Ninguém bate mais duro do que a vida

Por Isaias Costa

Uma das músicas que mais gosto de ouvir e que fala sobre a mediocridade das pessoas se chama “Outras frequências”, do Humberto Gessinger, vocalista da banda Engenheiros do Hawaii. Esta música tem uma letra muito bonita e pode-se fazer grandes reflexões a partir dela. O link com a música está logo abaixo.

“Seria mais fácil fazer como todo mundo faz, o caminho mais curto, produto que rende mais.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz, um tiro certeiro, modelo que vende mais.”

Aqui ele está falando sobre o nosso sistema de vida atual, totalmente voltado para o consumo. A maior parte das pessoas prefere seguir o caminho mais curto, pensando equivocadamente que isso possa render mais e dão um ou vários tiros certeiros em busca de coisas, pois isso vende mais. Esse é o modelo capitalista cheio de ganâncias, que só tem levado cada vez mais as pessoas ao desequilíbrio, a insatisfação, ao descontentamento… É muito mais fácil seguir esse caminho, pois se trata do caminho dos medíocres, daqueles que fazem simplesmente o que todo mundo faz. Eu quero e estou lutando para não fazer parte deste grupo, e quero lhe encorajar a fazer o mesmo, é uma questão de escolha, que muitas vezes, só vamos ver os frutos positivos muitos anos depois, muitas vezes até de formas intangíveis, como saúde do corpo, paz de espírito, amor, alegria, sentimento de satisfação etc.

A mediocridade das pessoas

“Mas nós dançamos no silêncio. Choramos no carnaval. Não vemos graça nas gracinhas da TV. Morremos de rir no horário eleitoral.”

Todas essas atitudes citadas são das pessoas que decidiram não seguir a boiada. São atitudes de pessoas consideras “loucas” por essa sociedade que nos quer domesticados e sendo reféns dos homens mais poderosos. Eu odeio a TV aberta e já falei isso aqui diversas vezes, porque ela só nos deixa mais alienados e consumidores, a maior parte do tempo ela nos enche de propagandas e anúncios, querendo nos convencer que não temos o suficiente, que o que temos é ruim, não presta, é ultrapassado, é fora de moda. Desligue a TV! Pode ter certeza que com ela desligada você vai notar em pouco tempo que seu cérebro trabalhará de forma mais ativa e produtiva, você vai melhorar sua autoestima e vai perceber que tem tudo que precisa e não precisa se moldar a esse sistema doente em que vivemos. Se quiser se aprofundar mais nestas questões, sugiro alguns textos anteriores…

Televisão: a domesticadora dos pobres
A propaganda é a arma do negócio
O cérebro preguiçoso

Quero salientar a primeira frase desta estrofe, ela é genial, digna de alguém mestre em compor músicas. “Mas nós dançamos no silêncio”. Pode ser que eu esteja enganado, mas acredito que o Gessinger se inspirou em ninguém menos que Friedrich Nietszche para incluir essa frase em sua música. Uma de suas geniais frases é a seguinte: “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”. Dançar no contrafluxo, dançar no silêncio é isso, é fazer aquilo que os outros não tem coragem de fazer, por medo, por receio, por achar que alguém estará olhando e chamando você de “louco”… Já parou pra pensar nisso? Será que você alguma vez já sentiu vontade de dançar sem haver uma música, mas não o fez para não ser tachado de “louco”? Pois é! Será que essa loucura não seria na realidade uma sanidade? Eu gosto de pensar nessas coisas e gosto ainda mais se chega alguém até mim achando que eu sou louco! Acho isso um tremendo elogio, pois se eu sou louco é porque eu estou fazendo algo diferente da maioria, estou sendo único, estou sendo original, não estou seguindo a boiada… Quer se juntar ao grupo dos loucos? Quer ter essa sanidade maluca que muitos sonham e não têm coragem de dar o primeiro passo? Quem sabe hoje não seja o seu dia de dar esse primeiro passo?

“Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os que são peças redondas nos buracos quadrados.
Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discorda-los, glorificá-los ou difamá-los.
A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas.
Eles inventam. Eles imaginam. Eles curam. Eles exploram. Eles criam. Eles inspiram.
Eles empurram a raça humana para frente.
Talvez eles tenham que ser loucos.
Como você pode olhar para uma tela em branco e ver uma obra de arte? Ou sentar em silêncio e ouvir uma música jamais composta? Ou olhar para um planeta vermelho e ver um laboratório sobre rodas?
Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam.”

O mundo precisa de loucos
O que ter saúde mental?

“Seria mais fácil fazer como todo mundo faz. Sem sair do sofá, deixar a Ferrari pra trás. Seria mais fácil, como todo mundo faz. O milésimo gol sentado na mesa de um bar.”

Muitas pessoas pensam, sonham em mudar, mas falta coragem, falta determinação por essa mudança. É muito mais fácil ficar no sofá vendo TV do que ler um bom livro, assistir a um bom filme ou fazer uma atividade física. É muito mais fácil ver o milésimo gol do Pelé no bar com os amigos do que tentar ser um jogador de futebol tão bom quanto ele foi. É mais fácil dizer: “Esse Pelé é o cara!”, do que dizer “O Pelé será a minha referência no futebol para que eu consiga chegar mais longe…”. Pense sobre isso e faça acontecer aquilo que você quer que aconteça! Corra atrás! Lute para que seus sonhos se tornem realidade! É possível! Não estou dizendo que é fácil! De maneira alguma! É possível! Mas para se tornar possível, o primeiro passo é fundamental e decisivo para que venha o segundo, o terceiro e, assim, você vá contruindo a sua vitória…

Faça acontecer
As grandes referências

“Mas nós vibramos em outra frequência. Sabemos que não é bem assim. Se fosse fácil achar o caminho das pedras. Tantas pedras no caminho não seria ruim…”

A maior parte das pessoas prefere seguir o caminho mais fácil, aquele que doa menos. Mas esses, infelizmente, não chegam mais longe pois, como diria o empresário Flávio Augusto: “Crescer dói, mas vale a pena”. Para crescer é preciso passar pelo sofrimento, pelo caminho das pedras, é impossível chegar mais longe sem que existam grandes pedras pelo caminho. Porém, quem sabe disso e tem consciência desta realidade utiliza essas pedras para a construção de seu castelo. Acho que já vi essa frase em algum lugar, não lembro onde… Veja a história daqueles que mais fizeram e contribuíram para o mundo? Todos eles passaram por grandes sofrimentos, mas utilizaram seus sofrimentos e fracassos como alavancas para o suceso, utilizaram os fracassos para se aproximarem cada vez mais da vitória. Faça o mesmo! Se caiu? Levanta! Se caiu de novo? Levanta outra vez! A vida é assim, ela nos derruba o tempo todo, só cabe a nós decidir se levantar ou continuar no chão. E antes de você achar que eu sou diferente, digo a você com todas as letras. NÃO. A vida já me bateu e continua batendo com força. Eu já apanhei muito da vida e continuo apanhando. Quem já leu o meu e-book, soube que eu quase entrei em depressão na época que cursava Física, um curso que não estava me fazendo feliz e que não fazia parte da minha missão de vida. Sofri, sofri, talvez sofri mais do que você que me lê agora, mas eu levantei, caí de novo, levantei, caí de novo, e estou aqui hoje para dizer pra você que é possível SIM seguir os nossos sonhos e fazer acontecer aquilo que mais queremos nesta vida. Eu descobri depois de muitas quedas que o que eu mais quero é poder ajudar as pessoas com mensagens motivacionais como essa, carregadas de emoção, carregadas de verdade, carregadas de sentimentos de alguém que sofre, mas que tem um desejo profundo de se tornar cada vez melhor a cada dia.

Crescer dói

É preciso vibrar em outra frequência, na frequência do sucesso. Esta que foge da mediocridade, do caminho mais fácil, do que todo mundo faz. Você quer vibrar em qual frequência?

O caminho para o sucesso

Quero concluir com o exemplo de um cara que admiro de todo o meu coração, o ator Sylvester Stallone. Ele “comeu o pão que o diabo amassou” antes de se tornar a estrela que é hoje e sua bela história de vida pode nos dar aquela motivação que estava faltando. O link abaixo conta de forma resumida a imensa crise que ele viveu para atingir o sucesso e gravar a série de filmes “Rocky Balboa”, que fez com que ele deslanchasse na sua carreira.

Sylvester Stallone: uma história de superação

No filme Rocky 6 tem uma lição de vida que guardarei para sempre em meu coração e se você ainda não viu, recomendo fortemente que veja. O link da cena é esse aqui:

“O mundo não é um grande arco-íris. É um lugar sujo. É um lugar cruel. Que não quer saber o quanto você é durão. Vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar.

Você, eu, ninguém, vai bater tão duro como a vida. Mas não se trata de bater duro. Se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente. O quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando.

É assim que se consegue vencer. Agora se você sabe o seu valor então vá atrás do que você merece, mas tem que ter disposição para apanhar. E nada de apontar dedos, dizer que você não consegue por causa dele, ou dela, ou de quem seja. Só covardes fazem isso e você não é covarde. Você é melhor do que isso.

Eu sempre vou amar você acima de tudo. Aconteça o que acontecer. Você é meu filho, é meu sangue. Você é a melhor coisa da minha vida.

Mas se você não acreditar em você mesmo, nunca vai ter uma vida…”

Lute! Tenha coragem! Corra atrás de seus sonhos! Ninguém vai bater mais duro do que a vida, mas você é mais forte e vai levantar para provar pro mundo o seu valor, a sua força. Sigamos em frente…

Muhammad Ali vs. Joe Frazier in Fight of the Century, Madison Square Garden in New York City, New York, 1971

* Para ouvir a leitura desse texto basta clicar [aqui]

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