencial, elevação da consciência, “insight“, e por aí vai!

Eu acho interessante o fato de que para algumas pessoas, adquirir consciência é mais fácil e rápido do que para outras, e cada vez mais eu vejo isso. Aqui colocarei duas visões bem diferentes, mas bastante enfáticas e reflexivas. Uma delas é a do Budismo, que tomei conhecimento através da querida Monja Coen. Ela conta que existe uma parábola oriental que fala sobre os 4 cavalos, o 1º se movimenta apenas vendo a sombra do chicote, o 2º quando recebe uma leve chicotada, o 3º quando a chicotada machuca a pele, e o 4º apenas quando a carne é rasgada e atinge os ossos.

O 1º seriam as pessoas mais sábias, que aprendem apenas com observação do comportamento dos outros e distinguem o certo do errado, o bom do ruim. O 2º são as pessoas que se esforçam para serem melhores e estudam, se dedicam para isso, mas dão uns “vacilos” aqui e ali! O 3º são os “teimosinhos” de plantão, que precisam levar umas chibatadas da vida, e o 4º são as pessoas que gostam de sofrer e se alimentam do sofrimento a vida inteira. Não há nada de errado em ser qualquer um dos 4 cavalos, mas o ideal é que consigamos crescer em consciência para não sermos o 4º cavalo, como tanta gente infelizmente acaba optando por ser, não é mesmo?

E você, seria qual dos 4 cavalos? Faça essa breve reflexão hoje!

O “start” consciencial nesse caso, seriam as chicotadas e através delas o caminhar entende? No fim, todos caminham e evoluem, uns mais rápido e outros mais devagar.

Outra visão muito bonita é a do pai da Psicanálise “Sigmund Freud”. Ele tem uma teoria chamada “Compulsão à repetição”, que nos seus livros é colocado com linguagem rebuscada e científica. Vou explicar de modo bem simples para você. Veja só!

A compulsão à repetição são comportamentos autodestrutivos que se repetem de forma inconsciente, porque a pessoa se prende aos ganhos secundários de determinada atitude. O sofrimento se repete e a pessoa entra num círculo vicioso por causa disso. Nessa teoria pode-se colocar praticamente todos os vícios e seus gatilhos.

Vou deixar apenas um exemplo e sugerir um filme que exemplifica bem isso. Uma mulher conhece um homem, se apaixona e acaba transando com ele na primeira noite, no dia seguinte o rapaz não quer mais saber dela e já está interessado em outra mulher. Ela sofre demais com isso e se amargura com esse sentimento. Porém, quando menos espera já está fazendo a mesma coisa com outro homem e tudo se repete. Esse é um caso clássico de compulsão à repetição.

Existe um gatilho para que essa situação se repita: conhecer um homem, se apaixonar e transar com ele na primeira noite.

Uma forma simples de mudar esse padrão seria não transar com o homem na primeira noite, pois assim ela seria vista como uma mulher qua não se entrega tão facilmente assim aos encantos e conquistas de um homem. Ela mudou o gatilho e dessa forma mudou seu destino, entende? A compulsão acaba com essa mudança consciente! De forma semelhante se dá o vício em comer demais, em fumar, em beber e por aí vai! É simples não é? Essas são as teorias freudianas em linguagem leiga.

Nesse caso o “start” consciencial se deu com a mudança dos gatilhos emocionais! E assim houve uma mudança de comportamento.

OK! O nome do filme que traz esse exemplo que eu dei se chama “Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou”. Uma comédia romântica muito legal. Recomendo fortemente que você assista!

O mais legal é quando nós tomamos consciência dos nossos processos internos, sabe? É aquela hora que a gente diz com vontade!:” Ahhhhhhhhhh! Agora eu entendi…”. E abre aquele sorriso! rsrsrs

O que faço com meus textos é isso. Trago informações preciosas que ajudam nessas mudanças de chave do SUBCONSCIENTE. E quando cada pessoa está no momento certo de ler e aprender ela fala essa frase incrível aqui em cima. Não é bacana? Esse é o “start” consciencial!

Que você tenha milhares de “starts” ao longo da sua vida e se de alguma forma eu contribuir com isso, maravilha. Fico feliz com isso!

Muito sucesso na sua vida…

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