O importante não é ser perfeito e sim ser espontâneo

Por Isaias Costa

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Li esses dias um pequeno texto magnífico da querida terapeuta Gisela Vallin que falava sobre as pessoas com atitudes perfeccionistas.

Pode não parecer, mas esse é um tema bastante complexo e precisei de muitos anos para compreendê-lo melhor. Vamos ao texto?…

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“Em geral, pessoas que tem uma personalidade do tipo rígida são extremamente exigentes consigo mesmas e com os outros. Da mesma forma que se punem severamente pelos próprios erros, o mesmo fazem com os erros de outras pessoas. 

Ao que me parece, por não tolerarem o que consideram uma imperfeição, se focam sempre no pior lado de tudo, apontando defeitos, problemas, limitações em tudo o que olham. Tendem a fazer críticas ferinas e destrutivas pois não suportam as próprias limitações internas.

Essa rigidez, dentre outros motivos, é originada na falsa ideia de que, para ser aceito, amado, é preciso ser perfeito. Isso faz com que a pessoa tenha pensamentos extremos do tipo : “Se eu não for perfeito sou um nada”, “Meu desempenho tem que ser sempre impecável”, ” Se eu errar as pessoas vão rir de mim”, ” Se eu errar mostrarei fraqueza, burrice.”

E a grande contradição é que, se observarmos, na prática, pessoas que são realmente queridas pelos outros são aquelas que são naturais e que lidam bem com suas próprias imperfeições, muitas vezes rindo dos próprios erros. Ou seja, ao que me parece, quem é verdadeiramente amado é aquele que se ama, se aceita, é simples, sem a ilusão de que a perfeição é o que atrai respeito de outras pessoas.

No fundo, aparentes perfeições tendem a atrair respeito apenas de quem também é rígido e intolerante consigo mesmo e com os outros.

Por isso, gosto muito de uma frase do Osho que diz : “O importante não é ser perfeito e sim ser espontâneo.”

Se o rígido aprender a ser espontâneo, portanto, perceberá que os seus erros ficarão pequenos diante do seu carisma. Assim, ele aceitará suas limitações ao invés de brigar com elas e, ao aceitá-las, conseguirá, naturalmente transformá-las.”

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Existe uma sutileza muito grande nas palavras da Gisela. Vou aprofundar o que ela quis dizer.

Eu tenho percebido pelos meus estudos, mas acima de tudo pela própria vida e no convívio com as pessoas, que SEMPRE as pessoas com características perfeccionistas foram criadas na infância pelos pais e responsáveis de uma forma um tanto CONTROLADORA. Sim!

Os pais queriam que os filhos fossem os “bonzinhos” e “boazinhas”. Talvez você me pergunte: “Mas Isaias? Tem algo errado ou ruim em ser um filho bonzinho ou boazinha?”. Essa é uma pergunta bem interessante! Concordo!

Sabe o que eu digo a você?

TEM SIM! O quê? Vou explicar!

Quando as crianças são criadas para serem as boazinhas, acontece algo sutil nas suas personalidades. Elas passam a se tornar AUTOEXIGENTES.

Essa autoexigência afasta a pessoa da SUA ESSÊNCIA. E o que acontece quando você está afastado da sua essência? MEDO. Muito MEDO!

Sabe qual é o medo que surge logo? Dois na realidade!

  • Medo das críticas

A pessoa quer fazer tudo da melhor forma possível para que ninguém venha dizer que ficou ruim. Dou um alerta principalmente para as mulheres viu? Quando elas se tornam muito exigentes consigo mesmas, exacerbam o lado YANG, o lado masculino, e assim elas vão perdendo o encanto pessoal, a doçura, a meiguice, a leveza, que tanto faz os olhos dos homens brilharem de amor intenso.

Mulheres muito autoexigentes são extremamente racionais e tem o lado yang predominante. Se elas pretendem se relacionar com um homem sensível e amoroso. Vixe! A coisa pode complicar bastante…

E os homens? Como é com eles? Os homens autoexigentes perdem a noção de que existem outras pessoas nas suas vidas. Eles vivem dentro das suas bolhas e têm dificuldade de ouvir os outros.

As outras pessoas falam com eles assim: “Terra! Aqui é a Maria! Alô! Terra! Chamando…”. Eu já fui muito assim e não me envergonho nem um pouco de dizer.

Na época do Ensino Médio me escondia por detrás dos livros de Matemática e Física e minha maior alegria era resolver questões do ITA e do IME. E o convívio social? E os relacionamentos amorosos? Eu nem sabia o que era isso! Rsrsrs

Também existe aí uma exacerbação do lado YANG. É um desequilíbrio muito grande, que graças a Deus eu venci!

  • Medo de errar e fracassar

Os perfeccionistas tem um medo danado de errarem e fracassarem. Isso é o EGO fazendo barulho sem parar! Quando fracassam ficam o tempo todo pensando em estratégias para não errar mais, pensam no próximo “algoritmo” para que as coisas sejam feitas de forma ainda mais perfeita!

E quando alguém tenta conversar e saber o que houve elas dizem: “Eu não sou perfeito(a). Você quer que eu seja perfeito(a)?”

Nossa! Que confusão não é mesmo?

Pare com isso! Não precisa ser perfeito! Ninguém está exigindo isso de você!

No dia que você conseguir compreender que o bonito da vida é fazer as coisas de coração, sem esperar nenhum reconhecimento, sem competir com ninguém, fazer porque SENTE que vai ser bom, porque SENTE que vai ajudar alguém. Acredite! Sua vida vai se transformar…

Os últimos serão os primeiros

Esse é o ponto! Escrevo esse texto sem esperar nada. Escrevo de coração, porque me faz bem e sei que pode fazer bem a muita gente que esteja de coração aberto para acolher o que está transmitido aqui.

Não me exigo um texto perfeito. Se você olhar bem, esse texto tem vários erros de gramática. E daí? É isso que eu lhe digo! E daí?

O que penso é o seguinte: Tocou o coração de alguém? Então tá valendo!

Percebe o que é viver pelo coração? Agir pelo coração?

Perca o medo! Jogue fora seus medos e seja você.

Acredite! Ser você é a maior aventura da vida… Pense sobre isso!

2 Comentários

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2 Respostas para “O importante não é ser perfeito e sim ser espontâneo

  1. Amanda Karla

    Nossa, texto massa! Estou gostando muito do blog!

  2. Daniel Gonçalves dos Santos

    E isso msm q presciso pra minha vida ser mais espontâneo e sair da bolha, valeu obrigado

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